Com relação à afirmação da presidente Dilma Roussef de que obteve legitimidade com a eleição popular, convém lembrar que o voto foi a fonte
de legitimidade de Richard Nixon e Fernando Collor, ambos de triste memória
para seus respectivos povos.
Convém jamais esquecer que, em face da legitimidade de mais de dois milhões de votos recebidos por Adolf Hitler nas eleições alemãs de 10 de abril de 1932, o presidente Paul von Hindenburg o nomeou Chanceler da Alemanha. Será que é necessário relatar as consequências da legitimidade a que se atribuía o Fuhrer?
Convém não ignorar que a legitimidade de Fidel Castro — em Cuba, havia eleições que majoritariamente reelegiam o Comandante — leva Dilma Roussef a visitá-lo, admirá-lo e apoiá-lo de forma incondicional.
Convém jamais esquecer que, em face da legitimidade de mais de dois milhões de votos recebidos por Adolf Hitler nas eleições alemãs de 10 de abril de 1932, o presidente Paul von Hindenburg o nomeou Chanceler da Alemanha. Será que é necessário relatar as consequências da legitimidade a que se atribuía o Fuhrer?
Convém não ignorar que a legitimidade de Fidel Castro — em Cuba, havia eleições que majoritariamente reelegiam o Comandante — leva Dilma Roussef a visitá-lo, admirá-lo e apoiá-lo de forma incondicional.
Nesse sentido, a mentira, a
incompetência, a corrupção desenfreada e o descrédito que cercam o governo
petista são antídotos insubstituíveis para a propalada legitimidade. Indo ao
paroxismo, é legítimo asseverar que a legitimidade da senhora Dilma Roussef
está corroída, apodrecida e dilacerada pelos antídotos mencionados. Se a
grandeza humana e política fosse um de seus atributos, certamente, a evolução
do País nessa conjuntura adversa poderia ser menos traumática. Entretanto, é
difícil imaginar que ela possa nos surpreender.
Em todo caso, fica a conjectura
de um remoto, e tão breve quanto possível, encontro dela com Platão. O filósofo
lhe ensinaria que a legitimidade de Sócrates — que por essa legitimidade
condenou-se a influir no pensamento humano nos 2500 anos seguintes a sua morte
— não decorria do voto, mas de sua recusa em pedir clemência por ocasião de sua
condenação à pena capital, dado que ele não admitia negar a verdade e a ética que
o levou a julgamento; e também de sua recusa em fugir na véspera de sua
execução, uma vez que aceitar a oferta de fuga equivaleria a negar sua inarredável crença nas
instituições. Com esse encontro, Dilma Roussef poderia pois poupar seus contemporâneos de sua
conspurcada legitimidade e receberia dos gregos uma magnífica lição ainda que, para ela,
tardia.
A burla da lei retirou-lhe a legitimidade, a razão e a moral.Aceitar isso, só os grandes sábios e humildes. a história política recente de nosso País não demonstra isso.
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