[Mensagem acolhida e divulgada no Fórum de Leitores (versão impressa) e na coluna Comentários (versão eletrônica) do jornal Estadão, de 15 Out 15]
Fórum dos
leitores
15
Outubro 2015 | 02h 33 - Atualizado:15 Outubro 2015 | 02h 33
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Moral,
reputação e biografia
Conforme
reportagem do Estadão de ontem (A6), Dilma Rousseff diz-se alvo de “moralistas
sem moral”. E questiona: “Quem tem moral suficiente, reputação ilibada e
biografia limpa para atacar a minha honra?”.
Então, eu pergunto: afirmar que
lutou contra a ditadura militar brasileira e beijar a barba e a mão de ditador
comunista é uma forma de “suficiência moral” ou de “indigência moral”?
Ademais,
autorizar a compra de uma refinaria com prejuízo bilionário para o povo
brasileiro é caracterizar a “reputação ilibada” ou a “reputação despudorada”?
Ainda nesse mesmo viés, mentir para o povo brasileiro e adotar pedaladas
fiscais para se reeleger é ratificar a “biografia limpa” ou a “biografia
corrida”?
Continuando no nível de bravatas, ela chamou seus opositores de
“moralistas sem moral”. Como me oponho a essa (des)venerável senhora, sinto-me
atingido por sua infâmia.
É válida, pois, a inferência de que nova tese foi
inventada por ela: a honra pode ser edificada com “indigência moral”,
“reputação despudorada” e “biografia corrida”. A honra dela, claro!
ALÉSSIO
RIBEIRO SOUTO
souto49@yahoo.com — Brasília
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