Distintos familiares e estimados amigos,
Vou narrar alguns cenários que tem condicionado algumas atitudes que adotei em minha modesta trajetória. Utilizo a terminologia ‘cenário’, para caracterizar que cada uma das narrativas pode dar origem a uma peça teatral — ressalto: peça teatral de horror.
Os dois primeiros cenários, eu os testemunhei na adolescência, e dizem respeito a meu pai e a sua peleja para dar aos filhos a oportunidade para alcançar uma vida digna e plena de justiça e decência.
O terceiro cenário diz respeito a um evento de que participei na maturidade e resultou de uma orientação recebida de meu velho pai no sentido de que a posse de imóvel abriria a possibilidade de empreender, prosperar e adquirir potencial para realização humana de beneficiar terceiros.
Os cenários subsequentes, eu os vivenciei nos últimos dois anos, quando me envolvi com amigos, cidadãos otimistas e comprometidos com a ideia de contribuir para que o País encontrasse o rumo de esperança, sonhos e satisfação de expectativas, especialmente para benefício da juventude.
Cenário 1
Em 1956, com 7 anos de idade, eu saí da casa de meus pais — localizada na campanha (na roça, não raro afirmo), numa ponta da fazenda de meu avô — para morar numa pensão em Rochedo, lugarejo à época com 2000 habitantes e que dista 80 Km de Campo Grande, a atual capital de Mato Grosso do Sul.
Em 1958, meu pai, um lavrador com apenas seis meses de escolaridade, mudou-se com a família, para Rochedo, para que meus irmãos também pudessem estudar.
Em Rochedo, meu pai foi, sucessivamente, tabelião do registro civil, juiz de paz e presidente de partido político. Foi também comerciante, já que em 1960, ele comprou um boteco decadente e o transformou no comércio mais importante do lugarejo.
Em 1963, os Grupos dos Onze, entidades compostas por comunistas, marxistas-leninistas, alastraram-se Brasil afora, como efeito paralelo da Guerra Fria em curso e da adesão de vários brasileiros à vertente comunista liderada pela União Soviética, que buscava a hegemonia mundial, em oposição ao liberalismo democrático liderado pelos Estados Unidos, e prevalente em nosso País.
Em Rochedo, o Grupo dos Onze local fazia proselitismo político-ideológico por intermédio de um alto-falante fixo, com alcance para a maioria da população rochedense. Entre as aleivosias transmitidas, estava a afirmação de que
“quando a revolução triunfasse, eles pegariam todos os bens do comércio do baiano Oscar [meu pai] e distribuiriam em praça pública, afora dar a ele o corretivo que merecia”.
Nessa época, eu estava morando em um hotel em Campo Grande, dado que na escola municipal de Rochedo só havia curso primário (equivalente às 4 primeiras séries do atual ensino fundamental).
Num certo dia, recebi o recado de meu pai de que era para ir para Rochedo. Lá chegando, papai relatou as ameaças do Grupo dos Onze; afirmou que tinha declarado para o chefe deles que
“para tocar em uma agulha de nossos bens eles teriam que passar por cima do cadáver dele”;
caracterizou a consequente seriedade da situação familiar; e, encarando-me com a tensão que o momento exigia, asseverou que
“a situação poderia evoluir de forma muito desfavorável e que na eventualidade de ele faltar para a família, eu deveria deixar os estudos e unir-me a mamãe para ajudá-la a cuidar dos irmãos”.
Esse pesadelo que afligiu a família terminou.
Na época, como contragolpe às ameaças que a democracia vinha sofrendo, em 2 de abril de 1964, o Congresso Nacional, por intermédio de seu presidente, Auro de Moura Andrade, declarou a vacância da Presidência; e — acompanhado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Álvaro Ribeiro da Costa — deu posse ao presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Ranieri Mazilli, na presidência da República.
Em 11 de abril de 1964, o Parlamento elegeu o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, presidente da República. Enfatize-se: aquelas decisões representaram uma reação exigida por um contingente significativo de brasileiros que discordavam dos rumos que o país estava tomando — com a liderança de empresários, jornalistas e políticos, e manifestações inequívocas da população em geral, que saiu às ruas e complementou o apoio extraordinário para as transformações necessárias.
É imperioso afirmar que os comunistas e seus aliados ocultam essa verdade e atribuem apenas aos militares (e totalmente a eles) a responsabilidade pelos eventos históricos de 1964.
Cenário 2
Por volta de 1967, chegou na casa de meus pais em Rochedo, um irmão de meu pai, com a respectiva esposa e dois filhos. Ele declarou que fugiu de Jequié-BA, onde morava, porque em face de sua militância comunista, ele estava sendo perseguido pela repressão política; e a perseguição evoluiu para ameaça a sua vida.
Papai o acolheu, homiziou e deu apoio para que se mantivesse durante algumas semanas em nossa casa.
Num certo dia, papai disse ao irmão que embora seu comércio fosse pequeno, ele poderia ajudar no aluguel de uma casa, separar uma parcela de mercadorias, suficiente para que o irmão pudesse iniciar um comércio, trabalhar e garantir o sustento da família. Porém, ele teria que se comprometer com o abandono das atividades político-ideológicas.
O irmão respondeu que agradecia o acolhimento e a ajuda, mas não aceitaria a oferta e, em 3 dias, iria embora, deixando de incomodar. Arrematou dizendo que jamais abandonaria seu objetivo fundamental de trabalhar pelo êxito da implantação do comunismo no Brasil.
E assim, meu tio desapareceu em busca de seu destino, resultante da doença ideológica incurável e, às vezes contagiosa, que o acometera de forma fatal.
Cenário 3
Em 1995, comprei dois lotes de terra urbanos em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. O loteamento era localizado em um região considerada valorizada por ser contígua ao Jardim dos Estados, onde naquela época tinham sido construídas as novas sedes do governo do Estado e das respectivas Secretarias. A compra foi feita por sugestão de meu irmão Aloizio, que também tinha comprado lote nesse local.
Por volta de 2001, integrantes do MST, invadiram o loteamento e se apossaram dos lotes que pertenciam a mim e a meu irmão. Nessa época, o Estado de Mato Grosso do Sul era governado pelo PT, corrente política apoiada pelo MST. Em consequência, nenhuma medida foi adotada pelo governo. Pelo contrário, havia uma boa vontade com o movimento, e omissão nas ações de segurança pública requeridas. Esse posicionamento do governo estadual correspondia ao estímulo às ações criminosas de invasão de propriedade privada.
Na condição de advogado e acompanhante do que estava ocorrendo em Mato Grosso do Sul, Aloizio informou que recorrer à Justiça requeria desgaste pessoal e gasto financeiro com pouca probabilidade de ganho de causa. Então, os recursos ganhos à custa de trabalho honesto e esforço pessoal intenso foram perdidos.
Evidentemente, o ideário do PT nunca contemplou o estímulo ao trabalho, ao sistema democrático e ao império da lei. É imperiosa a conscientização de que esse partido político é herdeiro do ideário socialista, com a abordagem preconizada por Gramsci, ou seja, a substituição da busca do poder pela luta armada, pela obtenção da hegemonia pelo domínio cultural, com a atuação na educação, na imprensa e nas artes.
Cenário 4
Em 2018, concedi entrevista ao jornal Estadão e, subsequentemente, para a Folha de São Paulo/UOL.
Dentre as inúmeras assertivas constantes das longas entrevistas, em uma delas eu asseverava que se princípios religiosos e o evolucionismo estivessem no programa de ensino e (ou) na bibliografia adotada, deveriam ser transmitidos livremente em sala de aula. Porém, não cabia ao professor transmitir juízo de valor de sua preferência, para tentar convencer os alunos a adotarem essa ou aquela visão, religião ou ideologia. Cabia ao professor estimular cada aluno a adquirir conhecimento, pensar e, de acordo com sua tendência, princípio e orientação familiar, decidir o que adotar, praticar ou seguir.
Pois bem, em menos de uma semana, um escritor com simpatia pelos integrantes do PT, PSOL e PC do B, publicou um artigo no jornal Folha de São Paulo, declarando que eu era contra o evolucionismo, que eu defendia apenas o ensino religioso nas escolas. O título do artigo é: “Militar, o senhor é um macaco”.
A mentira e a estupidez estiveram associados de forma plena no texto de um formador de opinião. Isso não teria qualquer importância, se não houvesse gente que pode ter acreditado num canalha desses.
Cenário 5
Em face das entrevistas publicadas em dois dos maiores jornais do país, em 2018, o site do PT divulgou um artigo — matéria não assinada e, portanto, refletindo a posição oficial e institucional do partido — em que, entre outras inverdades, era afirmado que eu defendia salas de aulas distintas para brancos e para negros, respectivamente; ou seja, eu defendia a segregação racial em sala de aula.
Ora, sou neto de uma baiana mulata, que com algum exagero, poderia ser chamada de “neguinha” ou “negona”. Em meu quarto de dormir, tenho algumas pinturas na parede. Com grande orgulho, um desses quadros é a foto de minha vozinha, a mãe de meu pai.
Acresça-se que, neste evento, a estupidez petista é tamanha que se o articulista da citada peça de má fé olhasse minha fotografia, ele veria inquestionáveis traços de origem negra.
Minha primeira reação ao ler a matéria foi de indignação e repugnância. A mentira para os petistas — assim como a corrupção e outras atividades criminosas — não é um problema pessoal, individual, consequente das naturais imperfeições humanas. É uma questão vital e institucional; está na gênese do pensamento e na práxis cotidiana.
Cenário 6
No início de 2019, em face de uma série de notícias divulgadas na imprensa sobre cidadãos que apoiam o atual governo, algum petista (ou algum aliado psolista ou comunista) divulgou no Facebook um conjunto de fotos de cidadãos — dentre as quais eu me encontro — com o símbolo do nazismo na testa. Entre as personalidades com essa marca estão: Sérgio Moro, Onix Lorenzoni, Janaína Paschoal, Marcos Pontes, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e, entre outros, os meus amigos Generais Heleno e Ferreira.
Ora, pertenci ao Exército Brasileiro, uma instituição que em 1945 teve mais de 25.000 militares lutando na Segunda Guerra mundial, na Itália, contra o nazismo. Dentre esse guerreiros, 467 perderam a vida no campo de batalha para varrer o nazismo da face da terra.
E pertenci a uma instituição que mais de uma vez impediu a implantação do comunismo no Brasil — especialmente em 1937 e 1964.
Entendo que tanto o nazismo, cujo filósofo aliado mais notável é Heidegger; e o comunismo, cujo patrono é o filósofo Marx, têm origem na pregação autoritária do filósofo britânico Thomas Hobbes, em cuja fonte beberam Heidegger e Marx.
Não deve ser esquecida a frase emblemática proferida por Luís Lula da Silva:
“O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer!”
Quaisquer que sejam as diferenças entre comunismo e nazismo, ambos disputam a primazia de qual corrente assassinou com mais requinte. Ambos disputam a primazia de serem as causas das maiores tragédias sócio-políticas da Humanidade. Ambos possuem um emblema que os expressam — para seus adeptos, com glória; para seus inimigos, com o sentimento de perversidade e de coisa hedionda. O emblema do comunismo é o Holodomor, em que cerca de 5 milhões de ucranianos foram mortos e torturados lentamente pela fome, na primeira metade da década de 1930. O emblema do nazismo é o Holocausto, em que mais de 6 milhões de judeus, ciganos e outros foram assados nos fornos de cremação, no período de 1940 a 1945.
Enfim, uma vez mais prevalece a mentira de adepto do PT, PSOL e PC do B. Cito os três pois eles são algo como “trigêmeos genéticos” ou para ser mais fiel, “trigêmeos siameses”, dadas as semelhanças na perversidade, na mentira, na corrupção, na canalhice e em tudo que é repugnante para o ser humano.
Cenário 7
No Brasil, há 69 universidades federais.
Cada uma dessas instituições é patrimônio de quem? Dos respectivos reitor, professores, funcionários e alunos? Não. Respondo enfaticamente: não! As universidades são patrimônio do povo brasileiro.
Essas instituições têm autonomia? Sim. Respondo enfaticamente: sim! Porém a autonomia é condicionada aos interesses do povo brasileiro, que nesse caso é representado pelo governante legitimamente eleito, no âmbito do Estado Democrático de Direito.
Em cada período governamental de 4 anos, a maioria dos reitores pode ser substituída. Em realidade, ocorre a substituição de cerca de 15 reitores por ano.
Pois bem, no corrente ano, de acordo com a previsão legal, uma parcela de reitores está sendo substituída pelo governo federal, por proposta do MEC. Mas o que está havendo? Na maioria dos casos, a chamada comunidade acadêmica está discordando das nomeações realizadas legitimamente pela administração federal. As reações são expressas das mais variadas formas e por meios inequivocamente não republicanos.
Cito agora o caso mais emblemático. Em uma dada universidade federal, conforme a prática habitual, o reitor nomeado tomou posse em Brasília, agendou a data da assunção do cargo e no dia aprazado se dirigiu, com os familiares, autoridades e demais convidados para a sede da reitoria, onde ocorreria a solenidade planejada. O que fizeram os militantes dos partidos PT, PSOL e PC do B encastelados na universidade? Para impedir a realização do evento, várias dezenas deles defecaram no longo corredor de acesso à reitoria. Convém não me alongar na descrição dessa ação, contudo é digno de nota a criatividade para conseguirem esse intento aproximadamente ao mesmo tempo.
É razoável inferir que não bastam o inconformismo, a mentira, a corrupção e outras nefastas atitudes. Ao cérebro dessas pessoas, acresça-se o conceito de que os excrementos são uma boa opção para substituir a argumentação, o bom senso, a lógica e a razão.
Meus distintos familiares e estimados amigos,
É difícil imaginar que alguma pessoa terá lido este texto até aqui. Se alguém, teve a resiliência requerida, então eu apelo para complementar a leitura, cuja síntese enfatizo a seguir.
As vivências ora relatadas sob a forma de cenários não deixam margem para dúvida. Brasileiros houve e há que abraçaram o objetivo de transformar a sociedade e a Nação em sistemas que afundaram em todos as oportunidades, em todos os lugares onde foram experimentados. E o instrumento essencial de ação envolve omissão da verdade, a prática da falsidade, a utilização da corrupção e o lançamento de lama naqueles que se opuserem.
A idolatria político-ideológica em substituição à preferência pela valorização e priorização do ser humano indica que a primeira é doentia, perversa, hedionda e estúpida.
A publicação de artigo fundamentado na mentira; a inclusão no site oficial de um partido de dimensão nacional de informações que não correspondem à verdade; e a divulgação por intermédio do Facebook de um conjunto de fotografias de elevadas autoridades da República (por engano, ignorância ou má fé incluíram-me nessa amostra de autoridades), pertencentes a um governo eleito na vigência do Estado Democrático de Direito, atribuindo a estes o que está na essência da práxis daqueles são uma prova irrefutável do caráter irresponsável de quem pratica atos desse jaez. São uma demonstração inequívoca de que para os obradores desses atos os fins justificam os meios — e para dúvida não pairar: fins e meios perversos e hediondos —, isto é, os meios podem incluir a mentira, a corrupção e outras ações sórdidas compatíveis. E por último e igualmente relevante são a certeza cristalina de que o modus operandi deles é atribuir aos oponentes os vícios inerentes a si próprios.
Não me parece razoável que eu deva me abrigar na covardia e sonegar esse testemunho aos meus familiares e amigos. Fico pensando, por exemplo, nos integrantes de minha família em Mato Grosso do Sul. Se computar as pessoas agregadas à família por meus irmãos e respectivos cônjuges, o contingente ultrapassa duas centenas de pessoas — cerca de 30 advogados; médicos, engenheiros e contadores; alguns pequenos ou médios empresários; e uma maioria de pessoas sem formação acadêmica, de maior ou menor modéstia financeira, porém seres humanos respeitáveis. Porém e as crianças?
Tomei a decisão de divulgar os “cenários” que vivenciei ao longo de minha vida. Do ponto de vista político-ideológico, os adultos já decidiram suas respectivas trajetórias. E alguns deles, optaram pelo apoio aos ideais dos “trigêmeos siameses”. A esse respeito, nada resta senão lamentar.
Mas e as crianças? Acredito firmemente que elas devam ser informadas e preparadas para vivenciar o que está no logotipo que incluí neste texto e que constitui a abertura de todas as matérias constantes de um de meus blogs.
Esse logotipo expõe a essência de meu pensar, crer e tentar agir: o objetivo primacial do ser humano é a busca da paz e da harmonia. Essa procura irrenunciável deve ser realizada por intermédio do único instrumento que a torna possível: a democracia. Esta por seu turno é alicerçada na liberdade, na verdade, na coragem e na ética.
Nesse sentido, utilizo e utilizarei todos os meios possíveis e disponíveis para levar-lhes meu testemunho e quaisquer outros instrumentos que contribua, para que os futuros adultos possam fazer opções razoáveis, baseadas em virtudes, em conhecimento e na certeza que é dever de todos fazer o dia de hoje melhor do que ontem; e o amanhã melhor do que hoje — considerando que todos somos vítimas das imperfeições da condição humana.
É o que queria transmitir.
Brasília, 10 de setembro de 2019
Aléssio Ribeiro Souto
Distinguished relatives and dear friends,
I will report some scenarios that have conditioned some attitudes that I have adopted in my modest trajectory. I use the terminology 'scenario' to characterize that each of the narratives can give rise to a theater play — actually, a horror theater play.
The first two scenarios, I lived them in the adolescence and they are related with my father and my family. Actually, they happened in my father efforts for giving to his children the chance to reach dignity, justice and decency during their life.
The third scenario concerns an event I attended at maturity and resulted from an orientation received from my old father that ownership of property would open the possibility of undertaking, prospering, and acquiring potential for human fulfillment to benefit others.
The following scenarios, I lived them in the two last years (2018 and 2019). I joined myself to old and new friends, who decided to work in the 2018 presidential campaign and later on. We were committed with the task of contributing with a new government, to follow a way of hope, dreams and success in expectations, especially for young people.
Scenario 1
In 1956, when I was 7 years old, I left my parents' house — located in the campaign, at one end of my grandfather's farm —, to live in a pension in Rochedo County, a place with 1500 inhabitants, which is 80 km apart from Campo Grande, the current capital of Mato Grosso do Sul.
In 1958 my father, a semi-illiterate farmer, moved with his family to Rochedo, so that my brothers could study as well.
In Rochedo, my father was successively civil registry notary, peace judge, and political party president. He was also a merchant; for in 1960, he bought a decaying bar and turned it into the most important trade in town.
In 1963, the Groups of Eleven, Communist, Marxist-Leninist entities, spread throughout Brazil as a side effect of the Cold War and the adhesion of several Brazilians to the Soviet Union-led communist branch, which fought for the world hegemony, in opposition to the liberal and democratic branch, led by the United States, and prevalent in our country.
In Rochedo, the local Group of Eleven made political-ideological proselytizing daily through a fixed loudspeaker, which the majority of the town population could listen. They alternated false arguments with unquestionable threats for the conversion of the citizens. For instance, they declared:
"after the triumph of the revolution, we would take all the goods from Oscar trade and distribute them in the public square, apart from giving him the corrective he deserved."
At that time, there was only ‘Primary School’ in the Rochedo Town School (equivalent to the first 4 grades of the current 'Fundamental Teaching'). So, in 1965, I moved to Campo Grande, to live in a hotel.
One day I received my father's message that it was to go to Rochedo. I went there on the first weekend. So, Dad related the threats of the Group of Eleven; mentioned that he had stated to the Group of Eleven boss that
"to touch a needle of our goods they would have to go over his corpse";
characterized for me the consequent seriousness of the family situation; and, facing me with the tension that the moment demanded, asserted that
“the situation could evolve very unfavorably and in case the family loose myself, you should leave the school and join your mother to help her taking care of your brothers ”.
This possible nightmare ended. At that time, as a counterattack for the threats that democracy had been suffering, on April 2nd, 1964, the National Congress, by his president, senator Auro de Moura Andrade, declared the presidency vacant and accompanied by the president of The Supreme Court, Minister Álvaro Ribeiro da Costa, enthroned the President of the Chamber of Deputies, Deputy Ranieri Mazzilli, as President of the Republic.
On April 11th, 1964, the Parliament elected Marshal Humberto de Alencar Castelo Branco, President of the Republic. Emphasize itself: a reaction demanded by a significant contingent of Brazilians who disagreed with the direction the country was taking — with the leadership of businessmen, journalists and politicians and unambiguous demonstrations from the general population, who took to the streets and complemented the extraordinary support for the transformations required. It is imperative to state that the communists and their allied conceal this truth, and attribute only to the military (and totally to them), the responsibility for the historical events of 1964.
Scenario 2
Around 1967 my father's brother, his wife, and two children arrived in Rochedo. He declared that the family fled Jequié-BA, where he lived, because due to his communist militancy, he was being persecuted by political repression; and the persecution has evolved to threaten his life.
Dad welcomed them, concealed them and supported them to stay for a few weeks in our home.
One day, Dad told his brother that although the trade he owned was small, he could help him. It would be possible to rent a house; and to sort out an amount of goods of the trade, enough for his brother to start a trade, work, and sustain his family. However, he would have to commit to abandoning political-ideological activities.
The brother replied that he was grateful for the welcome and help, but would not accept the offer; and, in 3 days, he would leave, not bothering them anymore. He concluded by saying that he would never abandon his fundamental goal of working for the successful implementation of communism in Brazil.
And so, my uncle disappeared in search of his destiny, resulting from the incurable and sometimes contagious ideological disease that had affected him in a fatal way.
Scenario 3
In 1995, I bought two urban land plots in Campo Grande, capital of Mato Grosso do Sul. The allotment was located in a region considered valued for being contiguous to the Jardim dos Estados, where at that time the new headquarters of the state government had been built. and the respective Secretariats. The purchase was made at the suggestion of my brother Aloizio, who had also purchased a lot at this location.
Around 2001, MST members raided the allotment and took over the lots that belonged to me and to my brother. At that time, the state of Mato Grosso do Sul was governed by a PT party member, the current political supported by the MST. For this reason, none action was taken by the government. On the contrary, there was a goodwill with the movement, and omission in the required public security actions. This position of the state government corresponded to the encouragement of criminal invasion of private property.
As an attorney and a companion to what was happening in Mato Grosso do Sul, Aloizio reported that resorting to court required personal distress and financial expense with little likelihood of winning a case. Consequently, resources gained at the expense of honest work and intense personal effort were lost.
Actually, the PT's ideas never contemplated the stimulus to the work, the democratic system and the rule of law. It is imperative to realize that this political party is heir to communist ideology, with the approach advocated by Gramsci, that is, the replacement of the pursuit of power by armed struggle, by obtaining hegemony by cultural domination, by acting in education, press and the arts; and if required, by lie, lawlessness and corruption.
Scenario 4
In 2018, I granted an interview to the newspaper ‘Estadão’ and, later, to the newspaper ‘Folha de São Paulo’, as well.
Among my several assertions contained in the interviews, one of them stated that if the religious and evolutionary themes were in the teaching program and (or) in the adopted bibliography of the school, they could be freely transmitted in the classroom. However, it was not up to the teacher to convey his own preferences (related with politics, religion, ideology or anything else associated with personal and familiar values) to try to convince students to adopt them. It was up to the teacher to encourage each student to get knowledge, think and act; and, in accordance with his or her tendency, principle, and family orientation, he or she should decide what to believe, adopt, practice or follow.
Well, in less than a week, a writer sympathetic to PT, PSOL, and PC do B members published an article in the 'Folha de Sao Paulo', stating that I was against evolutionism and that I advocated only religious teaching in schools. The title of the article: "Military, you are a monkey."
Lie and stupidity are fully associated in the text of that opinion maker. This would mean nothing, except for the fact there are people who believe in these absurd things.
Scenario 5
As a result of the interviews published in the country's two largest newspapers in 2018, the PT website published an article — an unsigned article and thus reflecting the party's official and institutional position — in which, among other untruths, it was stated that I advocated separate classrooms for whites and blacks respectively; that is, I advocated racial segregation in the classroom.
As a matter of fact, I am grandson of a black woman who could be called “neguinha” ("small black woman") or “negona” ("big black woman"), as usual in Brazil. In my bedroom, I have some paintings on the wall. With great pride, one of them is the picture of my dear grandmother, my father's mother.
Moreover, in this scenario, the stupidity of PT members is such that if the writer of the aforementioned wonder looked at my own picture, he would see unquestionable traces of black origin.
My first reaction to reading the story was indignation and disgust. The lie for PT members — as well as corruption and other criminal activities — is not a personal, individual problem, a consequence of natural human imperfections. It is a vital and institutional matter; it is in the genesis of thought and everyday praxis.
Scenario 6
In early 2019, due to a series of press reports about citizens supporting the current government, some PT party member (or maybe some PSOL or PC do B party member) posted on Facebook a set of photos of citizens — among whom I find myself — with the symbol of nazism on their foreheads. The set of personalities with this logo include: Sérgio Moro, Onix Lorenzoni, Janaína Paschoal, Marcos Pontes, Flavio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro and, among others, my friends Generals Heleno and Ferreira.
Actually, I belonged to the Brazilian Army, an institution that in 1945 had over 25,000 military personnel fighting in World War II in Italy against Nazism. Among these warriors, 467 lost their lives on the battlefield to wipe Nazism off the face of the earth.
And on 1937 and 1964, the institution I belonged to prevented the establishment of communism in Brazil.
I guess that both Nazism — whose philosopher ally most remarkable is Heidegger; and communism — whose creator is the philosopher Marx — stems from the authoritarianism proposed by the British philosopher Thomas Hobbes, source of the required knowledge.
Shouldn't the emblematic phrase uttered by Luis Lula da Silva be forgotten: “Hitler, even wrong, had what I admire in a man, the fire of proposing to do something and trying to do it”?
Whatever the differences between communism and Nazism, both search the primacy of having murdered most exquisitely. Both want the primacy of having caused humanity's greatest socio-political tragedies. Both have a metaphor or an emblem that expresses them in an adequate way. Communists can boast of the Holodomor, the historical event in which they and tortured and killed by famine about 5 million Ukrainians. Nazis can boast of the Holocaust, in which they assassinated about 6 million Jews, Gypsies and others, in cremation ovens.
Anyway, once again the lies of PT, PSOL and PC do B party members prevail. I quote the three because they are something like “genetic triplets” or to be more faithful, “Siamese triplets”, given the similarities in perversities, lies, corruption, villainy and everything that is repugnant to the human being.
Scenario 7
Preliminary, consider the following remarks:
(i) The word ‘Reitor’, in Portuguese, meaning the most elevated authority of a Brazilian university, may be equivalent to the word ‘President’, in United States, as in Harvard, Stanford and MIT; or Vice-Chancellor, in England, as in Oxford and Cambridge (generally the Chancellor, the most high level, has only honorific tasks);
(ii) In this Scenario, it‘s used the word ‘Rector’, i. e., the head of certain universities, colleges, and schools, meaning the Portuguese word ‘Reitor’
In Oxford (a federation of forty self-governing colleges and halls) and Cambridge, for example, the central administration is headed by the Vice-Chancellor, which is approximately equivalent to ‘Reitor’, as it is understood in Brazil — the university’s formal head is the Chancellor, which is a titular figure and is not involved with the day-to-day of the university.
In Harvard, Stanford and Massachusetts Institute of Technology, for example, the most graduated authority of the university or institute is the President, which is approximately equivalent of ‘Reitor’, as it is understood in Brazil.
In Harvard, there is the President of Harvard University, who is the chief administrator of the university and the ex-officio chairman of the Harvard Corporation.
Harvard is a famously decentralized university, noted for the “every tub on its own bottom” independence of its various constituent faculties, which set their own academic standards and manage their own budgets. The President, however, plays an important role in the university-wide planning and strategy. Each names a faculty’s dean, and grants tenure to recommended professors.
In Brazil, there are 69 federal universities.
To whom belongs the Brazilian universities? Do they belong to the rectors, teachers, staff and students? No. I answer emphatically: no! Their owners are the Brazilian people.
Do these institutions have autonomy? Yes. I answer emphatically: yes! However, autonomy is conditioned by the interests of the Brazilian people, which in this case are represented by the legitimately elected president within the framework of the Democratic Rule of Law.
In each 4-year government period, most rectors must be replaced. In fact, there is a replacement of about 15 rectors per year.
This year, the federal government replaced some rectors according to the legal provision, by proposition of the Ministry of Education. But what is going on? In most cases, the so-called academic community is disagreeing with appointment legitimately made by the federal administration. Some reactions are considered “non republicans”, because they are expressed in an inadequate way.
I quote now the more emblematic case. In a particular federal university, as the usual practice, in the scheduled day, it would happen the solemnity of tenure in the office of rector. So, the appointed rector, his relatives, authorities, and other invited persons directed themselves to the university auditorium where the event would take place. What did the PT, PSOL and PC do B party members do, earlier? To prevent the event from happening, several dozens of them defecated in the access corridor to the auditorium. It isn’t convenient to describe this action in details, but it is noteworthy the creativity to achieve this at approximately the same time.
It is reasonable to infer that nonconformity, lie, corruption, and other harmful actions are not enough for them. To those people's brains, it’s reasonable to add the concept that a good alternative for the argument, the common sense, the logic and the reason is their shits.
My distinguished relatives and dear friends,
It is hard to imagine that anyone will have read this text so far. If anyone has had the required resilience, then I appeal to go on, and read the following synthesis.
The scenarios described in this text leave no room for doubt. Unfortunately, during the historic evolution of the last and the current century, several Brazilians embraced the goal of transforming society and the nation into systems that have sunk at every opportunity, wherever it has been experimented. And the essential instrument of action involves the omission of truth, the practice of falsehood, the use of corruption, and the launching of dirt upon the opponents.
There is no doubt, the preference for the political-ideological idolatry instead of the valorization of the human being indicates attitude, behavior and decision unhealthy, perverse, heinous and stupid.
The publication of an article based on lies; the inclusion of untruthful information on the official website of a national party; and the dissemination through Facebook of a set of photographs of senior authorities of the Republic with the symbol of Nazism were done by the members of PT, PSOL and PC do B. These are irrefutable proof of their irresponsible character. These are an unmistakable demonstration that the ends justify the means — which include lies, corruption, and other compatible sordid actions. And last and equally relevant, the certainty that their modus operandi is to ascribe to opponents everything that corresponds to their own attributes, will, and ultimate goal. Finally, replace the virtues of others with their own addictions, and similarly replace their own addictions with the virtues of others.
It does not seem reasonable that I should take shelter in cowardice and evade this testimony of relatives and friends. I keep thinking, for example, about my relatives who live in Mato Grosso do Sul. If I count the family members of my brothers and their spouses, the number exceeds two hundred people — more than 28 lawyers; some doctors, engineers and accountants; some small or medium entrepreneurs; and a majority of people who didn’t have access to the university, and with economic status at least satisfactory, and respectable human beings. And the children, what about them?
I made the decision to disclose the scenarios I experienced throughout my life. From the political-ideological point of view, adults have already decided their respective trajectories. And some of them chose to support the ideals of the "Siamese triplets". In this regard, nothing is possible to do but regret.
Concerning the children, I firmly believe that they should be informed and prepared to experience what is in the logo that I included in this text and which opens all articles contained in one of my blogs.
This logo exposes the essence of my thinking, believing and trying to act: the primary objective of the human being is the pursuit of peace and harmony. This indispensable search must be accomplished through the only instrument that makes it possible: democracy. This in turn is founded on freedom, truth, courage and ethics.
In this regard, I will use every possible and available means to bring you my testimony and any other tools which support future adults to make reasonable choices; based on virtue and on knowledge; and based on the certainty that it is everyone's duty to make today better than yesterday; and tomorrow better than today..
That's what I wanted to convey.
Brasília, September 10th, 2019
Aléssio Ribeiro Souto