O editorial “Violência inadmissível” (29 de março, A3) apresenta uma análise inquestionável e quase completa
sobre o lamentável episódio ocorrido em Curitiba, envolvendo a comitiva de um
cidadão condenado a 12 anos de prisão, em segunda instância, por colegiado de
juízes, sem possibilidade de revisão do mérito do crime e/ou da sentença.
Gostaria de acrescentar que uma
investigação isenta não pode deixar de considerar a hipótese de que o deplorável
evento pode ter sido perpetrado por correligionários do cidadão condenado.
Senão vejamos: (i) o possível auto-atentado foi previsto em matérias
jornalísticas em janeiro do corrente ano; (ii) as fotos do ônibus amplamente
divulgadas mostram que a forma da perfuração jamais pode corresponder à
narrativa construída e abraçada pelos formadores de opinião e por políticos, ou
seja, que o ônibus fora atingido em movimento.
Supondo que a hipótese ora aventada
venha a se confirmar, as ideias fulcrais que o texto do Estadão veiculou continuariam
válidas, exceto pelo fato de que a razão de um lado não dependeria de
“contorcionismo retórico” e os interesses desconectados da decência e da ética
se diluiriam na rede sanitária. E o melhor: a verdade praticada em liberdade
prevalece e a democracia triunfa; para gáudio da grande maioria que aspira
harmonia e solidariedade nas interações humanas.
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