domingo, 23 de outubro de 2016

Aprendizado na Suprema Corte

       O editorial "Os tempos do STF" (Estadão de hoje, 23 de outubro), que analisa o papel da suprema corte brasileira, é uma peça extraordinária, magnífica, inexcedível. Trata-se de uma tomografia institucional que escancara as mazelas da mais alta instância do Poder Judiciário e, por extensão, expõe de forma cristalina, sem jaça, uma das razões pelas quais a corrupção campeia em todas as esferas públicas nacionais — as exceções existem apenas para confirmar a regra.
        O que fazer? A sociedade que emprega os senhores ministros do STF — e a quem eles deveriam prestar contas — poderia exigir que cada um deles copiasse o texto que engrandece o Estadão e seus leitores, pelo menos quinhentas vezes. Haveria a possibilidade de que por um placar de 6 a 5, eles aprendessem o que fazer, como agir para que sejam considerados participantes da democracia, da decência, da justiça e dos bons costumes. A proporção sugerida é um indicador de que os renitentes demoram ou nunca aprendem.

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