domingo, 7 de outubro de 2018

A eleição presidencial

Para nós, integrantes do pequeno clã Ribeiro Souto, o ano de 2018 começou com interessantes perspectivas de evolução tanto no sentido pessoal e para a família, quanto no sentido geral, para os cidadãos e para a sociedade. Os dois aspectos se complementam e constituem um caleidoscópio de esperanças e emoções. Recordemo-los.
No plano pessoal, familiar, a primeira grande emoção a ser vivida estaria afeta às queridas filhas Cecília, Alessandra e Laura, que completariam 15 anos em 2 de julho. A percepção é de que o evento se constituiria em um momento mágico do ser humano. É a ideia delas começarem a atingir, conquistar ou vivenciar o próprio eu. A decisão foi celebrar viajando e elas escolheram a Europa e o foco dirigiu-se a Paris e Londres. Fomos, vivemos e curtimos uma viagem maravilhosa. O segundo evento essencial deste ano é a celebração do término do ensino fundamental pelas meninas. Aceitamos a oferta da escola Leonardo da Vinci e, ao final do ano, participaremos da festa atinente à formatura.
No plano geral, há que citar três eventos: o julgamento do Lula, ex-presidente acusado de falcatruas, corrupção e de mergulhar o País em uma das maiores crises da história; a Copa do Mundo de futebol da Rússia, no meio do ano; e as eleições em outubro, que renovarão os poderes executivos federal, estaduais e municipais, bem como os respectivos poderes legislativos.
Contrariamente ao que muitos pensavam, Lula foi julgado, condenado e trancafiado na prisão da Polícia Federal em Curitiba. Os brasileiros testemunharam um hercúleo trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça Federal; e o que era considerado improvável tornou-se realidade. Comprovou-se que na democracia, todos estão efetivamente submetidos aos ditames da lei. Não apenas o ex-presidente, mas empresários, parlamentares, líderes partidários e outros personagens tiveram o mesmo destino: os grilhões da lei, a condenação e o início do cumprimento da pena.
A Copa do Mundo na Rússia resultou em mais um fracasso do futebol brasileiro. Uma pena. Vimos parte do primeiro jogo, em casa e o segundo tempo, acompanhamos na pequena televisão do táxi que nos levou ao aeroporto. Os três jogos seguintes, assistimo-los no hotel em Paris ou Londres. O jogo das quartas de finais foi contra a Bélgica. Curiosamente, o Brasil jogou bem, mas não conseguiu transformar em gol as chances criadas. Por seu turno, os belgas fizeram gols que dificilmente repetiriam em outros jogos. A chamada sorte não esteve ao lado da equipe canarinha, como em outras Copas.
Hoje, 7 de outubro, é um dia decisivo na história política do País. Está em jogo os destinos de todos, especialmente, dos jovens, com eleições nas três esferas do poder. Dentre os quase dez candidatos à Presidência, destacam-se o capitão da reserva e deputado Jair Bolsonaro, do minúsculo PSL, e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT. Os brasileiros escolherão entre as possibilidades liberais, de combate à corrupção e à criminalidade, de resgate de valores essenciais do ser humano e de uma forma transformadora de fazer política do ‘pesselista’ Bolsonaro; e as tendências comunistas, de incerteza quanto à corrupção e ao combate à criminalidade; e de leniência em relação à degradação de valores, costumes e procedimentos familiares do petista Haddad. 
Posso ser considerado suspeito para opinar, já que desde final de março deste ano, tenho trabalhado na equipe que exerce o assessoramento do Bolsonaro nos campos da Ciência & Tecnologia e Educação. Na condição de voluntário, em face de convite do amigo general Ferreira, saí da zona de conforto propiciada pela inatividade — em que me encontro desde a transferência para a reserva militar em 2011 — e passei a trabalhar nas ideias básicas que, em caso de vitória, poderão ser utilizadas pela equipe de transição para formular o Plano de Governo da nova Administração do Brasil. Posso ser considerado suspeito, mas entendo que a candidatura Bolsonaro se sagrará vencedora hoje ou no segundo turno, no dia 28 de outubro. Estamos vivenciando pois um momento crucial da História, com grande expectativa de que o tempo de mudança e transformação é chegado. É preciso reduzir a enorme crise moral, ética, política e financeira que o País atravessa. Nesse sentido, objetiva-se a redução ou término da corrupção; a exigência dos líderes, fundamentada no exemplo, com austeridade e prática de valores essenciais da nacionalidade; a eliminação do “toma-lá-dá-cá” e do “troca-troca” na condução política; a redução do tamanho do Estado; a melhoria dos processos de gestão; o exercício das relações internacionais sem a prevalência de motivações ideológicas; e a prioridade para os campos da Educação, Saúde e Ciência & Tecnologia.
Vamos vivenciar intensamente o dia 7 de outubro de 2018. Ele será lembrado por todos nós especialmente pelos jovens. A expectativa, o otimismo e a esperança permeiam nossos corações e mentes. Sonhar hoje e sempre é preciso!

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