segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Otimismo incorrigível


Meus amigos civis desconhecem e se surpreendem quando lhes afirmo que minhas filhas não têm direito a ingressar no Colégio Militar de Brasília sem concurso.

Elas poderiam ter acesso sem concurso se, após a transferência para a reserva, eu me mudasse para uma cidade com Colégio Militar. O pressuposto é que essa última transferência, de responsabilidade da Instituição, ainda poderia prejudicar filho de militar atingido.

Os colégios militares têm algumas vantagens sobre as escolas de nível similar: a possibilidade de o aluno participar de práticas esportiva, musical, cultural, artística, entre outras; a absoluta impossibilidade de paralisação por greve; o rigoroso cumprimento do planejamento anual; e uma carga horária, em geral, superior ao previsto pelo MEC --- os insuficientes 200 dias/aula/ano, adotados em 1995, ainda resultado da gestão do Dr. Paulo Renato, ex-reitor da Unicamp, naquele Ministério.

Naturalmente, a escola dos sonhos deve ter, no mínimo, 6 horas diárias de aula; 240 dias/aula/ano; e professores  bem pagos, qualificados, motivados e, especialmente, pertencentes aos 10% dentre os mais talentosos profissionais de cada geração. O PISA [1é um programa de avaliação educacional dos países membros e associados da OECD [2]. Nos últimos 10 anos, a Finlândia tem os melhores resultados nesse programa porque dispõe de um sistema com as características mencionadas.

Ou o Brasil adota um processo com essas características ou passa à decadência antes de atingir o ápice. Como sou otimista, acho que vai acontecer: o Brasil chegará ao ápice. Só não se sabe com qual liderança nem quando!
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[1] PISA - Programme for International Student Assessment (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
[2] OECD - Organisation for Economic Cooperation and Development (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Abrange 34 países da União Européia (membros) e 31 outros países, dentre os quais o Brasil (associados).

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