Repetindo à exaustão a abordagem da incompletude e da conclusão fundada na metade das premissas — que uma boa parcela de políticos, historiadores, jornalistas e outros formadores de opinião, intelectuais ou não, canalhas ou não, utilizam quando tratam do período de 1964 a 1985, — no artigo "Esqueceram os anos de chumbo do regime de exceção", (revista Isto É, de 2 de junho) o senhor Mario Simas Filho expõe a trágica foto da morte do Wladimir Herzog, originária (a morte) de narrativa com dúvida eternamente prevalente, para ilustrar texto com informações incompletas, com meias verdades — isto é, com meias mentiras e, portanto, com falsidade plena.
Para ser honesto e íntegro, o senhor MSF deveria:
- colocar a foto — ou caso não exista a foto, relatar o fato — do garoto de 16 anos que foi esquartejado pelos guerrilheiros comunistas na frente dos pais e irmãos no sul do Pará (se ele tiver dúvida, é só consultar o senhor José Genoíno);
- acrescentar a foto do tenente Mendes que foi morto, no vale do Ribeira, com coronhadas na cabeça quando estava ajoelhado de costas, por ter cometido o crime de se oferecer para ficar no lugar de dois policiais militares que estavam feridos e presos pelos guerrilheiros comunistas;
- agregar a foto do soldado Mario Kozel Filho (ter o mesmo nome do jornalista é apenas uma coincidência trágica) que foi explodido quando os guerrilheiros comunistas tentaram explodir o quartel do IIo. Exército em São Paulo.
- incluir a informação de que no período de 1964 a 1985, houve disputa, com mortes terríveis de um lado e de outro — sendo imprescindível que todos se lembrem ou saibam que aqueles que defendiam a implantação da ditadura do proletariado perderam cerca de 450 seres humanos; e os que combateram e impediram vitória dos defensores da citada ditadura perderam cerca de 120 seres humanos. Quer dizer, foi um placar horrendo de 450 x 120 mortos — e aqui é essencial recordar o poeta humanista britânico John Donne: "quando alguém perde a vida, os sinos dobram por cada um de nós!".
Como curiosidade em relação à explosão em pedaços minúsculos do soldado Kozel: fazia parte do grupo assassino uma senhora que, àquela época, não tinha coragem de usar seu próprio nome, mas a história é inquestionável e ensina que se tratava da senhora Dilma Vana Roussef. Para efeito de questões judiciais assevero: não quero ser irresponsável e não escrevi e nem afirmo que ela estava presente no evento. Disse apenas que ela fazia parte da organização criminosa autora do atentado.
Dito o que foi dito, escrito o que foi escrito, apresento minha inferência. Só admito coragem moral, ética e intelectual ao senhor MSF se ele desse o mesmo tratamento para os dois lados que estavam em disputa: aqueles que queriam implantar o nazi-comunismo no Brasil — isto é, a ditadura do proletariado, conforme testemunhou Gorender, Gabeira e outros comunistas ou ex-comunistas íntegros — e aqueles que impediram a vitória dos adeptos da ditadura do proletariado que assassinou e torturou milhões para se implantar em alguns países e depois naufragou em todos eles.
Não custa lembrar ao senhor MSF que a guerra não é brincadeirinha de crianças; não é para ingênuos, frouxos e covardes. A guerra é para bravos; é para ser vencida pelos meios possíveis. A guerra é para quem chora, mas não reclama. A guerra é para quem se dispõe a oferecer a própria vida em defesa da Verdade, da Liberdade, da Coragem e da Ética, fundamentos essenciais da Democracia, que por seu turno é o meio para a conquista da paz e da harmonia entre seres humanos.
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