segunda-feira, 22 de maio de 2017

Crise do governo Temer II


Para evitar severa condenação por corrupção e outros crimes, Joesley Batista, um dos proprietários da empresa JBS, maior exportadora mundial de carnes in natura e processadas, fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
A acusação principal envolve financiamento ilegal de campanhas políticas do ex-presidente Lula da Silva, ex-presidente Dilma Roussef, presidente Michel Temer e senador Aécio Neves (que perdeu a última eleição presidencial para a sra. Roussef), bem como de mais de mil e oitocentos candidatos (a cargos dos poderes executivo e legislativo, estaduais e municipais) de mais de vinte partidos, nas últimas eleições.
  A divulgação da notícia envolvendo altas autoridades da República — realizada de forma inexplicável e suspeita pelas Organizações Globo — ocasionou uma das maiores crises políticas e econômicas do Brasil nos últimos 30 anos. Entre os aspectos controversos dessa crise, constata-se que o empresário Joesley Batista e seu irmão Wesley Batista:
  • provocaram o escândalo;
  • no dia seguinte à divulgação da delação, impactaram severamente a Bolsa de Valores, com queda de 10% no índice da comercialização de ações, e o mercado de moedas estrangeiras, com alta de 9% no valor do dólar;
  • antes da crise, venderam ações da empresa em alta e compraram dólares a preço estável;
  • venderam os dólares em alta e recompraram as ações da empresa em baixa, com lucros estimados em cerca de meio bilhão de reais;
  • detonaram o governo Temer, eleito vice-presidente pelos integrantes do PT em 2014, e investido na presidência da República em 2016, em face do impeachment da sra. Roussef;
  • deram uma enorme ajuda às Organizações Globo, que estariam em dificuldades financeiras — o jornal O Globo e a TV Globo divulgaram a crise com estardalhaço inusitado e chocante parcialidade, durante os últimos quatro dias;
  • fizeram a alegria dos nazi-comunistas, de seus herdeiros caçulas, os petistas, e dos demais assemelhados;
  • escaparam das garras da justiça de Curitiba, notabilizada pela severidade e celeridade com julga e condena os crimes de corrupção descobertos pela Operação Lava-Jato;
  • inexplicavelmente, não foram sequer presos pela justiça de Brasília;
  • viajaram para os Estados Unidos, onde anteriormente compraram mais de 50 empresas com o dinheiro roubado do BNDES, crime perpetrado com a cumplicidade do Lula e da Dilma; e
  • contribuíram para continuar a desmoralização da política, da justiça e da economia brasileiras.
Em consequência enviei para o Estadão a seguinte mensagem:

“Políticos enlamearam a trajetória, empresários conspurcaram as riquezas, operadores da justiça ignoraram a voz da Carta Magna e setores da mídia homologaram tudo isso. Inferências: 
    (i) a democracia brasileira foi transformada numa pocilga malcheirosa — a linguagem não está adequada, mas a imagem é uma metáfora perfeita; 
    (ii) a indignação se tornou o valor principal da nacionalidade; 
    (iii) o País tem solução? Claro! Terremotos, tsunamis, meteoros! Enormes; 
    (iv) discurso contraditório: não tem solução! O Brasil não dispõe de estadistas.”

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