sábado, 17 de março de 2018

Falácia gramscista

"O lavrador perspicaz conhece
o caminho do arado".

Homenagem a Oscar Barbosa Souto,
antigo lavrador.
In Memoriam.
Cuba representa ameaça para o Brasil? A despeito da desproporção, essa indagação é um bom ponto de partida para abordar questões relevantes e prevalentes.
Essa ilha caribenha tem a dimensão (território, população e produto nacional) do nosso glorioso estado do Paraná. Bem administrado e tornado independente, em algumas décadas, o Paraná poderia transformar-se no equivalente a uma Bélgica; e com mais algum tempo, em uma Holanda ou Suécia. Cuba e Venezuela poderiam seguir a mesma trajetória.
Desde o desembocar da Revolução Cubana, aquele país é administrado de sorte a se transformar em Cuba (’Bá tche’, se os gaúchos omitirem o ‘Bá’, aí fica tudo explicado!) — onde a distribuição da pobreza fez a totalidade da população empobrecer e continuar pobre ad aeternum. Onde impera a ausência de liberdade; a prática da inverdade; a tentativa de exportar um modelo falido e por gênese, equivocado. A Venezuela similarmente está se transformando em um Cubão (Trem ‘Bão’, sô! Se os mineiros excluírem o ‘Bão’, aí fica bem entendido!)
Em relação ao Brasil, Cuba tem uma dimensão decimal, e por força do socialismo, tendendo para centesimal. Por elementar e primário, não é preciso hesitar nem aculturar-se para concordar com isso. Não há como explicar, com base na lógica, na razão e na sensibilidade que parcelas da mídia, de políticos, de artistas e de intelectuais lhe atribuam relevância.
Passo agora à questão primacial. A ameaça ao Brasil é encontrada entre brasileiros — os que são doentes incuráveis e querem implantar aqui o socialismo, um modelo que “deu errado em todos os lugares em que foi aplicado”. É forçoso reconhecer o erro da expressão grifada. Corrigindo-a: “não deu errado; deu certo! A questão essencial é que o modelo é atávica e geneticamente errado!”.
A ameaça ao Brasil está nas citadas parcelas da mídia, de intelectuais, de artistas e de políticos. A ameaça ao Brasil está no Foro de São Paulo e em todos aqueles que apoiam os mentores desse Seminário de Inverdades e Canalhices. Está também nas Universidades que deixaram de ser o local dos que, à luz do mérito, têm a capacidade de ver, observar, estudar, interpretar e inferir sobre o Universo, para se tornarem antros de lavagem cerebral e de intoxicação da juventude com as ideias nefastas de Gramsci — versão edulcorada do que pregou Lenin e Engels. Ou não foram esses quatros segmentos que, anteontem, 15 de março, elegeram heroína, alguém que sorveu do próprio veneno que espalhou?
Para ilustração da falácia gramscista, cito um fato ocorrido, ontem, 16 de março, na escola fundamental, que abriga adolescentes na faixa de 14 anos. A prova de História do 9o. ano foi composta de 5 questões a serem respondidas pelos alunos, depois de assistirem a um filme sobre a Revolução Russa de 1917 — em face do pedido dos alunos, o filme foi passado 4 vezes. Em casa, nossas três filhas debateram à exaustão as injustiças que os bolcheviques combatiam, as características do Lenin, as assertivas do Trotsky e outras mais. Por maior que tenha sido o esforço para contextualizar e transmitir a verdade sobre esse fato histórico, o que foi para o insondável das mentes das meninas, dificilmente, será apagado.

Mais tarde, os jovens jamais ouvirão dos professores doutores e pós-doutores, na Universidade, que “a verdade, a liberdade e a ética são condições essenciais da democracia”. Aliás, até poderiam ouvir, naturalmente, como técnica insidiosa de convencimento pela repetição exaustiva da mentira — pregariam essa essência da aspiração da harmonia humana; por descrença, estariam mentindo, é claro!

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