quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Tolerância zero com a corrupção


Aí pelos idos de 1960, ouvi de um professor de português que o Estadão era um dos quatro melhores jornais do mundo em veracidade e credibilidade de notícias. Desde então tenho acompanhado esse prestigioso jornal.
Pois bem, no editorial de hoje, o Estadão explicita, como opinião oficial, que há um ruidoso contingente de eleitores que apoiam o ex-capitão do Exército Jair Bolsonaro porque este propugna “o apoio à tortura, defesa da ditadura militar, hostilidade a minorias em geral e nacionalismo bronco”.
Supondo que essa assertiva seja adequadamente contextualizada e verdadeira, seria razoável, para não dizer ético, que o editorialista asseverasse também que há um silencioso contingente, correspondente a dezenas de vezes maiores que aqueles mencionados na admitida hipótese, que apoiam Bolsonaro por acreditar na verdade e na liberdade, como pilares da democracia, especialmente porque com a atitude dos políticos brasileiros — aí incluídos todos os últimos presidentes da República — suportando os maiores escândalos de corrupção da história da humanidade, não se pode defender a hipocrisia de que a democracia e seus fundamentos basilares estejam sendo vivenciados com plenitude em nosso maltratado país.

Gostaria de sugerir que o Estadão não desminta meu talentoso professor do início da segunda metade do século passado. É preciso pois que os leitores tomem conhecimento de o que cidadãos crentes na verdade, livres e defensores da harmonia coletiva e institucional esperam do maior mandatário da República — ética, decência e tolerância zero com a corrupção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário