terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Almoço na Cabana da Mantiqueira


Em março de 1966, os estudantes sul-matogrossenses Carlos Alberto Flores Anunciação, Enivaldo Carneiro Bucker, Izaías dos Anjos Souza, Nei Alves de Carvalho, Sérgio Dutra Nunes, Vitor Hugo da Rosa Angelini e este relator (Aléssio Ribeiro Souto) comemoraram o ingresso na Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAr), almoçando no tradicional restaurante Cabana da Mantiqueira, em Barbacena-MG.
Em continuidade ao breve relato da inesquecível reunião no sopé das emblemáticas elevações e reentrâncias alterosas — enfatize-se, designação um tanto poética do histórico estado de Minas Gerais — é oportuno relembrar o destino dos jovens participantes, em suas respectivas trajetórias de acesso ao período de vida pós-profissional.
Carlos Alberto, campo-grandense, encerrou a carreira militar como coronel aviador; e voltou-se para a condição de agricultor e produtor de soja em Goiás.
Enivaldo, também campo-grandense, do alto de seu 1,95 m de dimensão vertical, tornou-se prestigioso advogado em Campo Grande-MS.
Izaías, aquidauanense de boa cepa, encerrou a carreira militar como coronel aviador da Aeronáutica; e tornou-se professor PhD e intelectual militante.
Nei, também oriundo de Aquidauana, encerrou a carreira militar como coronel do Exército; e prosseguiu trabalhando na Força Terrestre, ultrapassando duradouros e produtivos 50 anos de serviço.
Sérgio, também campo-grandense, encerrou a carreira militar como coronel do Exército; e abraçou a vocação inicial de fazendeiro e produtor rural em Mato Grosso do Sul.
Vitor Hugo, outro campo-grandense, encerrou a carreira militar como coronel aviador; prosseguiu na condição de humanista sempre elegante; e fixou residência em Barbacena.
Este relator, nascido na incomparável Rochedo-MS, deixou a Aeronáutica e foi para o Exército, ingressando na AMAN; como oficial, fez graduação e mestrado em Engenharia no IME; e encerrou a carreira militar como general de divisão, depois de ultrapassados 45 anos de serviço ativo.
Em 22/12/2019, passados 53 anos daquele encontro, este relator, Isabel e as filhas Alessandra, Laura e Cecília — em meio a deslocamento rodoviário de Brasília para o Rio de Janeiro — reviveram aquele evento de alegria e emoção nas montanhas alterosas, almoçando na tradicional e qualificada Cabana da Mantiqueira, localizada na BR-040; agora ao lado do principal Shopping da acolhedora cidade de Barbacena.
Esta narrativa foi motivada, também, por solicitação do atual gerente da Cabana da Mantiqueira, Sr. Luís Antônio, 51 anos, com a finalidade de acrescentar os dados relatados ao histórico do estabelecimento. O gerente de 1966 faleceu em 2018.
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Laura, Cecília, Aléssio e Alessandra
Cabana da Mantiqueira – Barbacena-MG - 22/12/2019


Cabana da Mantiqueira 
Madeiramento da cobertura original de 1961.
Barbacena-MG - 22/12/2019


Cecília, Alessandra e Laura
Cabana da Mantiqueira – Barbacena-MG - 22/12/2019


 Laura, Cecília, Alessandra e Isabel
Cabana da Mantiqueira – Barbacena-MG - 22/12/2019


 Aléssio Ribeiro Souto
Cabana da Mantiqueira – Barbacena-MG - 22/12/2019

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domingo, 1 de dezembro de 2019

Ilyushin, Tupolev, Sukhoy, Mikoyan & Gurevich (MiG), Shumovsky e a espionagem científica, tecnológica e industrial


No livro “O espião que mudou a História”, lançado em Londres em 2017, a escritora Svetlana Lokhova relata como a URSS — que em 1930 era um país com várias décadas de atraso em relação aos países desenvolvidos ocidentais — conseguiu, através da maior operação de espionagem da Humanidade, montar uma máquina de guerra capaz de derrotar  a Alemanha, na frente oriental da Segunda Guerra Mundial, e subsequentemente, enfrentar os Estados Unidos na Guerra Fria.
A operação de espionagem consistiu em infiltrar cerca de 80 engenheiros e cientistas espiões nas oito principais universidades americanas (sendo 20 dentre os mais qualificados, no Massachussets Institute of Technology, o MIT) — com intensa interação com o parque industrial correlato — para transferir conhecimento científico-tecnológico e industrial, com foco na aviação e ciência nuclear.
É imperioso destacar que os engenheiros Andrei TUPOLEV, Serguey ILYUSHIN, Pavel SUKHOI, Artem MIKOYAN & Mikhail GUREVICH (MiG) fizeram parte de comitivas que, em meados da década de 1930, visitaram o parque industrial aeronáutico americano, com a óbvia lente e perspicácia científica e industrial, na extraordinária investida para extrair dos Estados Unidos o conhecimento e a experiência para a construção do parque aeronáutico soviético. Eles foram devidamente orientados e apoiados pelos cientistas espiões, sob a liderança do engenheiro  Stanislav SHUMOVSKY.
A seguir, é apresentada uma tradução do prefácio do livro da escritora russa, estabelecida em Londres, com a meta de oferecer os estímulos para que os interessados na construção do poder militar possam conhecer (ou confirmar o conhecimento) da mais ambiciosa e bem sucedida operação militar de transferência científico-tecnológica e industrial da história. A obra da russa Lekhova destina-se também a aqueles que visualizam a conquista da qualificação requerida para a construção autônoma de armas do futuro — armas laser, armas magnéticas, armas satelitais ou quaisquer outras — que ainda não foram previstas, projetadas e construídas; e até mesmo aquelas que sequer foram pensadas.



Contextualização
A jovem autora russa Svetlana Lokhova, radicada no Reino Unido, aparenta um certo distanciamento ou neutralidade — poderia ser confundido com simpatia? — em relação ao mundo soviético. É imperioso pois jamais esquecer ...
Na década de 1930, o ditador Joseph Stalin ordenou o roubo, por meio de espionagem, de conhecimento científico-tecnológico e industrial dos Estados Unidos.
A partir da década de 1930, o Stalin tornou-se responsável direta ou indiretamente pelo assassinato de mais de 20 milhões de cidadãos soviéticos.
Em meados da década de 1940, no âmbito da Segunda Guerra Mundial, a URSS aliou-se aos Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Brasil e outros aliados e conquistou a vitória contra a Alemanha nazista. 
A partir do final da década de 1940, a URSS iniciou o processo de concretização do status de superpotência e passou a competir com os Estados Unidos, no processo histórico conhecido como Guerra Fria.
Em 1989, a URSS esfacelou-se, colocando fim, no leste europeu, ao regime que mais pessoas assassinou na história da Humanidade, o comunismo — mais de cem milhões de pessoas na Europa, Ásia, África e América; e nesse sentido, ultrapassou o nazismo, que por seu turno, excluindo os mortos no campo de batalha, assassinou mais de 6 milhões de pessoas na Alemanha.
É imperioso enfatizar que o Brasil combateu com pertinácia o nazismo e o comunismo. Cerca de 460 brasileiros pereceram na Itália, em 1945, combatendo e derrotando o nazismo. Cerca de 120 brasileiros pereceram no Brasil, a partir de 1964, combatendo e derrotando os comunistas. Nas duas circunstâncias históricas, nazistas alemães e comunistas brasileiros que optaram pela luta armada foram vencidos e, evidentemente, aniquilados. Por último e primacial, que dúvida não reste, comunismo e nazismo são doenças semelhantes, incuráveis e contagiosas.


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The Spy Who Changed History — The Untold Story of How the Soviet Union Won the Race for America’s Top Secrets
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Por Svetlana Lokhova
[Background dessa escritora]
(i)   Tema da dissertação de mestrado na Universidade de Cambridge, Reino Unido: Felix Dzerzinsky, fundador do primeiro serviço de Inteligência soviético, em 1917.
(ii) Trabalhou em pesquisa relacionada com o ‘Arquivo Mitrokhin’, como integrante do Cambridge Security Iniciative, em parceria com o cientista Christopher Andrew, historiador oficial do MI5.
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PREFÁCIO
Tradução: Aléssio Ribeiro Souto

Em 1931, Joseph Stalin anunciou, ‘Nós estamos cinquenta ou cem anos atrasados em relação aos países desenvolvidos. Nós devemos recuperar o atraso em dez anos’. Essas palavras começaram um corrida para preencher a enorme lacuna tecnológica entre a União Soviética e os países capitalistas líderes. O prêmio em jogo era nada menos do que a sobrevivência da URSS. Acreditando que frotas de bombardeiros inimigos espalhando gás venenoso logo apareceria sobre o céu indefeso das cidades russas, e previsão de que milhões morreriam pela inalação de toxinas mortíferas, Stalin enviou dois agentes de inteligência — um especialista em aviação e outro em armas químicas — para uma missão no Instituto de Tecnologia de Massachussets. Ele determinou que eles obtivessem os segredos desse centro de pesquisa em aeronáutica e armas químicas e os levassem para a União Soviética, como forma de defender sua população contra as novas armas de terror e guerra moderna.
Os resultados dessa missão mudariam o curso da história e levariam a KGB a reconhecer que após essa primeira operação ‘a América era uma constante e insubstituível fonte de obtenção de novas tecnologias’ para a URSS. Depois de 1931, os soviéticos usariam a inteligência científica e tecnológica, particularmente no campo da aviação, para protegê-los contra seus inimigos, culminando com a derrota da Alemanha nazista e, graças à espionagem posterior, e contribuindo para a transformação do balanço global de poder em um complexo e tenso equilíbrio. Uma vez que ambos os lados possuíam armas de poderio igualmente destrutivo, a Guerra Fria não evoluiu para uma guerra concreta.
Ironicamente, a América foi a origem do aparato nuclear dos dois lados. Mais tarde, as agências americanas atribuíram à hemorragia de tecnologia sofisticada para a URSS o termo ‘pirataria’ e tentaram sem sucesso estancar o fluxo de segredos. Na União Soviética, a economia resultante dessa espionagem tecnológica atingiria um total de centenas de milhões de dólares e foi incluída no planejamento econômico oficial de defesa do estado.
Os especialistas da década de 1930 preconizavam uma meia verdade nas previsões sobre o futuro da guerra. Por volta de 1945, o poderio de uma nação era determinado por sua capacitação de bombardeio estratégico. Mas as invulneráveis aeronaves de elevada altitude não eram armadas com gás venenoso. Eles portavam uma arma de enorme poder destrutivo: a bomba atômica. Sequer sonhada em 1931, esse novo artefato aterrorizante, provar-se-ia devastadoramente mais potente do que o citado gás. Em 1945 uma simples bomba lançada de um avião matou mais de uma centena de milhares de pessoas, e um único país tinha o monopólio desse poder: os Estados Unidos.
No prazo de quatro anos, os soviéticos construíram sua própria bomba atômica, juntando-se aos Estados Unidos como uma das duas superpotências. Essa preeminência teria sido inimaginável um quarto de século antes, quando Stalin e Felix Dzerzhinsky reuniram-se para planejar a reconstrução de uma nação frágil e plena de analfabetos, cambaleando em decorrência da guerra e de sucessivas revoluções. Isso seria concretizado através do sacrifício de milhões de vidas, perdidas durante a fome terrível que atingiu o processo de coletivização e nos campos de batalha encharcados de sangue da Frente Oriental.
Em 1931, um pequeno número de agentes secretos soviéticos infiltraram-se nos Estados Unidos para viver suas vidas nas sombras. Esta é a história de como essa longa missão começou e quão o prestigioso Instituto de Tecnologia de Massachussets se tornou a maior, embora involuntária, escola para os espiões soviéticos — a alma mater de agentes de inteligência mais talentosos e notáveis do que os cinco traidores de Cambridge, Philby, Burgess, Maclean et al. Sem o resultado do trabalho dos espiões — uma quantidade espantosa de segredos científicos e tecnológicos que eles roubaram — é difícil acreditar que a URSS teria prevalecido contra a Alemanha Nazista ou ocupado seu lugar à mesa das potências mundiais.
A corrente de conhecimento obtido pela inteligência contribuiu para o preparo das forças armadas da União Soviética e o apronto de sua base industrial visando ao desencadeamento da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. Por intermédio das batalhas da Frente Oriental e de suas fábricas à retaguarda das linhas de frente, a URSS foi capaz de moer as antes invencíveis legiões de Hitler. Desafiando todas as expectativas, a União Soviética "atrasada" produziu em massa mais aviões, tanques e armas do que os alemães invasores. O segredo para esmagar os nazistas foi o conhecimento roubado dos americanos.
Em 1942, Stalin estava olhando além da derrota de Hitler e planejando a futura defesa da União Soviética. Ele procurou ultrapassar seus antigos aliados ocidentais no que estes tinham supremacia, a tecnologia. Espalhando sua rede pelos dois lados do Atlântico, na primeira espionagem intercontinental coordenada da história, os espiões de Stalin quebrariam o monopólio dos EUA na produção da bomba atômica e do bombardeiro de alta altitude. Essas duas realizações técnicas surpreendentes foram concluídas em quatro anos, menos da metade do tempo esperado pelos americanos.
A supremacia global dos EUA decorreu de sua liderança em ciência e inovação. Seu sistema educacional era a fábrica de cérebros, no centro da qual estavam suas universidades técnicas. Seu sucesso econômico foi fundado em técnicas incomparáveis de produção em massa de qualidade, na velocidade com que transferia a inovação dos centros de pesquisa para o chão de fábrica e no consumismo em massa. Na década de 1940, as fábricas americanas superaram o mundo em termos de qualidade e quantidade. No entanto, a política de defesa dos EUA dependia da sofisticação tecnológica e superioridade das armas em seu arsenal, não do número de soldados que podiam ser desdobrados no campo de batalha. No final da década de 1930, acreditava-se que essa superioridade era condicionada pela infalível precisão das munições de grande calibre equipadas com equipamento Norden. Em meados da década de 1940, a superioridade era caracterizada pela posse da bomba atômica.
O início da longa missão de ciência e tecnologia (C&T) dos soviéticos nos EUA permaneceu desconhecido por mais de oitenta anos, devido ao desejo dos serviços de segurança russos e norte-americanos de manterem seus segredos. Minhas fontes incluem documentos da era soviética ainda não divulgados que contam a história do maior triunfo dos serviços secretos de Stalin. Além de como eles fizeram isso, este livro revela que a inteligência soviética começou a penetrar na América 'para alcançar e ultrapassar os Estados Unidos' e não para prejudicar seu sistema de governo. Os soviéticos procuravam aprender com cientistas e empresários como montar a produção industrial com a eficácia americana. Para superar os EUA, eles precisavam "combinar a qualidade dos negócios americanos com a atenção alemã aos detalhes, tudo em escala russa".
Nas cinco décadas seguintes, a missão de C&T soviética evoluiria em seus objetivos, intensidade, escala e sucesso, mas a principal tarefa seria atingir e, se fosse o caso, ultrapassar o padrão dos Estados Unidos, 'o país mais avançado em C&T';  e os espiões-cientistas iniciais da primeira operação deveriam conceber o modelo. Os pontos altos da missão foram a obtenção de dados nucleares do Projeto Manhattan e de subsídios para a construção do bombardeiro Tu-4. Os primeiros espiões tiveram requisitos repetidos em 1980. Eram agentes devidamente treinados em inteligência, com o seguinte ‘background’ acadêmico: doutores em ciências, engenheiros qualificados com especialização em energia atômica, rádio eletrônica, aviação, química, radares; para buscar inteligência em "centros de cérebros" tais como: institutos de pesquisa científica, universidades, sociedades científicas'. Esses eram os mesmos alvos identificados pelo primeiro espião Stanislav Shumovsky, em 1931. As habilidades que ele já dispunha e as que ele aprendeu na América — afora ser o líder dos cientistas espiões, ele foi aluno do MIT — formariam a base de um programa inteiro da KGB para treinar os cientistas soviéticos mais brilhantes, para o desempenho de missões nos Estados Unidos.
Esta é a história de vida do notável Stanislav Shumovsky, um homem que mudou a história. Quando jovem, ele serviu como soldado. Contra as probabilidades, ele ajudou a combater as grandes potências do mundo que tentavam estrangular o comunismo no berço. Quando incapaz de lutar[como piloto jovem, sofreu acidente incapacitante], ele usou a ciência e a tecnologia para transformar a União Soviética, de um país com algumas aeronaves importadas, em uma superpotência da aviação e um improvável vencedor na Segunda Guerra Mundial.
Shumovsky foi provavelmente o espião em assuntos de aviação, mais bem-sucedido e audacioso da história soviética. Com o codinome apropriado BLÉRIOT, em homenagem ao lendário aviador francês, ele forneceu à URSS os meios para construir um bombardeiro estratégico moderno, que foi designado para transportar a bomba atômica. Entre seus outros sucessos notáveis, enquanto operava nos Estados Unidos na década de 1930, Shumovsky acompanhou um dos maiores projetistas de aeronaves do mundo, Andrey Tupolev, em visita a dezenas de fabricantes de avião chaves, centros de pesquisa e universidades dos EUA. Ao longo de sua trajetória americana, Shumovsky recrutou, como agentes, uma geração de americanos que trabalhavam no setor de aviação (alguns de sua própria classe no MIT) e fotografou no interior de fábricas ultra secretas de produtos de defesa. Mestre em relações públicas, deu entrevistas para jornais e posou para fotografias, camuflando suas atividades de espionagem durante anos.
Seu modelo para o cientista espião soviético formou a principal inovação na espionagem de C&T. Shumovsky sempre se considerava um engenheiro capaz de discutir aviação, como um igual, com os principais especialistas do mundo na época. Ele convenceu o NKVD [Narodniy Komissariat Vnutrennikh Diel. Em português: Comissariado do Povo para Assuntos Internos ou Ministério do Interior da URSS]  a financiar a educação de vários recrutas americanos, pagando suas anuidades em uma universidade de ponta. Esta é a primeira evidência de investimento da inteligência soviética em indivíduos jovens com potencial de se tornar fontes úteis mais tarde. Shumovsky também garantiu e orientou quatro agentes do NKVD que se matricularam no MIT para aprender as habilidades necessárias para continuar adquirindo segredos tecnológicos. O treinamento permitiu que seus protegidos garantissem o maior prêmio de todos, a bomba atômica. Em 1944, os melhores ativos soviéticos da Operação ENORMOZ (sua penetração no Projeto Manhattan) em ambos os lados do Atlântico haviam sido recrutados ou administrados pelos ex-alunos do Shumovsky no MIT. Dos dezoito agentes de inteligência soviéticos que trabalharam na obtenção dos segredos da bomba atômica, os mais experientes eram graduados em universidades americanas.
Hoje, a fotografia de Shumovsky está merecidamente no Hall da Fama do SVR (Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia). Em Washington e Moscou, os detalhes de sua carreira ainda são oficialmente classificados. Outra fotografia, tirada em 1982, mostra o professor Shumovsky na velhice em casa. Atrás dele, em uma prateleira em um armário de vidro cheio de livros, há uma segunda foto, evidentemente uma lembrança preciosa. É a foto de um Stanislav mais jovem em sua indumentária de formatura no MIT, tirado no verão de 1934, nos gramados do lado de fora do prédio 10. O professor mais velho e descontraído Shumovsky pode, pela primeira vez, talvez dar um sorriso largo em uma fotografia. Ele olha com orgulho para a câmera, sem dúvida lembrando como conseguiu o que o ditador soviético havia lhe ordenado tantos anos antes: obter as informações cruciais necessárias para a sobrevivência de seu país.
Alcançar e ultrapassar a América não é mais um objetivo russo. Outros agora seguem a trilha percorrida pelos soviéticos na década de 1930. Hoje, vender a educação americana no exterior é um grande negócio. Atualmente, mais de um milhão de estudantes estrangeiros estão matriculados em universidades dos Estados Unidos, perfazendo cerca de 5% do total. Desproporcionalmente, cerca de um terço deles faz cursos de ciências, tecnologia da computação, engenharia e matemática (STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics). Um terço dos estudantes estrangeiros são chineses que, de acordo com um relatório de 2017 do New York Times, contribuem com cerca de US $ 11,4 bilhões para a economia dos Estados Unidos. A vantagem para a América é que os estudantes estrangeiros geralmente pagam o preço total por seus estudos, subsidiando os estudantes nacionais. Os graduados das áreas de STEM são previstos para desempenhar um papel fundamental no futuro crescimento econômico dos Estados Unidos. Há uma preocupação de que, com tantas vagas ocupadas por estudantes estrangeiros, não haja graduados de STEM domésticos suficientes para atender à demanda futura de profissionais. Outra é que os graduados chineses e indianos usarão suas novas habilidades para minar a superioridade tecnológica da América. Em 14 de fevereiro de 2018, Christopher Wray, chefe do FBI, disse ao Congresso que ‘agentes de inteligência chineses estão espalhados por universidades dos Estados Unidos, possivelmente para obter informações em áreas como tecnologia. As escolas têm pouca compreensão dos riscos envolvidos.'  Wray alertou que 'o nível de ingenuidade por parte do setor acadêmico sobre isso cria seus próprios problemas ... Eles estão explorando o ambiente muito aberto de pesquisa e desenvolvimento que temos, que todos nós reverenciamos. Mas eles estão tirando vantagem disso.'  Os Estados Unidos continuam presos em um dilema de medo e ganância.
Os livros que se concentram na história da espionagem soviética nos Estados Unidos e seus aliados de língua inglesa geralmente compartilham uma tradição anglo-centrada, caracterizada por uma relutância em adotar novas fontes não inglesas, em particular aquelas que desafiam narrativas estabelecidas. Uma escassez de historiadores de língua russa é apenas parcialmente culpada por esse problema persistente. O estudo da inteligência soviética foi moldado predominantemente pela dependência de algumas fontes primárias ou relatos ocidentais de jornalistas e desertores soviéticos. Pouca importância foi dada ao viés inerente a este material. Por exemplo, os relatos de primeira mão de ex-colaboradores soviéticos que se tornaram informantes como Harry Gold, Elizabeth Bentley e Boris Morros eram inconfiáveis, propensos à satisfação do próprio ego e, portanto, problemáticos. O Projeto Venona da Agência de Segurança Nacional, que decodificou interceptações de telegramas soviéticos, foi considerado não confiável como única fonte de identificação, desde maio de 1950. O próprio FBI reconheceu o quão difícil é identificar os agentes com a confiabilidade requerida. Mesmo quando as fontes soviéticas se tornaram amplamente disponíveis após o colapso da URSS, o novo material foi usado apenas para apoiar narrativas estabelecidas, e os documentos que não se encaixavam foram amplamente ignorados.
Como eu encontrei o novo material é uma outra história. Desde a primeira pista de um protocolo de interrogatório desclassificado da NKVD de 1935, segui uma trilha de evidências. Esse documento sugeria que em 1931 a Inteligência Militar Soviética estava enviando agentes em missões de espionagem ao MIT. Ao verificar essa pepita de informação por meio de registros universitários e documentos públicos, pude descobrir toda a história. Este livro, em primeiro lugar, permite que os novos documentos falem e aborda o assunto da perspectiva dos oficiais de inteligência soviéticos. Essa não é a tradicional caça às bruxas para encontrar traidores mortos há muito tempo que traíram seu país por ideologia ou dinheiro nas décadas de 1930 ou 1940. Pelo contrário, este livro analisa alguns indivíduos cujas vidas foram dedicadas à crença de que estavam melhorando a sociedade. A história pode ter mostrado que sua visão do mundo é idealista, mas, no entanto, esforçou-se muito para garantir que a União Soviética e suas centenas de milhões de pessoas estivessem pelo menos um pouco preparadas para combater o flagelo dos nazistas. Por isso, devemos ser gratos.
Entre as muitas surpresas e revelações deste livro, estão a identificação de vários novos espiões soviéticos em operações anteriormente desconhecidas. As descobertas estabelecem que uma penetração significativa nos EUA começou uma década antes do que muitos acreditavam anteriormente. Além disso, o envolvimento de grandes figuras americanas na espionagem soviética começou muito antes do que foi divulgado anteriormente, com por exemplo Earl Browder e Nathan Silvermaster ativos muitos anos antes do que se pensava anteriormente.
As mulheres desempenham um papel forte e completo nessas operações iniciais de inteligência no âmbito externo. Em uma profissão dominada por homens, essas mulheres não desempenham os papéis tradicionais de apoio com armadilhas femininas, como Mata Hari. Ray (Raisa) Bennett e Gertrude Klivans são jovens revigorantes e modernas que desde cedo agiam em consonância com suas próprias visões de mundo. Temos o privilégio de ouvir suas vozes através de suas próprias palavras. Ambos não eram violetas encolhendo, mas seguiram seus próprios caminhos independentes na vida. Raisa Bennett teve que assumir as responsabilidades de ser um oficial da Inteligência Militar Soviética em uma missão perigosa no exterior, enquanto também era mãe de uma criança pequena. Gertrude Klivans tinha muitas opiniões e muitos homens, enquanto treinava os futuros espiões de topo como ser americano.
De importância histórica é a trajetória do agente de Inteligência Militar Mikhail Cherniavsky. Na época, seu plano de assassinato do ditador soviético atraiu pouca atenção dos serviços de inteligência e da elite política. Somente duas peças de inteligência chegaram ao conhecimento do NKVD e uma foi a revelação de uma fonte em Boston de uma crescente oposição trotskista em Moscou ligada a um movimento revolucionário internacional. Cherniavsky foi o líder de uma conspiração para matar Stalin e substituí-lo por Trotsky. Foram as balas de Cherniavsky que Stalin mencionou em seu discurso aos graduados das Academias do Exército Vermelho realizado no Kremlin em 4 de maio de 1935:
Mas esses camaradas nem sempre se limitavam às críticas e à resistência passiva. Eles ameaçaram levantar uma revolta no Partido contra o Comitê Central. Mais, eles ameaçaram alguns de nós com balas. Evidentemente, eles acreditavam que nos assustariam e nos obrigariam a sair da estrada leninista.
Finalmente, por meio de minha pesquisa para este livro, fiquei encantada por descansar um fantasma. Descobri a carreira de inteligência e vida de Ray Bennett, a primeira americana a servir como agente de Inteligência Militar soviética nos Estados Unidos. Oitenta anos atrás, Ray desapareceu da vida de sua filha. Joy Bennett correu para o quarto de Ray, como fazia todas as manhãs, para descobrir que sua mãe havia desaparecido. Em 2017, eu me tornei capaz de esclarecer para Joy a carreira de sua mãe e a razão por trás de sua prisão e eventual desaparecimento. Joy gentilmente descreveu meu trabalho como ‘sagrado’.
Durante o período da história que este livro cobre, as organizações dos serviços secretos russos mudaram seus nomes muitas vezes, e por uma questão de simplicidade (e apesar disso ser uma imprecisão histórica), eu os chamei de NKVD ou Inteligência Militar ao longo do livro. Para evitar confundir ainda mais o leitor, os nomes russos são escritos usando 'y' em lugar de 'i'; portanto, por exemplo, 'Andrey' não 'Andrei', e eu usei 'Y' no início de certos nomes, como 'Yershov' e não 'Ershov'.
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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Mensagem para um jornalista

No artigo “Generais do governo Bolsonaro revelam o que pensam sobre Chile e Bolívia” do jornalista Marcelo Godoy (Estadão, de 11/11/2019), meu nome é citado, associado com o anticomunismo e com a defesa da adoção de institutos tecnológicos. As referências estão corretas mas demandam contextualização.

Em consequência, enviei para o jornalista a mensagem apresentada a seguir, contendo esclarecimentos que julgo conveniente.
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Prezado senhor,
Valendo-me de modesta trajetória, cujo aspecto mais relevante é a partida de casa aos 7 anos de idade, em direção às sendas do meu destino, gostaria de prestar alguns esclarecimentos motivados pela citação de meu nome no artigo “Generais do governo Bolsonaro revelam o que pensam sobre Chile e Bolívia”, de sua autoria (Estadão, de 11/11/2019).
No que diz respeito ao anticomunismo a mim atribuído, a informação está correta. Complemento asseverando que, em minha ideologia chamada Brasil, é forçoso citar também a oposição ao nazismo. Alinhavo as razões:
-      o comunismo e o nazismo beberam de uma mesma fonte ditatorial: Thomas Hobbes (matemático e filósofo, que no século XVI, a despeito de sua genialidade, contribuiu para o atraso no avanço da matemática; e lançou as bases teóricas e filosóficas para o autoritarismo, a que se opôs seu discípulo John Locke, que por seu turno, lançou as bases do liberalismo) — é irrelevante se o comunismo é de esquerda e o nazismo de direita; um, de cima e o outro, de baixo; um, vermelho e o outro preto; ou um, ignóbil e o outro hediondo;
-      os dois sistemas foram instituídos, conduzidos e afundados por seres humanos doentes incuráveis, com insana sede de tortura e assassinato — Stalin, Hitler, Beria e Goebels, para citar apenas uma amostra;
-      os dois sistemas foram derrotados com a contribuição do povo do Brasil — o nazismo, na Itália, em 1945, com o sacrifício de cerca de 460 brasileiros, no combate aos germânicos; o comunismo, em nosso País, em 1964, com o sacrifício de cerca de 120 brasileiros, no combate a outros brasileiros, portadores da incurável e contagiosa doença.
No atinente à asserção de que defendo a implantação de institutos tecnológicos, eu diria que há necessidade de contextualização. Explico:
-      em minha monografia do curso da ECEME, em 1988, trato dessa questão, atribuindo-lhe a relevância requerida, porém na atual conjuntura, atribuo ênfase à melhoria e ao aperfeiçoamento dos institutos existentes que, se apresentassem desempenho satisfatório (atualmente não apresentam), responderiam por uma parcela expressiva das necessidades brasileiras;
-      como antigo chefe de três institutos da área de Ciência & Tecnologia do Exército (2003 a 2009), posso testemunhar que as equipes de um deles, obtiveram em minha gestão pelo menos 6 artefatos de uso dual (militar e civil) [*] que jamais tinham sido pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul — esta afirmação pode ser considerada exagerada ou até mesmo falsa, mas é comprovável e absolutamente verdadeira; tendo sido possível pelo esforço e talento de cientistas civis e militares do Centro Tecnológico do Exército, com o apoio de integrantes da UNICAMP, USP e UFRJ (com as quais o CTEx mantinha convênio) e com a participação decisiva de empresas brasileiras, contratadas para a produção dos instrumentos que os engenheiros militares pesquisaram e projetaram;
-      no mundo desenvolvido, os engenheiros, os cientistas e os respectivos institutos tecnológicos são primaciais e fatores insubstituíveis e imprescindíveis de êxito;
-      em consequência, a implantação de novos institutos é desejável, fundamental e imperiosa, mas condicionada à otimização das centenas de institutos existentes e à luz de criteriosa prioridade atribuída aos recursos disponíveis para Ciência & Tecnologia.
Parece razoável mencionar que ao longo de 2018, participei de um grupo exemplar de militares e civis (estes, professores e cientistas da UFG, UNB, USP, UFMG e UFRJ), que trabalharam nas ideias básicas que poderiam contribuir para a formulação de futuros planos de governo, para as áreas de Ciência & Tecnologia e Educação, ao longo da transição decorrente de uma possível vitória eleitoral. Cumpre ressaltar:
-      as ideias básicas e as pessoas do campo da Ciência & Tecnologia foram aproveitadas pelo atual ministro, com a consequente possível contribuição para o êxito daquela pasta;
-      no que concerne à Educação, a laboriosa equipe e as respectivas ideias [**] não foram aproveitadas na primeira gestão do respectivo ministério — as razões são conhecidas e públicas; cabe uma palavra de lamento, porém é inegável a expectativa e a esperança de que o malogro inicial se transforme em vitória na atual gestão da pasta;
-      é inquestionável que o atual governo tem acumulado uma sequência promissora de êxitos (na economia, na infraestrutura, na agricultura, na segurança e nas relações exteriores, para citar apenas os mais relevantes) e a substituição do ministro da Educação indicou com clareza a intenção e a vontade política de acertar e cumprir as promessas de campanha — algo surpreendente e fora dos parâmetros habituais de nossa evolução política.
Por oportuno, assevero que embora cogitado para participar de cargos no governo, em 25 de outubro de 2018, ao constatar que a vitória era inescapável, asseverei a meus amigos que não aceitaria a provável oferta de cargos. A missão estava cumprida. Razões pessoais determinavam minha atitude.

Fugindo talvez à ideia de modéstia, permito-me citar etapas distintas e complementares de minha trajetória profissional:
-      trabalho em construção civil da Força Terrestre, com destaque para a jornada amazônica, tendo trabalhado mais de 150 dias não consecutivos, na gestão de obras civis, pessoalmente, em Palmeira e Estirão do Equador,  às margens do rio Javari, na fronteira com o Peru; nas localidades de Tabatinga, Ipiranga, Japurá, Iauaretê, São Joaquim e Querari, na fronteira com a Colômbia; e em Cucuí, Maturacá e Marco BV-8, na fronteira da Venezuela — com foco em defesa, com o consequente benefício da população amazônica, majoritariamente de baixa renda e de origem indígena;
-      trabalho na condição de professor, ministrando aula em faculdade de Brasília, durante 8 anos, no período noturno — sendo adequado ressaltar que se tratava de faculdade particular, à qual tinham acesso alunos de classe média baixa, que não possuíam nível financeiro para a preparação e ingresso nas universidades públicas;
-      trabalho em pesquisa & desenvolvimento, no Rio de Janeiro, conforme foi mencionado em parágrafo anterior — objetivando tentar reduzir a distância que separa os níveis do Brasil e dos países desenvolvidos, nesse campo do poder; e
-      trabalho no exterior, em missões de curta duração, focalizadas em Ciência & Tecnologia, de interesse da defesa, em 14 países [***], dentre os mais de 50 que tive a oportunidade de visitar; bem como em missão de dois anos no Oriente Médio, na condição de Adido de Defesa junto à Embaixada do Brasil em Teerã-Irã.
Obviamente, que a desnecessária citação de fatos de minha modesta caminhada é feita para amparar a reverência e o respeito que dedico ao trabalho da imprensa — na condição de assinante, na atualidade, do Estadão, Globo, Veja, Folha de São Paulo [****], Correio Braziliense e New York Times —, ao bom jornalismo e à inquestionável necessidade de jornalistas qualificados e comprometidos com a verdade — o que atribuo ser o perfil do autor da citada matéria —, para a prevalência da democracia e de sua meta primacial que é a busca da paz e da harmonia, à luz da liberdade, verdade, coragem e ética (essa meta constitui o logotipo que substitui minha fotografia em um de meus dois blogs).
No atinente ao grosseiro e lamentável papel que alguns órgãos de mídia desempenham — inclusive alguns de que sou assinante, que divulgam matérias nas quais aparecem a falsidade associada com a omissão de fatos relevantes; e a consequente desinformação criminosa — é oportuno mencionar que ainda assim há que se defender a liberdade de imprensa e a necessidade de convivência com a possibilidade nefasta ora caracterizada. É o preço a ser pago pela crença na democracia como  “o pior dos regimes, exceto todos os outros”, conforme asseverou o maior estadista do século XX.

Atenciosamente,
ARS
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NOTAS
[*] Projetos de pesquisa & desenvolvimento do CTEx, no período de 2006 a 2009
Os destaques exitosos pela execução com tecnologia de ponta, com recursos nacionais, por nacionais e com empresas nacionais, concretizados por engenheiros e cientistas do CTEx, são:
-      Radar de defesa antiaérea SABER M60 — Sistema de Acompanhamento de alvos aéreos Baseado em Emissão de Radiofrequência M60;
-      Sistema REMAX —  para tiro automatizado para viatura blindada;
-      Módulo de Telemática Operacional — para transmissão de voz, dados e imagens no campo de batalha;
-      Munição PRPA (Pré-Raiada com Propulsão Adicional);
-      Módulo Portátil de Guerra Eletrônica & MAGE-COM Veicular — para missões de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica no campo das comunicações; e
-      Simulador SHEFE — Simulador de Voo Para Helicópteros Esquilo e Fennec.

A afirmação de que esses artefatos jamais tinham sido pesquisados, desenvolvidos e produzidos no Hemisfério Sul por nacionais deve ser colocada em perspectiva. A África do Sul tem capacidade de desenvolver radares em seu CSIR (Council for Scientific and Industrial Research), mas não produziu radar de defesa antiaérea com o perfil do radar SABER M60. A Austrália produz alguns dos objetos ora citados, porém com tecnologia britânica ou com empresas de origem britânica implantadas naquele País.

[**] Ideias básicas para Educação
        Dos estudos realizados pela equipe, no período de março a outubro, estão englobadas as seguintes ideias básicas  
-      prioridade absoluta para Educação;
-      valorização de professores;
-      motivação dos alunos;
-      ênfase na educação infantil, educação fundamental e ensino médio;
-      estímulo e fomento da menor unidade de gestão do ensino básico (a direção);
-      aumento de dias-aula-ano, e horas diárias de aula;
-      prevalência do mérito;
-      prática de valores essenciais da nacionalidade;
-      fomento das manifestações culturais e artísticas brasileiras;
-      melhoria e ampliação do ensino técnico profissionalizante;
-      avaliação a aperfeiçoamento dos processos educacionais e da base curricular;
-      avaliação e adequação da bibliografia;
-      estímulo e fomento da prática esportiva;
-      adequação da matriz financeira ensino superior e ensino básico; e
-      eficácia no emprego dos recursos públicos;

[***] Missões no exterior
          À guisa de ilustração, convém citar aquelas realizadas nas seguintes organizações: 
-      Universidade de Urbana-Champaign (Estados Unidos);
-      Instituto Europeu de Telemedicina (França);
-      Universidade de Pequim (China);
-      Centro de Treinamento de Nizhny-Tagil (oeste da Sibéria, Rússia). 

[****] Assinatura de jornal
            Recentemente, a assinatura da Folha de São Paulo foi cancelada porque não foram acolhidas mensagens que, não raro, envio para os jornais que assino.

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