Caro Otto,
Excelente
o texto do André Luiz. Ele apresentou uma análise adequada e com a profundidade
que o meio WhatsApp permite.
Para
afundar mais o assunto — ou se quiser, elevar — pode-se considerar a elaboração
de um livro com o título “A superpotência dominante do século XX e
suas mazelas”. Poderia ter 12 capítulos, entre os quais, à guisa de
sugestão, cito alguns:
-
O cientista espião soviético no Projeto Manhattan;
-
O cientista que se tornou pai do projeto espacial
da China;
-
A administração do presidente George W. Bush;
-
A administração do presidente Barack Obama;
-
A eleição e a administração do presidente Donald Trump.
Essa
última sugestão seria o décimo primeiro capítulo e serviria para não fugir do
assunto motivador.
O
tema do livro é mostrar como, mesmo com o enorme poder político, econômico,
tecnológico e militar, o país que está na vanguarda não se livra de tropeços,
como podem parecer os episódios americanos envolvendo o Trump. Convém ressalvar
que Ronald Reagan era considerado, por alguns, trapalhão e desqualificado e
tornou-se um dos grandes presidentes americanos — basta citar seu trabalho
conjunto com Margaret Thatcher e João Paulo II para o desmoronamento do império
soviético.
O
capítulo do Projeto Manhattan é para esclarecer como, durante a Segunda Guerra Mundial, numa atividade com o grau
de importância e sigilo do desenvolvimento da arma atômica, não se conseguiu
enxergar um cientista espião soviético, trabalhando no coração do empreendimento e que
entregou o projeto da bomba lançada em Nagasaki para a URSS — e
posteriormente também para o chineses.
Em
relação a um chinês que fez mestrado e doutorado nos Estados Unidos, na década
de 1930, o objetivo é avaliar como uma cobra criada no quintal americano,
tornou-se o pai do projeto espacial e de mísseis intercontinentais chineses que
estão apontados para os Estados Unidos. Vale lembrar que esse chinês propôs o
pioneiro Laboratório de Jato Propulsão ianque; em 1945, foi comissionado
coronel do Exército americano para entrevistar os cientistas nazistas; foi
preso por estar passando as informações para seu país de origem; e no final da
guerra da Coreia, voltou para a China, em uma troca de prisioneiros de guerra.
Alegando
a implantação da democracia em países do Oriente Médio — claro, e outras
alegações justificadoras — a administração Bush conseguiu enfiar o país e o
mundo num enorme atoleiro cujas consequências estamos tratando delas em uma
rede social de amigos no Brasil. Mereceria não apenas um capítulo, mas até
mesmo um livro exclusivo.
A
administração Obama alardeou como grande vitória de política externa, a
distensão com Cuba. Para começo de conversa, a ilha enquanto país — e
considerando economia, território e população — é equivalente ao estado do
Paraná. Qual é o papel mundial do valoroso estado paranaense? Os problemas
globais de política externa foram ignorados pelo presidente Obama. Houve
omissão da superpotência na Ucrânia, na Crimeia e no Oriente Médio,
notadamente, na própria Síria.
Por
último e naturalmente o foco do estudo, a eleição e a administração Trump. Sua
eleição seria o resultado de administrações insatisfatórias anteriores? Seria
uma consequência da evolução tecnológica, voltada para as comunicações? Seria
resultante da insuficiência de lideranças — uma característica global da
atualidade? Suas primeiras decisões satisfazem o que se requer de um mandatário
do país? Que perspectivas ele deixará para a posteridade?
Enfim,
aqui estão parcelas de aspectos a serem tratados no texto. Evidentemente, o
último capítulo deveria apresentar um conjunto de cenários resultantes do que
foi exposto e analisado. Hipóteses sobre o futuro seriam ser delineadas.
Certamente, as previsões não se confirmarão da forma como foram formuladas. A
realidade seria diferente, mas provavelmente, situar-se-ia no interior do limite
dos cenários extremos.
Fraternamente,
ARS
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