[Mensagem publicada no Fórum de Leitores do Estadão, versão impressa, de 17 Nov 2015]
Em curiosa e não despropositada
coincidência, o magnífico editorial “Os militares e a democracia”, deste 15 de
novembro, contrapõe atitudes e procedimentos militares atuais aos de parcela da
classe política e identifica gritantes diferenças entre ambos.
Para ilustrar a solidez
institucional --- à qual os militares atualmente se associam ---, no texto, é
citada ação em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relativa a malfeitos
da campanha da senhora Dilma Roussef.
Para ilustrar a indigência, não
sei se pessoal ou institucional, o editorial poderia mencionar a afirmação do
presidente do Supremo Tribunal Federal de que é preciso evitar um “golpe
institucional” ao se referir paradoxalmente a um procedimento previsto na
Constituição e que de certa forma pode estar no alicerce legal do processo em
curso no TSE.
A menção ao fato de que “as
lideranças civis muito podem aprender com a atitude dos militares” é
emblemática e leva à reflexão de quão longe pode o País chegar com militares de
primeiro Mundo e personagens políticos de enésimo Mundo. Quem prevalecerá?
Com esse e tantos outros
editoriais, o Estadão está cumprindo exemplarmente seu papel. Até quando?
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