quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Polêmica da irresponsabilidade - I: Moral, reputação e biografia

[Mensagem acolhida e divulgada no Fórum de Leitores (versão impressa) e na coluna Comentários (versão eletrônica) do jornal Estadão, de 15 Out 15]

Fórum dos leitores
15 Outubro 2015 | 02h 33 - Atualizado:15 Outubro 2015 | 02h 33

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Moral, reputação e biografia

Conforme reportagem do Estadão de ontem (A6), Dilma Rousseff diz-se alvo de “moralistas sem moral”. E questiona: “Quem tem moral suficiente, reputação ilibada e biografia limpa para atacar a minha honra?”. 
Então, eu pergunto: afirmar que lutou contra a ditadura militar brasileira e beijar a barba e a mão de ditador comunista é uma forma de “suficiência moral” ou de “indigência moral”? 
Ademais, autorizar a compra de uma refinaria com prejuízo bilionário para o povo brasileiro é caracterizar a “reputação ilibada” ou a “reputação despudorada”? 
Ainda nesse mesmo viés, mentir para o povo brasileiro e adotar pedaladas fiscais para se reeleger é ratificar a “biografia limpa” ou a “biografia corrida”? 
Continuando no nível de bravatas, ela chamou seus opositores de “moralistas sem moral”. Como me oponho a essa (des)venerável senhora, sinto-me atingido por sua infâmia. 
É válida, pois, a inferência de que nova tese foi inventada por ela: a honra pode ser edificada com “indigência moral”, “reputação despudorada” e “biografia corrida”. A honra dela, claro!

ALÉSSIO RIBEIRO SOUTO
souto49@yahoo.com — Brasília


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