Uma Deputada Federal chamou
outro parlamentar de estuprador. Este respondeu que ela não mereceria ser
estuprada por ele. Isso ocorreu de forma pública diante das câmeras de
televisão. Os factóides geraram grande reação da mídia escrita e no âmbito das
redes sociais.
Só não vi alguma análise que
desse conta de que ela ao tentar ofendê-lo sabia que haveria a contrapartida no
mesmo teor, que a discussão teria ampla repercussão e que isso lhe daria
dezenas de milhares de votos adicionais na próxima eleição. Ele, por sua vez,
não perdeu a oportunidade de revidar e fê-lo com veemência tal que ultrapassou
qualquer previsão. Com isso, ele sabia das consequências e mais, sabia que na
próxima eleição receberia dezenas de milhares de votos adicionais.
Enfim, esse é o padrão de
políticos que o Brasil dispõe. Esses são os eleitores que elegem uma parcela de
nossos representantes.
Dúvida? É só lembrar que nas
recentes eleições do segundo semestre de 2014, a mentira prevaleceu como forma
de convencimento eleitoral. Passados menos de dois meses da eleição
presidencial, constata-se que o que fora prometido, anunciado, não passava de
mentira grosseira e já caiu no esquecimento. Basta examinar as questões de
política econômica, de combate à corrupção, de gestão da saúde, educação e
segurança pública.
Novidade? Não! Basta lembrar a
carta que um general romano enviou para Cícero, seu irmão, senador,
aconselhando-o sobre o modus operandi para o sucesso na política — com ênfase
para o disfarce, o engodo para a conquista de adesão. A História ensina que há
mais de dois mil anos, os políticos já agiam em consonância com o que vemos na
atualidade no Brasil.
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