sexta-feira, 28 de abril de 2017

O livro que abraça


No artigo “Um livro que abraça” (Correio Braziliense de 25 Abr 17), o senhor Cristovam Buarque assevera que, na década de 1970, um casal de militantes do PC do B “lutava contra a ditadura e pela democracia”. Ora, de acordo com testemunhos insuspeitos — porquanto formulados por participantes da luta contra o regime vigente —, o objetivo dos comunistas era a implantação da ditadura do proletariado.
Citando apenas um dentre vários exemplos, convém lembrar que, nas décadas de 1930 e 1940, a ditadura do proletariado soviética torturou e assassinou 7 milhões de ucranianos — efetividade similar a dos nazistas no mesmo período. Não precisa ser Aristóteles para inferir que aí está uma amostra do que poderia acontecer no Brasil se as metas colimadas pelos amigos do senhor Buarque terminassem vitoriosos.
       Que os políticos mintam é lamentável; porém quando um político que se declara educador ignora a verdade, configura-se um desastre. Indo ao paroxismo, pode-se afirmar que o fanatismo é doentio e o fanatismo ideológico é doentio e incurável. Daí resulta o paradoxo inevitável, a contradição singular: para a prevalência da fraternidade é imperiosa a eliminação dos fanáticos.

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