Pois
bem, no editorial de hoje, o Estadão explicita, como opinião oficial, que há um
ruidoso contingente de eleitores que apoiam o ex-capitão do Exército Jair
Bolsonaro porque este propugna “o apoio à tortura, defesa da ditadura militar, hostilidade a minorias
em geral e nacionalismo bronco”.
Supondo que essa
assertiva seja adequadamente contextualizada e verdadeira, seria razoável, para
não dizer ético, que o editorialista asseverasse também que há um silencioso
contingente, correspondente a dezenas de vezes maiores que aqueles mencionados
na admitida hipótese, que apoiam Bolsonaro por acreditar na verdade e na
liberdade, como pilares da democracia, especialmente porque com a atitude dos
políticos brasileiros — aí incluídos todos os últimos presidentes da República
— suportando os maiores escândalos de corrupção da história da humanidade, não
se pode defender a hipocrisia de que a democracia e seus fundamentos basilares
estejam sendo vivenciados com plenitude em nosso maltratado país.
Gostaria de sugerir que
o Estadão não desminta meu talentoso professor do início da segunda metade do
século passado. É preciso pois que os leitores tomem conhecimento de o que
cidadãos crentes na verdade, livres e defensores da harmonia coletiva e
institucional esperam do maior mandatário da República — ética, decência e
tolerância zero com a corrupção.
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