quarta-feira, 18 de junho de 2014

Indigência intelectual e pobreza de estadistas

Gostei do texto Pornografia e política, do Ruy Fabiano, sobre as manifestações na abertura da Copa do Mundo. O autor apresenta uma visão crítica muito severa dos malfeitos da gestão petista nos últimos anos.
Vi-me estimulado a analisar com cuidado os meus comentários em A abertura da Copa do Mundo e as ofensas correlatas. Não tenho dúvidas em inferir que elaborei um texto panfletário. Propositalmente panfletário, eu diria.
Em rabiscos anteriores, tenho ressaltado que há carência de estadistas e intelectuais em nosso País. Estes para sinalizar os rumos e aqueles para implementar o que os estadistas indicaram.
O Congresso Nacional poderia gerar os estadistas. Mas sendo uma filial da penitenciária da Papuda (afinal, mais de 30% dos parlamentares respondem por processos em curso na Justiça, que só não se resolvem pelo patrimonialismo brasileiro metaforizado na ação de nosso Poder Judiciário), candidata-se a produzir apenas a escória que nos lidera.
Ademais, insisto que precisamos de milhares de Tarsila do Amaral, Caetano Veloso, Mário de Andrade, Guimarães Rosa e, entre outros, Gilberto Freyre, de cujo conjunto poderia se sobressair alguém com a estatura requerida para a dimensão de um país como o Brasil. É preciso gente para produzir ideias da --- e para --- a nossa realidade.
Onde estão nossos Hegel, Rousseau, Hobes, Goethe, Marx (que lamentavelmente foi usado para a gestação do nazicomunismo) e Gramsci (este querendo arranjar a todo custo um sucedâneo leve para o comunismo, podendo pois ser considerado brilhante mas com uma parte do cérebro deteriorada)? Quem são eles no Brasil?
Só consigo produzir uns pobres panfletos. É aquela história, não entendo de rosas, mas admiro-as. Não tenho a dimensão que gostaria, mas enxergo.

Enfim, esta é uma mensagem de lamento. Por minha limitação. Mas sobretudo por nossa indigência intelectual e pobreza de estadistas.

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