quarta-feira, 27 de junho de 2018

Viagem a Londres – Torre de Londres, City e catedral de Saint Paul


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Apresentação

24 de junho (domingo) – TGV, Sussex Rd, Edgware Rd e Oxford Rd
25 de junho (segunda) – Passeio de ônibus e barco, e Fantasma da Ópera
26 de junho (terça) – Palácio de Buckingham e Museu Britânico
27 de junho (quarta) – Torre de Londres, City e catedral de Saint Paul
28 de junho (quinta) – Abadia de Westminster, Parlamento Sq, Whitehall e National Gallery
29 de junho (sexta) – TGV Londres-Paris e viagem aérea Paris-São Paulo
30 de junho (sábado) – Viagem aérea Paris-São Paulo e São Paulo Brasília

24 a 30 de junho – Consolidação do relato da viagem a Londres
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27 de junho (quarta-feira) – Visita à Torre de Londres, passeio na City e visita à catedral de Saint Paul
O café da manhã foi no apartamento. Mais uma vez, Isabel fez a previsão adequada e preparou tudo direitinho.
Em Paddington, houve a descoberta de turista de zero-ésima viagem: o bilhete de metrô só vale para o dia em que for comprado. Assim perdemos 5 bilhete comprados ontem, por £ 4,50 cada um. Demos sorte, pois ao pedir informações para o guarda, Sr Laurence, ele nos levou ao escritório onde vendiam o cartão Oyster. O cartão vale para todas as vezes que precisarmos do metrô nos três dias que ainda  ficaríamos na cidade e fica bem mais barato do que a compra normal. Além disso, compramos os bilhetes de acesso à Torre de Londres.
Em seguida, pegamos o metrô, visando chegar à estação Tower Hill, para iniciar a visita à Torre de Londres (London Tower). Uma boa visão da história inglesa é sintetizada na história desse conjunto fantástico de edificações, que são um emblema da resiliência dos britânicos bem como das visões de estadista e a continuidade daqueles que dirigiram os destinos da nação. 
Essa jornada pode ser sintetizada nas seguintes etapas: caminhada pelo conjunto de edificações, visita às Joias da Coroa (Crown Jewels), visita à Torre Branca (White Tower) e passagem pela Capela de São João (Chapel of St John). 
Na caminhada, houve observações rápidas do conjunto da obra, aí incluída a Byward Postern, do ano de 1350, que liga a Torre ao rio Tâmisa; da Cradle Tower, construída em 1355 para armazenar embarcações e equipamentos militares, e para permitir uma entrada privada do rio Tâmisa para a Torre.
Uma das mais fantásticas coleções de joias reais do mundo, várias dentre elas, utilizadas pela realeza em ocasiões especiais — por exemplo, durante a coroação da rainha Elizabeth II — são mantidas em segurança na fortaleza denominada Joias da Coroa. A mais impressionante de todas é a joia que contém um diamante de 540 quilates, um dos maiores  do mundo.
Ao longo da visita, constata-se que a Torre é uma fortaleza com características medievais,  tendo no centro do conjunto, a edificação mais importante que é a Torre Branca, com paredes com mais de um metro de espessura, e que abriga as Armaduras Reais (Royal Armories), uma impressionante coleção de armas e armaduras do tempo do palácio e fortaleza de William, o Conquistador, o fundador da Torre de Londres, depois de sua vitória  na batalha de Hastings, no ano de 1066.
No andar mais alto da Torre Branca, está situada a Capela de São João. Simplicidade e robustez fazem desse templo o local ideal para o encerramento de uma visita que se torna cansativa pela oferta tão generosa de pontos de observação com grande diversidade e grandeza.
Desistimos de ir à Ponte das Torres (Bridge Tower). Já tínhamos passado por ela no passeio de ônibus e no passeio de balsa; aí restaria a subida pelas centenas de degraus para uma privilegiada vista da cidade — decidimos não pagar esse preço.
Caminhar era preciso; almoçar não era obrigatório, mas era conveniente. Encontramos o Fuller's Ale & Pie, que se revelou uma boa escolha, por ser elegante e por servir comida inglesa — há quem afirme que não é boa, o que não é uma asserção absurda.
Entrei na igreja St Mary Woolnoth. Destacaria apenas o altar, que tem um painel belíssimo, com os Dez Mandamentos em inglês arcaico, e uma oração de São Mateus. Ademais, havia um pianista ensaiando, o que permitiu registrar uma fração de apresentação, em vídeo.
A caminhada prosseguiu, contemplando a City, o coração financeiro de Londres. Chegamos à Bolsa de Valores Real (Royal Exchange, nome atribuído, em 1571, pela rainha Elizabeth I, impressionada que ficou com o empreendimento do empresário Sir Thomas Gresham). A rigor, trata-se de um notável conjunto arquitetônico composto pelo Banco de Londres, pela Casa Mansão e pela Bolsa de Valores. A BVR foi reconstruída duas vezes: em 1667, sob as ordens do rei Charles II, e em 1844, com o estímulo da rainha Vitória -- foi neste período que foi acrescentado o magnífico pórtico coríntio com oito pilares, a marca registrada, admirada e copiada da fachada do Partenon.
Agora foi a vez da livraria Daunt Books. Queríamos verificar o prestígio brasileiro, nas artes das taramelas. Comecei perguntando sobre alguma obra relativa a Santos Dumont ou Machado de Assis. O vendedor indicou uma estante no andar inferior. De fato, havia um pequeno setor referido como América do Sul. Para efusiva vibração da Alessandra, encontramos, em inglês, Dom Casmurro,  Epitaph of Bras Cubas e Quincas Borba, do Machado de Assis; The War of the Saints e Captains of the Sand, do Jorge Amado; Concise History of Brazil, do Boris Fausto, pai, e Sergio Fausto, filho — lembrando que o filho é presidente do Instituto FHC, e em março deste ano publicou um severo artigo contra o regime militar e contra o Bolsonaro; então repliquei de forma veemente. Infelizmente, o Estadão não divulgou minha mensagem no Fórum de Leitores. O texto está em meu blog e o título é:
Resposta ao senhor Sérgio Fausto  [para acesso a este texto, clique sobre o título].

Passamos na igreja St Mary-le-Bow. Não é uma estrela do turismo londrino. É pequena mas tem vitrais lindos. Valeu a pena dar uma olhada.
Tínhamos o objetivo de visitar a Saint Paul's Cathedral. Isabel constatou que as visitas se encerravam às 16:00 h, então decidimos apenas passar em frente. A arquitetura imponente da catedral é o primeiro atrativo que torna a visita imperdível. Para nossa surpresa, a catedral estava aberta. Ao chegarmos à porta principal, ficamos sabendo que o acesso após o horário de visitas turísticas era possível para quem quisesse assistir à celebração da missa. Entramos para assistir uma parcela do ato religioso. A catedral é deslumbrante. A fiscalização contra intrusos é rigorosa e fotografias são proibidas. A catedral foi construída em 604 d. C. pelo Bispo Mellitus; foi destruída por incêndio em 1087; foi reconstruída com pedra em 1087, pelo Bispo Maurice; foi reduzida a ruínas por incêndio em 1666; e foi reconstruída com a grandeza atual, em 1708, por Christopher Wren — destaque-se o domo externo, com 110 m de altura, sendo o segundo mais alto do mundo, logo após o maior de todos que pertence à igreja de São Pedro, em Roma. Abriga os túmulos do construtor Wren, do aventureiro Laurence da Arábia e do poeta John Donne. Vários eventos cerimoniais de apelo histórico foram realizados em seu interior. Em 1965, abrigou o funeral de Winston Churchill e, no início da década de 1980, o casamento do príncipe Charles com Lady Diana Spencer. 
Saímos da catedral e caminhamos até a estação Blackfliars, onde pegamos o metrô e depois de 12 estações, chegamos a Paddington. O objetivo era ir de imediato para o hotel para assistir ao jogo entre Brasil e Sérvia. Foi um bom jogo e a seleção brasileira ganhou de 2 x 0, com gols de Paulinho e Tiago Silva. Os jogadores de ataque perderam muitos gols. No nível da seleção brasileira, não pode haver tantas oportunidades perdidas. Numa hora dessas, as chances desperdiçadas podem fazer falta.
Após o jogo, não quisemos pensar nem arriscar. Aqui perto tem um Ask Italian. De novo? Sim, o cardápio variado e conhecido, em um ambiente agradável, permite jantar três vezes em um semana, não repetir prato nem ficar insatisfeito.

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