Em
menos de 48 horas, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ordenou um
ataque de retaliação contra o território sírio. Foram lançados mais de 50
mísseis Tomahawk de alto poder destrutivo.
Dessa
forma, Trump lançou um recado multifacetado para o mundo.
A
mensagem seguramente atinge a União Europeia — o PSDB das confederações de
países —, e sugere que os europeus não devem permanecer indefinidamente no
muro. A Rússia de Vladimir Putin, aliada dos sírios — e que ao lado da China
vetou a tentativa do Conselho de Segurança da ONU de expedir uma resolução
condenando de forma veemente a atitude criminosa — recebeu um eloquente aviso
para exercer seu poder e influência de forma adequada e ponderada.
Curiosamente, Xi Jiping, chefe de Estado chinês, está nos Estados Unidos para
conferenciar com o presidente americano, e em consequência terá a agenda
comercial, estratégica e política impactada pelo ataque americano — as
condições de debate se alteraram significativamente. A Coreia do Norte e o Irã, que têm projetos
nucleares que contrariam as normas internacionais, receberam um alerta sobre o
atual modus operandi ianque. Os aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio,
notadamente a Turquia, Arábia Saudita e Israel, receberam efusivos indícios de
que seus interesses poderão ser suportados de forma decisiva pelos americanos.
No
âmbito interno, os eleitores de Trump seguramente estão se regozijando pela
iniciativa de seu presidente. Os eleitores contrários a Trump entraram em
estado de dúvida. Os defensores dos direitos humanos estão zonzos e em
dificuldade de se posicionar. Os industriais do setor de defesa estão sorrindo
diante da perspectiva de ampliação de seus negócios.
Mas
não seria necessário combinar com os russos? E como o jogo internacional é simultâneo,
não seria conveniente combinar com os demais atores? Em suma, cabe enfatizar:
Trump demonstrou ser qualificado ou irresponsável, visionário ou oportunista,
estadista ou canalha? “E agora José”, que consequências advirão do
empreendimento americano? Dado que só “a mudança é permanente”, como será o
mundo em 5 ou 10 anos? Quem viver verá!
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