“....... Diante desse
quadro angustiante para um socialista brasileiro, só resta mesmo posar de
defensor das “minorias”, falar de legalização de drogas, de movimento LGBT,
feminismo, identidade de gênero [condenação
da delação premiada e da prisão preventiva para corruptos, proteção de menores
delinquentes, aprovação de salário para bandidos presos com recursos
resultantes dos impostos pagos pelas vítimas] ou outra baboseira qualquer. É fruto do desespero, e por isso tentam
monopolizar as virtudes quanto a essas “minorias”. Mas qualquer olhar atento
sabe que esses coletivistas não ligam para os indivíduos de minorias, e apenas
usam-nos como mascotes. Se o negro for liberal, lascou! Se a mulher for
conservadora, fogo nela! E se o machista for do PSOL, silêncio. .....”
(Rodrigo Constantino, em ‘A perda da
narrativa da esquerda’, Isto É, de 5 de junho de 2017).
Seja
de esquerda (ou de direita) e curta o que se segue ....
Antes de
permitir a curtição, vamos conceituar ser de esquerda. É ser de:
- centro-esquerda (uma parcela do PSDB e outra do PT);
- meia
esquerda (uma parcela do PSDB e outra do PT);
- ponta
esquerda (qualquer integrante do PC do B, do PSOL e de parcela do PT).
Convém lembrar
que há parcela do PSDB que pode ser considerada de direita; e que os
integrantes do PMDB, ora estão em uma faixa do espectro, ora estão em outra,
isto é, eles seguem a trajetória que os mantenha nas proximidades da onda e das
convicções correlatas.
Pode ser
conceituado também de esquerda qualquer brasileiro que defenda a corrupção
ocorrida na Petrobrás, Nuclebrás, Eletrobrás, Governo Cabral e Governo Pimentel, entre outros; e ao mesmo
tempo condene a Operação Lava-Jato.
Pode
ser conceituado ainda de esquerda quem defenda a nomeação para Ministro do STF,
de quem foi reprovado repetidamente em concurso para juiz; e de quem, não
dispondo de credenciais legais, é indicado para aquela colenda corte pela
esposa que foi, depois de morta, considerada culpada pelo próprio marido pela
compra suspeita de um triplex.
E por último e
igualmente importante, é inequivocamente de esquerda quem:
- condene
os nazistas que torturaram e assassinaram 6 milhões de habitantes da Alemanha;
e
- defenda
enfaticamente os comunistas que torturaram e assassinaram 7 milhões de
habitantes na Ucrânia.
À guisa de
lembrança, um pequeno diferencial histórico atinente aos semelhantes
nazi-comunistas:
- na
Alemanha, na década de 1940, os nazistas torturavam pela fome durante muito
tempo e depois acabavam com o sofrimento pela morte nos fornos de cremação; e
- na
Ucrânia, no mesmo período, os comunistas torturavam pela fome durante muito
tempo e mantinham o sofrimento pela fome, até a morte.
Os
comunistas têm satisfação pelas vantagens numérica e qualitativa?
E a direita? Pode
ser considerado de direita quem defenda que Aécio Neves, Eduardo Cunha, Lula,
Dilma e José Dirceu — e quaisquer outros acusados de crimes — sejam
processados, julgados e se, confirmadas as acusações, sejam condenados e
colocados no xadrez.
Para
que não haja qualquer dúvida, quem é de direita defendeu que Aécio, acusado de
corrupção pela Lava Jato, fosse retirado da presidência do PSDB. Quem é de
esquerda defendeu que a Gleisi Hoffman, acusada
de corrupção pela Lava Jato, fosse designada presidente do PT. Agora, os
petistas chamam-na orgulhosamente de “minha presidenta”.
Satisfeito?
É aconselhável ter muito cuidado. Não adianta proclamar-se de direita. No
Brasil, os políticos da banda putrefata da direita se assemelham muito com os
políticos da banda putrefata da esquerda. Salvos as exceções para confirmar a regra, os respectivos admiradores e seguidores
desses políticos também.
Mas não tem
algum atalho? Tem! Não ignore as imperfeições humanas, mas escolha a decência,
a ética e a justiça como fundamento do pensar e agir.