quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Proteção às crianças



Por pressão de grupos religiosos e políticos, o evento QueerMuseu — Cartografia da diferença na arte, foi encerrado prematuramente pelo banco Santander, em Porto Alegre.
No artigo A idade das trevas (Correio Braziliense de 28/09/2017), ao condenar o encerramento daquela exposição e defender mostras de arte com viés similar, o jornalista e escritor Cláudio Ferreira, afirma: “Não me lembro de ter dado a quem quer que seja procuração para escolher, em meu nome, o que eu posso ou não assistir”.
Conquanto admitindo a pouca probabilidade de que o senhor Ferreira tenha sido abençoado, e se tornado pai de uma menina chamada Queen, agora com 10 anos, suponha-se a verdade dessa assertiva.
Prosseguindo no terreno das hipóteses, admita-se a mostra QueenExpo — Apologia do prazer na arte, em que um artista tenha pintado sua filha nua, deitada, com as pernas abertas e expondo a genitália em primeiro plano; que um escultor a tenha esculpido na situação de pedofilia, praticando sexo com adulto; e que um “youtuber” tenha concebido um vídeo em que ela praticasse sexo com um cão.
É certo que o senhor Ferreira faria questão de comparecer à exposição QueenExpo e avaliar as obras de arte. Embora consciente de minha insignificância, em respeito às demais crianças do mundo, eu lutaria para impedir que a mostra continuasse apresentando as hipotéticas perversões. Difícil seria compreender que o senhor Ferreira não admitisse conceder procuração para a escolha de pessoas com a finalidade de defender a dignidade de sua filha.

Dignidade não é uma questão de moralismo; é questão de escala de valores, que Lenin e Hitler propugnaram a destruição, para a prevalência de suas ideias. O comunismo e o nazismo, vencidos com a participação do Brasil, são perversões a que se associam a perversão das crianças, como ponto de partida.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Esquerda e direita


“....... Diante desse quadro angustiante para um socialista brasileiro, só resta mesmo posar de defensor das “minorias”, falar de legalização de drogas, de movimento LGBT, feminismo, identidade de gênero [condenação da delação premiada e da prisão preventiva para corruptos, proteção de menores delinquentes, aprovação de salário para bandidos presos com recursos resultantes dos impostos pagos pelas vítimas] ou outra baboseira qualquer. É fruto do desespero, e por isso tentam monopolizar as virtudes quanto a essas “minorias”. Mas qualquer olhar atento sabe que esses coletivistas não ligam para os indivíduos de minorias, e apenas usam-nos como mascotes. Se o negro for liberal, lascou! Se a mulher for conservadora, fogo nela! E se o machista for do PSOL, silêncio. .....”
(Rodrigo Constantino, em ‘A perda da narrativa da esquerda’, Isto É, de 5 de junho de 2017).
Seja de esquerda (ou de direita) e curta o que se segue ....
Antes de permitir a curtição, vamos conceituar ser de esquerda. É ser de:   

  • centro-esquerda (uma parcela do PSDB e outra do PT);
  • meia esquerda (uma parcela do PSDB e outra do PT);
  • ponta esquerda (qualquer integrante do PC do B, do PSOL e de parcela do PT).

Convém lembrar que há parcela do PSDB que pode ser considerada de direita; e que os integrantes do PMDB, ora estão em uma faixa do espectro, ora estão em outra, isto é, eles seguem a trajetória que os mantenha nas proximidades da onda e das convicções correlatas.
Pode ser conceituado também de esquerda qualquer brasileiro que defenda a corrupção ocorrida na Petrobrás, Nuclebrás, Eletrobrás, Governo Cabral e  Governo Pimentel, entre outros; e ao mesmo tempo condene a Operação Lava-Jato.
Pode ser conceituado ainda de esquerda quem defenda a nomeação para Ministro do STF, de quem foi reprovado repetidamente em concurso para juiz; e de quem, não dispondo de credenciais legais, é indicado para aquela colenda corte pela esposa que foi, depois de morta,  considerada culpada pelo próprio marido pela compra suspeita de um triplex.
E por último e igualmente importante, é inequivocamente de esquerda quem:

  • condene os nazistas que torturaram e assassinaram 6 milhões de  habitantes da Alemanha; e
  • defenda enfaticamente os comunistas que torturaram e assassinaram 7 milhões de habitantes na Ucrânia.
À guisa de lembrança, um pequeno diferencial histórico atinente aos semelhantes nazi-comunistas:

  • na Alemanha, na década de 1940, os nazistas torturavam pela fome durante muito tempo e depois acabavam com o sofrimento pela morte nos fornos de cremação; e
  • na Ucrânia, no mesmo período, os comunistas torturavam pela fome durante muito tempo e mantinham o sofrimento pela fome, até a morte.
Os comunistas têm satisfação pelas vantagens numérica e qualitativa?
E a direita? Pode ser considerado de direita quem defenda que Aécio Neves, Eduardo Cunha, Lula, Dilma e José Dirceu — e quaisquer outros acusados de crimes — sejam processados, julgados e se, confirmadas as acusações, sejam condenados e colocados no xadrez.
Para que não haja qualquer dúvida, quem é de direita defendeu que Aécio, acusado de corrupção pela Lava Jato, fosse retirado da presidência do PSDB. Quem é de esquerda defendeu que a Gleisi Hoffman,  acusada de corrupção pela Lava Jato, fosse designada presidente do PT. Agora, os petistas chamam-na orgulhosamente de “minha presidenta”.
Satisfeito? É aconselhável ter muito cuidado. Não adianta proclamar-se de direita. No Brasil, os políticos da banda putrefata da direita se assemelham muito com os políticos da banda putrefata da esquerda. Salvos as exceções para confirmar a regra, os respectivos admiradores e seguidores desses políticos também.

Mas não tem algum atalho? Tem! Não ignore as imperfeições humanas, mas escolha a decência, a ética e a justiça como fundamento do pensar e agir.