A seleção brasileira de futebol
foi fragorosamente derrotada pela seleção alemã na semifinal da Copa do Mundo
de 2014 no Brasil. Conquanto uma mancha inapagável tenha sido incluída na
história épica do futebol brasileiro, a seleção continuará nos corações e
mentes de quem gosta desse esporte planetário.
O governo não foi derrotado, mas a
economia se posiciona entre as últimas seja na América Latina, seja no âmbito
dos emergentes de todas as regiões. A educação acumula os piores desempenho
entre os países mais organizados. A política externa se caracteriza por
inegável pequenez: apoia-se regimes ditatoriais; financia-se regimes em estado
de desintegração; ajoelha-se diante da intransigência de países
tradicionalmente dependentes de outros países inclusive o nosso; e não se
define uma estratégia que resulte em ação valorizadora de nossas
possibilidades. No trato da coisa pública, os desmandos são enormes,
metaforizados pelo encarceramento dos próceres da atual governante. As obras
prometidas para a sociedade como corolário da organização da Copa do Mundo não
foram concluídas. Em suma, o governo tem imposto aos brasileiros o que se pode
considerar uma contundente derrota histórica.
Nesse cenário esportivo e político,
é forçoso admitir que a seleção e o governo disputaram a Copa Mundial da
Incompetência e ambos chegaram à final. A improvisação, a má gestão, a
corrupção, os desmandos de toda ordem e, enfim, a incompetência foram objeto de
pertinaz disputa. O resultado final foi empate. Então, ambos foram declarados vencedores.
Nada pode ser tão ruim que não
possa piorar. A seleção e o governo estão no limiar do enxovalhamento, da
desonra e da humilhação, tal é a incompetência que os acomete. O limite do
horrendo levado ao paroxismo está nas perspectivas de ambos.
E é aí que reside a esperança. O
caos é uma oportunidade de mudança, de transformação, de revolução. É o que o
Brasil precisa no esporte e na política. Para quem aspira o humanismo, a
democracia e a prevalência da decência, da justiça e da ética, os ventos de
outubro são a grande oportunidade requerida. Que venham as eleições!
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