Atualizações sucessivas
Após escrever a primeira versão deste texto que apresenta a trajetória de Oscar Barboza Souto junto à Alaide Ribeiro Souto, nossos saudosos pais, recebi contribuições da prima Liba, do mano Aloizio e, mais recentemente, da prima Eliana Belo. Decidi manter o texto original e acrescentar, em destaque, as informações prestadas pelas primas e pelo mano.
Ademais, decidi também que, enquanto lucidez tiver, farei acréscimos que contribuam para que a história de Oscar, Alaide e seus descendentes sejam atualizadas da forma que eles tanto merecem.
As atualizações são sumarizadas a seguir:
– Atualização 1 – Contribuição da prima Liba – 10/Ago/2020
– Atualização 2 – Contribuição do mano Aloizio – 22/Ago/2020
– Atualização 3 – Acesso de Alessandra, Cecília e Laura a universidade – 27/Jan/2022
– Atualização 4 – Passamento da mana Edna – 20/Jan/2023
– Atualização 5 – Contribuição da prima Eliana Belo – 30/Jan/2024
Estes garranchos versam sobre a trajetória de um cidadão comum, anônimo, como milhares de tantos outros — um antigo lenhador, lavrador, garimpeiro; semialfabetizado, curioso, perspicaz e com uma fecundidade mental singular e construtiva, que o tornava capaz de ir além do que os instrumentos de uma limitada educação formal permitiam — enfatize-se: em toda a vida, frequentou menos de um semestre escolar. Em sua caminhada, depois de se mudar com a família para Rochedo, ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1980, ele se tornou comerciante e exerceu os cargos de tabelião do registro civil, de juiz de paz e de presidente de partido político.
Pois bem, Oscar Barboza Souto nasceu em Jequié-BA, em 22 de agosto de 1913. É filho de José Francisco Souto e Júlia Barbosa Souto. Teve os seguintes irmãos: Liberalino, Floripes, Jonias, Jesulino, Marinha e Aléssio.
Aos sete anos, Oscar perdeu o pai. Na condição de delegado coletor estadual de impostos, José Francisco fora assassinado.
O destino de José Francisco
Vovô José Francisco [i], esposo da vovó Júlia [ii], era funcionário público estadual da cidade de Jequié-BA, e atuava como delegado coletor de impostos, especialmente da produção rural.
Além dos filhos consanguíneos [iii] [iv], José Francisco e Júlia tinham um filho de criação adulto, chamado Aniceto. Seu pai adotivo deu-lhe um sítio para que ele cultivasse a terra.
No início de 1921, José Francisco dirigiu-se para a região rural com o objetivo de realizar a coleta tributária habitual. Na volta, Aniceto o esperava e dirigiu-se a ele, asseverando que pagaria o débito atinente aos impostos de sua pequena propriedade e entregando-lhe a quantia devida. Nesse momento, surpreendentemente, Aniceto sacou uma arma e atirou em José Francisco e depois saiu em disparada. O tiro pegou no braço, mas como a munição estava envenenada, a vítima faleceu umas duas horas depois.
A morte dramática resultou de crime de encomenda, sendo o executor alguém sobre quem jamais recairia suspeita. O mandante não foi identificado, mas a hipótese mais provável dava conta tratar-se de alguém insatisfeito com o trabalho de cobrança de impostos que José Francisco realizava.
Naquele tempo, nas plagas do interior nordestino, havia a superstição de que se o morto fosse sepultado de bruços, o assassino não conseguiria fugir. Passada uma semana do evento fatal, amigos de José Francisco encontraram o algoz abrindo a cova da vítima. Aniceto foi preso, pediu água e recebeu uma caneca de água envenenada. Deixou este mundo da mesma forma trágica que ocasionou a covarde partida de seu mentor de criação.
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[i] José Francisco Souto nasceu em 18/11/1887.
[ii] Júlia Barbosa Souto nasceu em 12/04/1885.
[iii] Em 1921, dentre os filhos de José Francisco e Júlia, Liberalino tinha 12 anos, Floripes 10 anos, Oscar 7 anos, Jonias 5 anos, Jesulino 4 anos, Marinha 2 anos e Aléssio 8 meses.
[iv] Floripes casou-se aos 15 anos e faleceu no parto do 5º. filho, com 20 anos.
Do início da adolescência aos dezenove anos, Oscar teve que trabalhar para ajudar no sustento doméstico. Assim, pelejou como auxiliar de vendedor no armazém de secos e molhados do comerciante italiano Domingos Colavolpi, em Jequié; na colheita e beneficiamento primário do cacau, o insumo principal da produção de chocolate; e como ajudante de tropeiro, no apoio ao transporte equestre de cacau.
Atualização 1 – Contribuição da prima Liba – 10/Ago/2020
Enviei a primeira versão do texto “Oscar Barboza Souto – Uma Vida e Muitas Lutas” para as primas Liba (filha de tio Liberalino), Júlia (filha de tia Marinha) e Hemetério Neto (cujos avós são a tia Jonias e seu esposo Hemetério). Eles responderam com comentários elegantes e motivadores. Liba, advogada e cronista social em Ilhéus-BA, está nos Estados Unidos, para onde foi em março do corrente ano; e, em face da pandemia do coronavírus, permanecerá até meados de setembro próximo. Júlia, professora aposentada, e Hemetério Neto, advogado e empresário, estão curtindo o isolamento pandêmico em São Paulo, onde moram.
Em uma troca de mensagens com a prima Liba, ela mencionou fatos desconhecidos para nós, sul-mato-grossenses, relativos à família Barbosa Souto, de Jequié.
Após a morte do vovô José Francisco, vovó Júlia, reconstituiu a família em meados da década de 1920, unindo-se a Vicente Calot. Essa união provou-se um desastre e não durou muito tempo. Além de outros problemas, houve desajustes entre o padrasto e os enteados, especialmente Liberalino que saiu de casa e — com o apoio da família Colavolpi, amiga de vovô José Francisco — foi estudar em um internato da cidade de Jaguaquara.
Vovó Júlia tinha uma situação financeira razoável, como resultado da herança de seu pai, Sabino Barbosa e mantida em seu primeiro casamento. Vale quebrar a sequência narrativa para ressaltar o conhecimento do nome de nosso bisavô paterno! O espertalhão Calot avisou Júlia que faria uma viagem de negócio; e de posse da tropa de animais de transporte da família e vários outros bens, seguiu destino e desapareceu para sempre.
Essas novidades tardias estimularam a cachola a questionar antigas dúvidas. Oscar nunca mencionou as razões pelas quais deixou a Bahia e só retornou depois de passadas duas décadas; e jamais tratou, com os filhos, das questões atinentes à união de sua mãe Júlia com Calot. A explicação estaria no drama vivenciado pela família e o impacto nele próprio? Ou teria sido o cogitado insucesso em uma interação amorosa? A resposta está sepultada junto a todos que já se foram para sempre.
Em 1933, Oscar saiu de Jequié e se dirigiu para o sul. Trabalhou em serviços braçais diversos em Minas Gerais; e depois no desmatamento, para agricultura e pecuária no interior de São Paulo. O estado paulista estava iniciando o processo de evolução que o elevou à condição de mais rica unidade da Federação. Oscar e um grupo de baianos estavam mergulhados no árduo processo de preparação da terra para a produção de riquezas. Havia um negro que era objeto das brincadeiras dos colegas, sendo a cor o mote principal. Se fosse hoje, haveria a acusação de racismo. Ele se livrava de eventuais constrangimentos por sua atitude — era educado e alegre, cooperava nas atividades coletivas e se mostrava sempre pronto a apoiar os companheiros. Pois bem, numa daquelas noites, ele foi encontrado despedaçado e completamente desfigurado. Fora atacado e parcialmente ingerido por uma onça.
Diante do infausto evento — ao final da década de 1930 — Oscar decidiu deixar o trabalho e seguir para o norte de Mato Grosso, nas imediações de Cuiabá, onde batalhou alguns anos no garimpo. A perspectiva de bamburrar, isto é, achar um diamante grande o suficiente que permitisse a fortuna, era o grande estímulo. Oscar relatou que conseguira um diamante valioso, comercializado por uma soma extraordinária. Foi para São Paulo, mandou fazer uma meia dúzia de ternos e passou a metade do ano curtindo a vida e compensando as jornadas difíceis, em que sempre esteve mergulhado em trabalho insano.
À medida que o tempo passou, os recursos auferidos foram se escasseando e, em 1941, Oscar decidiu retornar para a atividade garimpeira. Antes, resolvera conhecer as margens do rio Aquidauana — nas circunvizinhanças de Campo Grande, a atual capital de Mato Grosso do Sul. Então para lá se dirigiu. No município de Rochedo, a 80 Km de Campo Grande, conheceu a família do fazendeiro Antonio Ribeiro de Oliveira. Ao ver a filha adolescente Alaide, que tinha 13 anos, ele declarou que algum dia voltaria do norte do estado — para onde estava se dirigindo — e lhe proporia casamento.
Passados três anos, Oscar deixou o garimpo do norte do estado, deslocou-se para a região de Rochedo e foi trabalhar na fazenda de Antonio. Conforme havia cogitado, passou a cortejar a jovem Alaide e no ano seguinte teve aceita a proposta de casamento. Em 23 de setembro de 1944, Oscar Barboza Souto e Alaide Ribeiro de Oliveira se casaram.
Atualização 2 – Contribuição do mano Aloizio – 22/Ago/2020
Depois de um longa conversa com meu irmão Aloizio — cuja memória privilegiada contribuiu para a precisão de alguns dados da trajetória de nosso pai Oscar —, convém acrescentar as seguintes constatações:
– entre 1933 e 1941, após sair da Bahia, além de trabalhar em Minas Gerais e São Paulo, Oscar trabalhou também no Espírito Santo, em serviços braçais; e em Santa Catarina, em usina de carvão;
– em 1941, ao se dirigir para Mato Grosso, ele percorreu o estado do sul para o norte, passando primeiro nas bandas de Rochedo, onde teve o primeiro contato com Antonio Ribeiro de Oliveira e com sua filha Alaide, então com 13 anos;
– nos idos de 1941 a 1944, Oscar trabalhou no garimpo no norte de Mato Grosso, nas proximidades de Cuiabá;
– em 1943, ocorreu a descoberta do diamante que permitiu a Oscar passar quase seis meses em São Paulo, despendendo os recursos auferidos na venda do carbono valioso em turismo e lazer;
– após a temporada de longas férias, Oscar retornou direto para o garimpo do norte mato-grossense; e
– em junho de 1944, finalmente, Oscar dirigiu-se para a fazenda de Antonio, onde estabeleceu a conexão com seu destino conjugal e familiar.
Mantive a versão inicial inalterada, uma vez que o texto reflete a percepção dos eventos à época em que foi escrito; e também porque as divergências são irrelevantes. Porém, esta versão do Aloizio é acurada, precisa e correta.
Oscar continuou trabalhando na fazenda do sogro. Como era trabalhador, organizado e incansável, contribuiu para potencializar a produção agrícola e pecuária, o que gerou conflito com os cunhados, por causa da alegação que ele queria tomar a posse dos bens da família. Descontente com a falta de reconhecimento e com boatos desagregadores, combinou com a esposa que sairiam da fazenda e desapareceriam em busca de seus próprios destinos. A decisão chocou os sogros, que inconformados, propuseram que o casal deixasse a sede da fazenda bem como os afazeres habituais e mudasse para um extremo da propriedade — dessa forma, as interpretações incorretas, no âmbito familiar, cessariam.
Assim foi feito. Em 1946, Oscar e Alaide seguiram a cavalo para a região indicada, onde construíram um rancho, para que pudessem, de forma um tanto precária, iniciar uma nova fase da vida. Oscar passou a trabalhar na lavoura, criar umas cabeças de gado, e assim garantir o sustento da família com o cultivo da terra e com a exploração bovina. Tiveram um primeiro rebento, José, que faleceu em 1947, com 11 dias de nascido. De 1949 a 1955, nasceram os filhos Aléssio, Agton, Angeliqui, Aloizio e Edna.
Para que os herdeiros pudessem estudar, em 1957, houve a mudança para Rochedo, na época, com cerca de 2000 habitantes. Inicialmente, graças às amizades que conquistara — um mérito do convincente baiano conversador — Oscar foi nomeado tabelião do Cartório do Registro Civil. A gestão documental de nascimentos, mortes, escrituras públicas, procurações e outras atividades substituiu a faina pesada que Oscar enfrentara no desmatamento, garimpo e lavoura. Como os recursos auferidos eram insuficientes, ele desfez-se dos parcos bens acumulados com as atividades agropecuárias e adquiriu uma loja decadente, quase em processo de insolvência, e a transformou em um estabelecimento estável, com negócios de tecidos, confecções, armarinhos e secos e molhados. Passados quatro anos, foi demitido do Cartório e nomeado Juiz de Paz, tendo nesse cargo lidado com a gestão de conflitos em um município destituído de sistema judicial, ao longo de outros quatro anos. O comércio se provou a primacial vocação de Oscar. Ao sucesso resultante da faculdade de empreender, seu estabelecimento comercial agregou pioneirismo na venda de combustíveis e de medicamentos, já que em Rochedo não havia posto de gasolina nem farmácia.
A liderança de Oscar o levou à condição de presidente de partido político, o antigo PSD. Nessa situação, no final da década de 1950, compareceu à convenção regional do partido em Cuiabá. A participação nesse evento era motivo de enorme satisfação e ele tinha orgulho em mostrar a foto tirada em companhia do Senador Filinto Müller e do presidente Juscelino Kubstchek.
Em face de inexplicável razão, Oscar ficou 25 anos sem dar notícias para a parentalha da Bahia. Em 1960, ele decidiu ajustar o rumo, romper o silêncio e surpreender seus familiares. Deixou o comércio nas mãos da esposa e dos filhos menores e viajou para Jequié. Foi um evento inesquecível. Tomou conhecimento de que após 15 anos de ausência, fora celebrada missa pelo seu desaparecimento. Afora o memorável encontro com irmãos e sobrinhos — a maioria destes desconhecida —, ele reviu a querida mãe Júlia, um ano antes de seu falecimento.
Nas Escolas Reunidas de Rochedo, o ensino chegava até o último ano do ensino primário. Então, para o prosseguimento dos estudos, os filhos deixavam o lar e seguiam para Campo Grande. Dessa maneira, os cinco herdeiros conseguiram acesso ao ensino superior. Aléssio se tornou oficial do Exército e engenheiro, Angeliqui se formou em Pedagogia e Aloizio se graduou em Direito. Embora não tenha concluído o curso de Economia, Agton se tornou técnico em contabilidade e comerciário; e Edna não concluiu o curso superior que iniciara, mas se tornou técnica em contabilidade e dona de casa.
Oscar e Alaide vivenciaram as emoções da formatura de três filhos. Na graduação de Aléssio, em Ciências Militares, o casal teve a oportunidade de assistir à solenidade militar na emblemática Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende-RJ; complementada pela missa solene na igreja da Candelária e do baile de gala no Tijuca Tênis Clube, ambos na cidade do Rio de Janeiro. Orgulharam-se do progresso de Angeliqui no magistério e na coordenação pedagógica. Experimentaram a alegria da evolução de Aloizio na busca da paz e da harmonia nas lides do Direito. Ambos estiveram quase duas décadas envolvidos com o comércio e, por isso, apreciaram similarmente o trabalho de Agton e Edna nas atividades correlacionadas com o comércio.
Os netos de Oscar e Alaide
A inabalável disposição de Oscar, antigo lavrador, de trabalhar para propiciar educação para os filhos se propagou de tal sorte a se constituir em virtuosa semeadura — o que pode ser comprovado pela escolaridade e profissão dos filhos (já mencionadas) bem como de netos e bisneto.
Agton e Elizabeth deram a Oscar e Alaide quatro netos. Agton Junior é professor de inglês e de Kumon e divide com a esposa, a pedagoga Rosany, uma franquia dessa organização japonesa de ensino. Anderson deixou o curso de engenharia, na Universidade Federal de Campo Grande, e direito na Católica, para se aventurar no Japão, e no retorno ao Brasil, junto à esposa Adriana, tornou-se comerciante. Alyson, depois de passar mais de dez anos no Japão, veio para o Brasil, casou-se com a pedagoga Ana Beatriz e retornou para o Japão. A esposa tornou-se professora naquele País — ressalte-se, o único país do mundo onde o imperador somente se curva, em reverência, para o professor, tal é o valor atribuído a este. E o último, Giuliano, deixou o curso de Direito para seguir a vida apenas como policial militar.
Angeliqui e Delaor deram-lhes três netos. Sérgio Ricardo é advogado e casado com a advogada Vanessa. Delaorzinho é engenheiro agrônomo e casado com a pedagoga Sabrina. Cynthia é advogada e casada com o advogado Paulo. Afora o exercício do escritório de Direito no Brasil, na condição “a distância”, pela Internet, por residirem em Orlando, na Flórida, Cynthia e Paulo criaram a “iFood Pantanal”, que, por intermédio de encomendas “online”, entrega material de supermercados sul-mato-grossenses em vários estados americanos). E o bisneto Sérgio, filho de Sérgio e Vanessa, está cursando a Faculdade de Direito.
Edna e Gilvan deram-lhes um neto, Giovani, que está cursando a Faculdade de História.
Aléssio e Isabel deram-lhes três netas, Alessandra, Cecília e Laura que, aos 17 anos, estão em vias de concluir o ensino médio. Anteriormente, Oscar e Alaide ganharam de Aléssio e Elza Miriam, a neta Maria Tatianne, graduada em Administração.
A menção à situação escolar e profissional dos herdeiros de Oscar e Alaide pode ser vista como ingenuidade, presunção ou exibicionismo. Não se trata disso. Considerando-se uma família habitual, a evolução mencionada estaria inserida na normalidade e o esclarecimento seria absolutamente desnecessário. Porém, no caso em tela, pelas limitações de escolaridade do casal, origem do clã, os obstáculos foram tais que o resultado apresentado pode ser considerado uma extraordinária conquista. Portanto, é um inexcedível dever de justiça registrar o reconhecimento e a gratidão a Oscar e Alaide, por terem descortinado o horizonte e encarado, com disposição e pertinácia, o desafio de prover educação para os filhos.
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Notas.
Agton Jr. iniciou o curso de graduação em Economia pela Faculdades Católicas Unidas de Mato Grosso (FUCMT), que se tornou a Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Anderson iniciou a graduação em Engenharia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e a graduação em Direito também nas Faculdades Católicas Unidas de Mato Grosso, em Campo Grande.
Giuliano iniciou a graduação em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande.
Sergio iniciou a graduação em direito em uma faculdade da região oeste do estado de São Paulo e concluiu o curso nas Faculdades Católicas Unidas de Mato Grosso.
Delaorzinho se formou em agronomia em uma faculdade particular em Campo Grande e fez mestrado em agronegócio também na Austrália.
Giovanni está estudando História em uma faculdade particular em Dourados-MS.
Tatianne formou-se em Administração e Gestão em uma faculdade particular de Manaus.
Atualização 3 – Acesso de Alessandra, Cecília e Laura à universidade – 27/Jan/2022
Após concluir, em 08/12/2021, o ensino médio no Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Brasília, Alessandra, Cecília e Laura — netas de Oscar e de Alaide e filhas de Aléssio e de Isabel — tiveram êxito no acesso a universidade.
Alessandra foi aprovada em Medicina na Universidade de Brasília (UnB); Cecília foi aprovada em Artes Cênicas, também na UnB; e Laura foi aprovada em Educação Física na Universidade CEUB (UniCEUB) — deve ser ressaltado que Laura foi aprovada em primeiro lugar no vestibular de Educação Física de universidade federal de Mato Grosso, mas preferiu permanecer em Brasília e realizar o bacharelado na UniCEUB.
Foram vitórias surpreendentes e extraordinárias, dado que, durante mais de um ano escolar (de novembro de 2020 a dezembro de 2021), elas não frequentaram aulas presenciais, por causa da pandemia do Covid-19 — até agora, a maior crise social e econômica do século atual. Elas acompanharam o final do ensino médio pela Internet, isto é, com aulas apenas ‘online’ e não frequentaram cursinho.
Na aposentadoria, Oscar e Alaide mudaram-se para Campo Grande para ficar perto dos filhos, uma vez que Agton, Angeliqui, Aloizio e Edna, já adultos, moravam na atual capital do Estado. Conquanto pudesse estar próximo pela comunicação frequente e sistemática, na segunda metade da vida militar, Aléssio alternou-se entre Rio de Janeiro, Brasília e Teerã, no Irã.
Dessa forma, as longas vidas do casal, vividas com trabalho intenso, responsabilidade inexcedível e dignidade insuperável — de sorte a se constituir em fecundos e magníficos exemplos para os herdeiros — chegaram ao ocaso. Oscar faleceu em 06/11/1995 e Alaide se foi em 2005.
Por ocasião da data que marca o nascimento de Oscar, estas lembranças são compartilhadas com os irmãos, cunhados, sobrinhos e demais familiares, à guisa de singela e merecida homenagem para quem viveu a fim de iluminar as sendas percorridas com verdade, decência e fé.
Atualização 4 – Passamento de Edna Maria Ribeiro Souto dos Santos – 20/Jan/2023
Após várias internações hospitalares, em 20/Jan/2023, a querida mana Edna faleceu no Hospital Evangélico de Dourados-MS, vítima de insuficiência respiratória aguda e infarto agudo do Miocárdio.
Ao velório e sepultamento no Cemitério Parque Dourados, nós os quatro irmãos — Aléssio, Agton, Angeliqui (acompanhada do esposo Delaor) e Aloizio — comparecemos para a despedida e homenagem final daquela a quem contraímos uma dívida eterna, uma vez que ela cuidou com denodo e abnegação de papai Oscar e também de mamãe Alaide, em seus dias finais de vida.
Atualização 5 – Contribuição da prima Eliana Belo – 30/Jan/2024
Preliminarmente, devo ressaltar que o contato com Eliana me foi possibilitado pela prima Júlia, filha de tia Marinha, esta irmã de papai Oscar. Eliana mora na Bahia, é funcionária pública e tem interesse em descobrir algum europeu na linha de sucessão dos antepassados, de forma que ela possa tentar a obtenção de um passaporte europeu.
Antes de se casar com tio Branquinho, tia Marinha teve um primeiro casamento. Desse primeiro casamento, nasceram Railton e Romilda.
Eliana é filha de Romilda e, portanto, é sobrinha de Júlia, por parte de mãe. Sendo filha de tia Marinha, Romilda é minha prima em primeiro grau; e Eliana é minha prima em segundo grau.
No final de 2023, Eliana pediu meu contato para Júlia e enviou-me mensagem por Whatsapp porque soube que eu tenho interesse em reconstituição dos laços familiares passados; e assim ela poderia obter informações para satisfazer seus próprios interesses.
Em sua tentativa de pesquisa e busca, surpreendentemente, Eliana conseguiu a certidão de nascimento de inteiro teor de papai Oscar Barbosa Souto, no cartório de Corguinho, Mato Grosso do Sul. Em 30/01/2024, ela enviou-me a certidão.
Nesse documento, aparecem os nomes dos pais de Oscar (que nós, filhos de Oscar, já tínhamos conhecimento), bem como os nomes dos avós paternos e dos avós maternos (que nós desconhecíamos).
Então, os pais de Oscar Barbosa Souto são:
– José Francisco Souto; e
– Júlia Barbosa Souto.
Os avós paternos de Oscar (pais de José Francisco) são:
– Antonio Francisco Souto; e
– Rosa Gomes Souto.
Os avós maternos de Oscar (pais de Júlia) são:
– Sabino Martins Barbosa; e
– Maria Cândido Barbosa.
A indagação que não quer calar: será possível obter os nomes dos antepassados dos avós paternos e maternos de Oscar?
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