Que o Brasil tenha políticos como Jader Barbalho, Paulo
Maluf, José Sarney, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Dilma Roussef e Luís Lula
da Silva, tudo bem! Aí temos a normalidade no seio da nata da representação política
brasileira. Afinal, o comportamento dos homens públicos vem de longe, tanto no
tempo quanto no espaço. Em 64 a. C., o General Quintus escreveu o ensaio Commentariolum Petitionis, endereçado a seu irmão Cícero, candidato ao senado romano, sugerindo-lhe
procedimentos que muito se assemelham ao que a súcia brasileira pratica na
atualidade.
Agora, com artistas como os milhares que assinaram o documento
que, de uma forma ou de outra, pode ser interpretado como uma defesa da atitude
dos políticos mencionados, aí temos uma mera curiosidade (neurótica
enfatize-se), oriunda do campo das artes — algo que interessa aos especialistas
em psicologia e psicanálise ou àqueles versados nos assuntos de má fé.
Por outro lado, com juristas como as dezenas que hoje se
reuniram no Palácio do Planalto para defender o estado de coisas em que o
Brasil se encontra, transformando aquela instância em algo que se assemelha a
uma passarela histriônica de apologia ao mal feito, aí temos uma completa
patologia social, política e jurídica — algo difícil de interpretar, senão
considerar que a comunidade que vive nas fronteiras brasileiras corre o risco
de permanecer inapelavelmente condenada ao convívio com a maldita herança que a
persegue.
É por isso que o insuspeito octogenário Saturnino Braga
(comunista na juventude, socialista na maturidade e petista na terceira idade),
em entrevista para a Globo News, manifestou o temor de se chegar ao ponto em
que não restará senão a intervenção das Forças Armadas para controlar o caos. É
por isso que o jornal britânico The Gardian menciona em matéria recente a
possibilidade de intervenção armada no Brasil. É por isso que nas redes sociais
começam a aparecer até intelectuais (sic) conclamando a intervenção militar no
atual processo.
Está na hora de as pessoas com juízo atuarem com firmeza e
determinação para dar um basta ao que assistimos diariamente. A sociedade
brasileira merece encontrar rumo e construir seu destino.
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