terça-feira, 22 de março de 2016

Patologia social, política e jurídica

Que o Brasil tenha políticos como Jader Barbalho, Paulo Maluf, José Sarney, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Dilma Roussef e Luís Lula da Silva, tudo bem! Aí temos a normalidade no seio da nata da representação política brasileira. Afinal, o comportamento dos homens públicos vem de longe, tanto no tempo quanto no espaço. Em 64 a. C., o General Quintus escreveu o ensaio Commentariolum Petitionis, endereçado a seu irmão Cícero, candidato ao senado romano, sugerindo-lhe procedimentos que muito se assemelham ao que a súcia brasileira pratica na atualidade.
Agora, com artistas como os milhares que assinaram o documento que, de uma forma ou de outra, pode ser interpretado como uma defesa da atitude dos políticos mencionados, aí temos uma mera curiosidade (neurótica enfatize-se), oriunda do campo das artes — algo que interessa aos especialistas em psicologia e psicanálise ou àqueles versados nos assuntos de má fé.
Por outro lado, com juristas como as dezenas que hoje se reuniram no Palácio do Planalto para defender o estado de coisas em que o Brasil se encontra, transformando aquela instância em algo que se assemelha a uma passarela histriônica de apologia ao mal feito, aí temos uma completa patologia social, política e jurídica — algo difícil de interpretar, senão considerar que a comunidade que vive nas fronteiras brasileiras corre o risco de permanecer inapelavelmente condenada ao convívio com a maldita herança que a persegue.
É por isso que o insuspeito octogenário Saturnino Braga (comunista na juventude, socialista na maturidade e petista na terceira idade), em entrevista para a Globo News, manifestou o temor de se chegar ao ponto em que não restará senão a intervenção das Forças Armadas para controlar o caos. É por isso que o jornal britânico The Gardian menciona em matéria recente a possibilidade de intervenção armada no Brasil. É por isso que nas redes sociais começam a aparecer até intelectuais (sic) conclamando a intervenção militar no atual processo.

Está na hora de as pessoas com juízo atuarem com firmeza e determinação para dar um basta ao que assistimos diariamente. A sociedade brasileira merece encontrar rumo e construir seu destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário