Divulgado no Fórum de Leitores eletrônico do
jornal O Estado de São Paulo – 7 Mar 2013
Com relação à extensa cobertura dos eventos
associados à morte do Presidente Hugo Chaves, minha percepção é que há uma
enorme lacuna nas análises.
Imaginem se há quinze
anos atrás, tivesse assumido a presidência venezuelana um estadista, no sentido
mais amplo e rigoroso dessa palavra, sua primeira providência seria determinar
que os objetivos primaciais do País passavam a ser o aproveitamento dos
recursos financeiros oriundos do petróleo para transformar a Venezuela em um
país como o Chile em médio prazo --- 5 a 10 anos ---, e, subsequentemente,
transformá-la em uma Espanha em longo prazo --- digamos em 10 a 20 anos. Isso
seria possível com visão de estadista, preparo intelectual e excelência
gerencial, associados à riqueza dos recursos naturais e uma população
relativamente pequena.
Nesse caso, estaríamos
no limiar de ter, na América do Sul, na atualidade, seu primeiro país
desenvolvido.
Na situação atual, o que
temos? Uma Cubona (para não dizer um Cubão, que não soa muito bem!).
Minha pergunta
desafiadora ao Estadão: onde estão os analistas, os intelectuais, com potencial
para agregar valor à realidade sul-americana?
Será que devo
refletir sobre integridade intelectual, política, ideológica e ética? Ora que
Disraeli vá à favas. Devo perguntar, reclamar e buscar explicação.
(Colaboração: Isabel KSRS)
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