domingo, 5 de novembro de 2017

A roda da história



A excelência não é portanto um feito e sim um hábito. (Aristóteles)

Li com atenção o artigo de um amigo grado. A opinião de uma pessoa jovem, educada e elegante em suas atitudes deve ser objeto de reflexão pelos mais velhos. Isso é inquestionável.
Penso que a verdade, a liberdade e a democracia permitem o diálogo. E o diálogo permite uma melhor compreensão da verdade, da liberdade e da democracia.
Então, essa recursividade me faz refletir e dialogar. Tento pois colocar algumas considerações sobre o tema sugerido.

No atinente à ideologia de gênero, há quem considere aberrações, senão todas, pelo menos a maioria das ideologias. Se submetida à contextualização devida, eu concordo com essa assertiva.

No passado, o nazismo e o comunismo — não raro, amenizado com a expressão socialismo real — foram aberrações, sendo que há pessoas que não desistiram dessas perversidades. O primeiro desencadeou a morte de mais de 30 milhões de pessoas e o comunismo similarmente empreendeu a morte de mais de 60 milhões de pessoas.

No presente — nos tempos atuais, eu enfatizo —, em nome de uma ideia, o Estado Islâmico perpetua a morte de milhares de pessoas em todo o mundo. Nessa primeira quadra do século atual, o Foro de São Paulo desenvolveu processos na América Latina que, no Brasil, resultaram no maior escândalo de corrupção da história da humanidade. De forma similar, a Venezuela — que pelo território, população e riquezas naturais, poderia se transformar em médio prazo no primeiro país desenvolvido da América do Sul —, transformou-se numa ‘cubona’, isto é, uma Cuba grande, pobre, sem liberdade, com a inverdade como paradigma e com a democracia inequivocamente conspurcada.

O que surpreende e apavora é que pela mesma motivação, há uma parcela expressiva que quer o mentor do Foro de São Paulo e responsável pelo mega-escândalo de volta à gestão máxima de nosso País. Conquanto possa ser “fake News”, não é improvável que seja veraz o testemunho de uma afirmação inexcedível do líder preferido de uma parcela de tupiniquins:
“Parodiando o etíope Aristotes, eu digo pros idiotas dos meus seguidor e adulador: ‘a corrupção não é portanto um feito e sim um hábito!’. Agora vocês vão vê! Eu tou estudano filosofia. A diferença entre eu e esses intelectual filósofo é que eles estuda e num aprende a usar o conhecimento pá pogredir!”

É forçoso inferir e admitir que há gente no mundo que ainda não acredita que o homem foi à Lua, nem  que John Lennon morreu; ainda não crê que a ideologia de gênero foi gestada e continua sendo praticada como forma de anestesiar as pessoas para a aceitação da apologia do socialismo, nem que o muro de Berlim caiu e que, como corolário, a disputa ideológica da Guerra Fria terminou em 1989. Portanto, àquela época, enganou-se Francis Fukuyama quando preconizou o fim da História ao declarar que “após a destruição do fascismo e do socialismo, a humanidade  atingiu o ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes.” Ele se esqueceu de que há esquecidos em todas a latitudes e pelas mais diversas razões. O pior é que na atual conjuntura esses privilegiados sábios — que dispõem com exclusividade apenas de memória RAM — querem impedir os outros de acreditar que a roda gira e gira, e segue, levando a reboque a História!

Nenhum comentário:

Postar um comentário