sábado, 28 de março de 2015

Reagir ou piorar

O cúmulo da razoabilidade e objetividade: qual é a diferença entre um governante e sua governAnta que empurram a coletividade ladeira abaixo e o copiloto alemão que empurrou o avião Alpes abaixo? O governante e sua governAnta não seguem juntos!
O que é desejável? Que ambos sigam sozinhos. E bem rápido!

Radical? Possivelmente. Porém inequivocamente radical e macabro é 200 milhões serem prejudicados agora e nos próximos anos pelo governante e sua governAnta inimputáveis e ambos, juntamente com seus acólitos, sentirem prazer. Ou reagimos ou eles pioram!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Senso ético de senhoras idosas


[Mensagem acolhida e divulgada na coluna eletrônica 'comentários' relativos ao artigo da Sra. E. C., Estadão, 25/03/2015] 

No artigo “Bondade com o dinheiro alheio” (Estadão de 25/03/2015), a senhora Eliane Catanhêde aponta desmandos do governo na Petrobras, nos Correios e no Programa Mais Médicos. Se a senhora Catanhêde é responsável e trata de questões verdadeiras, o processo de impeachment da senhora Dilma Roussef é o mínimo que pode lhe acontecer. Essa senhora idosa está abusando da paciência dos brasileiros! Peço desculpas, peço perdão às demais senhoras idosas — porque, contrariamente, respeitáveis, decentes, justas, harmônicas, democratas, dotadas de senso ético e atitudes simplesmente corretas; e aquela, o antônimo disso.

[Colaboração: Isabel KSRS]

quinta-feira, 19 de março de 2015

Picaretas e achacadores

[Mensagem acolhida e divulgada no Fórum de Leitores eletrônico do Estadão de 20/03/2015]

O senhor Lula da Silva, certa vez, afirmou que o Parlamento tinha 300 picaretas. O senhor Cid Gomes asseverou que essa Instituição tem 400 achacadores. Afinal, são 300 ou 400? E por que somente o senhor Cid Gomes é escorraçado e demitido? Uma coisa é certa: ambos tem aguçada capacidade de avaliação. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Velha senhora

[Mensagem acolhida e divulgada no Fórum de Leitores eletrônico do Estadão de 18/03/2015]

Conforme essa tribuna da liberdade noticiou, a senhora Dilma Roussef afirmou que a corrupção é uma velha senhora. Ela sabe do que está falando. Como presidente do Conselho da Petrobras  e aprovar a compra da refinaria de Pasadena, e ao ser investida na condição de presidente da República e conviver com o Petrolão, ela já tinha mais de 60 anos. Gostaria de asseverar com ênfase que, ingressando na terceira idade, quero ser poupada do conspurcado “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”. 

[Colaboração: Isabel KSRS]

Cidadãos, políticos e intelectuais

A leitura da matéria 12 olhares sobre os protestos do dia 15 (Estadão, de 17/3/2015) — na qual cientistas e outros intelectuais opinam sobre o impacto das manifestações ocorridas no dia 15 de março de 2015 — estimula a reflexão e a percepção de que, para ir de mal a pior, o Brasil precisa melhorar muito.
O conjunto de cidadãos, políticos e intelectuais tupiniquins oferece uma desalentadora perspectiva de evolução social, institucional e política.
No atinente aos cidadãos, não há melhor análise do que aquela formulada por João Ubaldo Ribeiro na crônica Precisa-se de matéria prima para construir um País. É uma radiografia social antológica das mazelas que envolvem as atitudes e procedimentos do homem e mulher brasileiros. Poder-se-ia indicar a essência da avaliação do cronista com o diagnóstico de que a “brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, ...”.
Com políticos que ignoram a ética em suas ações e constroem estruturas de mentira, corrupção e roubalheira de dimensões estratosféricas como as do Mensalão e do Petrolão, a esperança evanesce.
Com intelectuais que, em suas análises — entre as omissões injustificáveis — ignoram as contribuições dos estímulos sorvidos por líderes brasileiros na Alemanha nazista, na antiga União Soviética e em Cuba comunistas e na Venezuela ‘estupidista’ (neologismo para caracterizar a estupidez em estado puro), a esperança voa celeremente para bem longe.
Atenção! Misturei sistemas opostos pelas semelhanças que ambos encerram. Para os esquecidos, anestesiados, esclerosados ou de má fé, relembro: o sistema nazista torturou e matou mais de 600.000 menores de idade na Alemanha na década de 1940; e o comunismo torturou e matou mais de 700.000 menores de idade na Ucrânia nas décadas e 1930 e 1940 (em ambos os casos, 10% do total de cada país). E, por favor, esquecidos et al, os citados líderes tupiniquins não vão a Cuba oscular as barbas e os joelhos do líder comunista apenas porque gostam do aroma daquele ditador, mas porque se identificam com a visão e a forma de ação que o caracterizam.
Estou dramatizando para expressar algo de extrema simplicidade: cada cidadão brasileiro merece um conjunto de conterrâneos de melhor qualidade; merece políticos com melhor estatura ética; e merece intelectuais com melhor capacidade para gerar ideias, que possam ser orientadoras dos políticos e dos demais cidadãos.

Enfim, parodiando João Ubaldo Ribeiro, posso dizer que ao olhar para o espelho dou de cara com o cidadão mal comportado que ora responsabilizo, e o que é pior — desalentado, desacorçoado e inserido na desesperança, especialmente, porque tenho os políticos e intelectuais que mereço. Reagir é preciso!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Cômico se não fosse trágico

[Mensagem acolhida e divulgada no Fórum de Leitores eletrônico do Estadão de 27/03/2015]
O excelente artigo “Aqui nas nossas barbas” (“Estadão”, 25/2, A6), da sra. Eliane Catanhêde, analisa as interações do governo brasileiro com a madura Venezuela, em célere marcha para um cenário degenerative, e por extensão constitui-se em emblemático estímulo para a reflexão sobre as andanças de nossa trajetória político-institucional.

Nesse sentido, aduziria que é oportuno visitar mestre Rui Barbosa, que afirmara em conferência na Associação Comercial do Rio de Janeiro, por ocasião de sua campanha presidencial: “Mentira toda ela. Mentira de tudo, em tudo e por tudo. Mentira na terra, no ar, até no céu, onde, segundo o padre Vieira (que não chegou a conhecer o sr. …….), o próprio sol mentia ao Maranhão, e direis hoje mente ao Brasil inteiro. Mentira nos protestos. Mentira nas promessas. Mentira nos programas. Mentira nos projetos. Mentira nos progressos. Mentira nas reformas. Mentira nas convicções. Mentira nas transmutações. Mentira nas soluções. Mentira nos homens, nos atos e nas coisas. Mentira no rosto na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita. Mentira nos partidos, nas coligações e nos blocos (...) Mentira nas eleições. (...) Mentira nas candidaturas. (...) Mentira nas responsabilidades. Mentira nos desmentidos. A mentira geral. O monopólio da mentira”. Chega!

Sócrates, o grego da cicuta, perguntaria: “Mas, estaria o profeta baiano se referindo à compra da refinaria de Pasadena? Ou seria sobre a esticada da comitiva presidencial em Lisboa no retorno ao Brasil? Teria a desmontagem da candidatura da Marina alguma coisa que ver com isso? Não estaria falando o profeta sobre as notícias veiculadas pelo governo sobre a (des)pujança da economia brasileira? Seria sobre a indigência da educação pública no Brasil? Ou sobre a pobreza do apoio médico brasileiro, com questões estruturais que jamais seriam solucionadas com o programa Mais Médicos? Poderia ser sobre os investimentos brasileiros nas ditaduras americanas e africanas? Haveria de ser pelo apoio dos mensaleiros à reeleição do ano passado? Ou sobre o apoio dos petroleiros, esses que estão trancafiados por um magistrado do Estado do Paraná? Ou quem sabe sobre a propalada alegação de desconhecimento da agência Moody’s sobre a situação da Petrobrás? Será que a sra. Catanhêde poderia esclarecer? Profeta! Articulista! Eu só sei que nada sei; é isso que eu propugnava?”.

Aí apareceria Aristóteles asseverando, com mais um silogismo: “SE as indagações do sábio Sócrates sobre as assertivas do profeta Barbosa forem respondidas afirmativamente; e SE arquitetura da civilização ocidental desencadeada pelo sábio Platão estiver sendo propositalmente contrariada; ENTÃO a verdade, a liberdade, a decência e a justiça estão sendo conspurcadas no Brasil e, como corolário, as preocupações da sra. Catanhêde estão justificadas e o perigo tem endereço certo”.

Como seria divertido brincar com as reflexões dos moços de Atenas sobre a realidade brasileira! Como seria cômico, se não fosse trágico – tragédia expressa em crônicas antecipadas de insucessos garantidos, inequívocos, cristalinos. Mas os brasileiros relutam em ver – pelo menos, desde a conferência do estadista Rui Barbosa, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1919!

E a oposição? Bem a base aliada paradoxalmente tornou-se oposição de si própria, dificultando a atuação dos opositores. Não é incrível este país chamado Brasil? Quem sabe a sra. Catanhêde poderia apelar para o sr. Aécio. Ora, diante do cabelo inexcedivelmente bem talhado e do sorriso suave e enigmático da apelante – não cito a Mona Lisa porque ela não é tão bonita; que venha para cá um da Vinci! –, o mineiro poderia escorregar nas malhas dos encantos do apelo. E agir. Ação! Ação! Oposição! [Ação ainda que tardia ou antes que seja tarde demais; ou antes que se imponha a reação!].