terça-feira, 26 de junho de 2018

Viagem a Londres – Palácio de Buckingham e Museu Britânico


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Apresentação

24 de junho (domingo) – TGV, Sussex Rd, Edgware Rd e Oxford Rd
25 de junho (segunda) – Passeio de ônibus e barco, e Fantasma da Ópera
26 de junho (terça) – Palácio de Buckingham e Museu Britânico
27 de junho (quarta) – Torre de Londres, City e catedral de Saint Paul
28 de junho (quinta) – Abadia de Westminster, Parlamento Sq, Whitehall e National Gallery
29 de junho (sexta) – TGV Londres-Paris e viagem aérea Paris-São Paulo
30 de junho (sábado) – Viagem aérea Paris-São Paulo e São Paulo Brasília


26 de junho (terça-feira) – Passeio no palácio de Buckingham e visita ao Museu Britânico

Hoje, Isabel preparou o café da manhã no apartamento. Não é exatamente uma solução confortável, mas tem a requerida vantagem financeira — gasta-se menos da metade.
Depois, tomamos o metrô na estação Paddington e fomos até a estação Victoria. Passamos em frente ao Victoria Palace e do pouco conhecido Little Ben que, se não tem o apelo de seu primo famoso, ao menos é bonito e charmoso.
Passamos pela loja de um paquistanês esperto e compramos, com atraso,  duas utilidades essenciais para viagem: um adaptador de tomada padrão inglês — o único que tínhamos era insuficiente — e um carregador portátil de celular.
Caminhamos pela Buckingham Palace Road e chegamos ao Buckingham Palace — uma visão histórica e arquitetônica paradisíaca. Cada aspecto desse conjunto espetacular agrada aos olhos, deslumbra a sensibilidade e entusiasma o pensamento. Ademais, esse palácio é merecidamente ocupado pela nonagenária que aos 20 anos recebera a sugestão de refugiar-se no Canadá para evitar os perigos dos bombardeios na Segunda Guerra Mundial; porém, ela decidiu recusar a oferta, alistou-se no Exército do Reino Unido e contribuiu para que os Aliados derrotassem os nazistas e vencessem a guerra — trata-se da rainha Elizabeth II, respeitada e admirada soberana britânica.
Um pequeno mistério ou uma curiosidade inusitada: vimos várias pessoas vestidas com traje de festa, paramentadas mesmo, saindo do palácio pelo acesso principal — aquele em que os soldados com uniforme vermelho e touca preta fingem que guardam. Ficou a impressão de que houve alguma solenidade com a realeza. Ao chegar no hotel, Alessandra esclareceu. Um integrante do conjunto musical Bee Gees — que nasceu na ilha de Mann e contribuiu com música para a melhoria do orçamento britânico — fora agraciado com o título de Sir. A rainha não brinca em serviço. No passado, ela já tinha agraciado o líder da banda.
Após a visita que encantou especialmente Laura, Cecília e Alessandra, fomos almoçar no restaurante Pronto 'A' Mangia, na Buckingham Palace Road, a uns 400 metros da residência real.
Na caminhada subsequente, passamos em frente ao Rubens Hotel. A fachada do prédio e a entrada do hotel mereceram um conjunto de fotos. Uma placa de bronze despertou a curiosidade; nela lia-se: 
"General W. Sikorsky - Prime Minister - Commander in Chief of the Polish Forces in the Second World War - Had his Headquarters in this building from 1940 until his tragic death at Gibraltar in 1943."
“General W. Sikorsky – Primeiro Ministro – Comandante em Chefe das Forças Armadas Polonesas na Segunda Guerra Mundial, teve seu Quartel-General neste edifício de 1940 até sua trágica morte em Gibraltar em 1943”.
Por volta de 15:30 h, dirigimo-nos para o Museu Britânico (British Museum). Fizemos o percurso Estações Vitória, Embankment e Tottenham Court Road. Para o acesso não há pagamento de ingresso. O que chama a atenção é o rigor da segurança. Todos precisam mostrar sacolas e bolsas e o que mais for necessário. Nesse museu, estão as obras que os ingleses retiraram sobretudo do Egito, da Mesopotâmia e da Grécia. É difícil ficar a favor deles; mas é insensato ficar contra. Será que de outra forma conheceríamos as múmias egípcias e a forma como essa antiga civilização tratava seus mortos? Será que veríamos a Pedra de Roseta e os demais 'tablets' que mostram a origem da escrita? E os painéis do Partenon que os gregos reclamam tanto? E para quem já morou no Irã, ver painéis de Persépolis, seria possível? Então, viva aos ingleses e "Deus salve a rainha"; afinal, eles estão disponibilizando os primórdios da civilização para a humanidade. Como tem ocorrido de forma recorrente, precisaríamos do triplo do tempo ou de muito mais para, não apenas dar uma admirada em uma parcela de preciosidades, mas para observar cada uma de todas elas com atenção e concentração. Bem, mas isso provavelmente seria possível, morando-se em Londres. É missão para as meninas. 
É oportuno recordar que a Pedra de Roseta contém uma inscrição em diferentes linguagens, o que permitiu que a antiga escrita hieroglífica egípcia fosse decifrada. É o único fragmento existente, de uma tábua de pedra maior, com o registro de um decreto de 27 de março de 196 a. C. No topo da pedra, o texto foi escrito em hieróglifo, a tradicional escrita dos monumentos egípcios, desde 3000 anos atrás. Na parte central, o decreto foi escrito em demótico, a escrita do dia a dia dos egípcios. E na parte inferior, o texto foi traduzido para o grego, a linguagem usada àquela época pelo governo. Depois, será esclarecido porque essa pedra está no Museu Britânico, já que ela teria sido descoberta pelos franceses e decifrada por Champollion.
A visita ao museu foi um pouco corrida. Precisávamos retornar para o hotel mais cedo pois Isabel receberia a visita das amigas de adolescência, Sally e Susan. Já como especialistas no metrô londrino, pegamos Tottenham Court Road – Notting Hill Gate - Paddington.
Chegamos extenuados, então assistir aos vinte minutos finais do jogo Argentina versus Croácia foi um bálsamo. Testemunhar a derrota portenha ocasiona uma sensação ambígua — quem gosta de bom futebol, quer ver a Argentina jogar, pois eles jogam bem e tem Messi, que dispensa adjetivos; vê-los perder alegra, pois o fanatismo argentino é confundido com arrogância, e nada há melhor do que um arrogante derrotado. Enfim, terão que contar com a sorte para lograrem a classificação para as oitavas de finais. 
As amigas britânicas chegaram por volta de 19:00 h. Fomos caminhar e procurar um restaurante. Achamos o Ask Italian de Paddington. Já tínhamos ido a outro Ask Italian — aquele identificado no primeiro dia de Londres. Repetir a deliciosa comida italiana foi uma boa decisão. O tempo passou rápido como sempre ocorre quando a alegria predomina. 

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