"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado". Homenagem a Oscar Barbosa Souto, antigo lavrador. In Memoriam. |
Cuba representa
ameaça para o Brasil? A despeito da desproporção, essa indagação é um bom ponto
de partida para abordar questões relevantes e prevalentes.
Essa ilha caribenha
tem a dimensão (território, população e produto nacional) do nosso glorioso
estado do Paraná. Bem administrado e tornado independente, em algumas décadas, o
Paraná poderia transformar-se no equivalente a uma Bélgica; e com mais algum
tempo, em uma Holanda ou Suécia. Cuba e Venezuela poderiam seguir a mesma
trajetória.
Desde o
desembocar da Revolução Cubana, aquele país é administrado de sorte a se
transformar em Cuba (’Bá tche’, se os
gaúchos omitirem o ‘Bá’, aí fica tudo explicado!) — onde a distribuição da
pobreza fez a totalidade da população empobrecer e continuar pobre ad aeternum. Onde impera a ausência de
liberdade; a prática da inverdade; a tentativa de exportar um modelo falido e
por gênese, equivocado. A Venezuela similarmente está se transformando em um
Cubão (Trem ‘Bão’, sô! Se os mineiros
excluírem o ‘Bão’, aí fica bem entendido!)
Em relação ao Brasil, Cuba tem uma dimensão decimal, e por força do socialismo, tendendo para centesimal. Por elementar e primário, não é preciso hesitar nem aculturar-se
para concordar com isso. Não há como explicar, com base na lógica, na razão e
na sensibilidade que parcelas da mídia, de políticos, de artistas e de
intelectuais lhe atribuam relevância.
Passo agora à
questão primacial. A ameaça ao Brasil é encontrada entre brasileiros — os que
são doentes incuráveis e querem implantar aqui o socialismo, um modelo que “deu errado em todos os lugares em que foi
aplicado”. É forçoso reconhecer o erro da expressão grifada. Corrigindo-a: “não deu errado; deu certo! A questão
essencial é que o modelo é atávica e geneticamente errado!”.
A ameaça ao
Brasil está nas citadas parcelas da mídia, de intelectuais, de artistas e de
políticos. A ameaça ao Brasil está no Foro de São Paulo e em todos aqueles que
apoiam os mentores desse Seminário de Inverdades e Canalhices. Está também nas
Universidades que deixaram de ser o local dos que, à luz do mérito, têm a
capacidade de ver, observar, estudar, interpretar e inferir sobre o Universo,
para se tornarem antros de lavagem cerebral e de intoxicação da juventude com
as ideias nefastas de Gramsci — versão edulcorada do que pregou Lenin e Engels.
Ou não foram esses quatros segmentos que, anteontem, 15 de março, elegeram heroína,
alguém que sorveu do próprio veneno que espalhou?
Para ilustração
da falácia gramscista, cito um fato ocorrido, ontem, 16 de março, na escola
fundamental, que abriga adolescentes na faixa de 14 anos. A prova de História
do 9o. ano foi composta de 5 questões a serem respondidas pelos
alunos, depois de assistirem a um filme sobre a Revolução Russa de 1917 — em
face do pedido dos alunos, o filme foi passado 4 vezes. Em casa, nossas três filhas debateram à exaustão as injustiças que os bolcheviques combatiam, as
características do Lenin, as assertivas do Trotsky e outras mais. Por maior que tenha sido o esforço para contextualizar e transmitir a verdade sobre esse fato histórico, o que
foi para o insondável das mentes das meninas, dificilmente, será apagado.
Mais tarde, os
jovens jamais ouvirão dos
professores doutores e pós-doutores, na Universidade, que “a verdade, a liberdade e a ética são condições essenciais da
democracia”. Aliás, até poderiam ouvir, naturalmente, como técnica
insidiosa de convencimento pela repetição exaustiva da mentira — pregariam essa
essência da aspiração da harmonia humana; por descrença, estariam mentindo, é claro!
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