segunda-feira, 2 de julho de 2018

Viagem a Paris - Torre Eiffel, La Coupole, St-Germain-de-Près e Sorbonne


20 de junho (quarta-feira) – Passeio na torre Eiffel, La Coupole, St-German-de-Près e Sorbonne
Em face de uma melhor adaptação à diferença de fuso horário (5 horas mais tarde que em Brasília), conseguimos acordar um pouco antes de 9 horas e assim tomar o café da manhã no hotel. Em Paris como de resto em toda França, qualquer refeição é de qualidade satisfatória. 
Com a tranquilidade requerida, partimos da estação Blanche em direção à estação Charles De Gaulle, baldeamos para a linha  6 para chegar à estação Tour Eiffel. Seguiu-se uma caminhada de cerca de 20 minutos, por um caminho não pavimentado, caracterizado por várias obras de manutenção e melhoria das cercanias da torre. Depois ficamos cerca de uma hora em uma longa fila para a compra de ingressos. Às vezes, algum desconforto é inevitável.
A Laura pediu para não ir ao topo da torre, então ela e Isabel optaram pelo acesso à primeira escala da subida. Eu, Alessandra e Cecilia decidimos ir até o topo. Como o dia estava ensolarado, foi possível desfrutar ao máximo a magnífica visão de uma das mais belas cidades do mundo. Procurei mostrar para as meninas, lá do alto, os pontos mais famosos de Paris: Arco do Triunfo da Estrela, Petit Palais, Grand Palais, Les Invalides, Trocadero, Assembleia Nacional, Louvre, Notre Dame etc.
A demora na compra dos ingressos e no acesso à torre, levou-nos a cancelar uma caminhada e visita ao museu Les Invalides e imediações. Por isso, fomos de metrô, partindo da estação Bir-Hakeim, para o restaurante La Coupole, chegando na estação Edgar-Quinet. Ir ao La Coupole foi uma opção nossa, como ponto alto da celebração dos quinze anos das meninas através da viagem que elas escolheram para vivenciar esse marco de suas existências. No passado, fui duas vezes com Isabel e uma vez sozinho neste simples porém magnífico restaurante. A escultura central, La Terre, do artista Pierre Debret e as pinturas no terço mais alto das colunas formam um conjunto belíssimo e sofisticado, valorizado por espelhos colocados de forma apropriada para que olhemos e fiquemos com a sensação de infinito. No almoço, com pratos eternos da cozinha 'coupoleana' — tivemos momentos de satisfação indescritível. Quando foi servido um Bordeaux Superieur, não hesitei e sugeri um brinde às aniversariantes.
Após uma providencial caminhada na Boulevard de Monmartre, tomamos o metrô na estação Edgar Quinet e descemos na estação Saint Germain-de-Près, que fica bem ao lado da igreja homônima. Do lado de fora, essa igreja não tem atrativos, até porque parece que sofreu danos e não foi recuperada. Há manutenção no interior, o que não impede que uma parcela de sua inigualável beleza e harmonia estejam ao alcance dos olhos e da mente. É magnífica. Além disso, assistimos ao ensaio de uma apresentação lírica, com acompanhamento de uma orquestra maravilhosa. Ademais, cartazes anunciavam que no sábado, haverá a apresentação de "As quatro estações", aquela que deixamos de ver na igreja de Madeleine dois dias antes. Complemento a posteriori: essa nova oportunidade foi desperdiçada.
Saímos da igreja e passamos em frente ao Café Deux Magots, famoso pela frequência de Picasso, Hemingway e outros do mesmo naipe. Logo depois veio o café De Flores, famoso por razões similares — ou seja, pelos encontros da boemia que se aglutinava em Paris, sobretudo na primeira metade do século passado. Mas nosso destino seguinte foi a livraria  L'Ecune des Pages. Isabel comprou dois livros e eu dei uma bisbilhotada para ver o prestígio brasileiro — que decepção! Não encontrei nenhum título da terra à mostra nos boxes dos livros em evidência. Corrijo-me, havia um único autor brasileiro presente: Paulo Coelho. Indaguei ao vendedor — que como bom francês, não se mostrou minimamente interessado — se existia alguma obra referente a Santos Dumont. Inicialmente, ele demonstrou desconhecer quem era o conterrâneo; depois que lhe expliquei, disse um "Ah! ..."  e confirmou não haver qualquer registro em seu sistema. Surpreso, agradeci e resolvi sair.
Era chegada a hora do retorno, especialmente para Cecília e Laura. Decidimos que Isabel e elas voltariam para o hotel. Eu e Alessandra iríamos continuar e passar em frente da Universidade Sorbonne. 
A igreja Saint Germain-de-Près é bem próxima da mais conhecida universidade francesa. Então, caminhamos na Boulevard Saint Germain, no sentido oposto ao que fizéramos para chegar à livraria. Depois de dois quarteirões, chegamos ao prédio da Université Renés Descartes. Era a Sorbonne ou não era? Fotografamos e continuamos. Batemos a cara na École de Medecine. A alegria da Alessandra foi contagiante. Não tivemos dúvida em entrar, satisfazendo a enorme curiosidade. E qual não foi a surpresa: demos numa festa, com salgados e vinhos, entre os quais champanhe; e ao conversar com um senhor que estava meio isolado, ficamos sabendo que se tratava da celebração do final de período letivo de 2017/2018 e o início das férias. Deslocamo-nos para um hall contíguo, a partir de onde se tinha acesso à outra dependências da Faculdade. Na porta de um desses acessos, havia duas esculturas, uma de Paracelso e outra provavelmente de Hipócrates. Alessandra não hesitou, sacou sua câmera e começou a fotografar. Aí apareceu um careca jovem e grandalhão, com cara de pouco amigo e disse que deveríamos sair. Tentei lhe explicar que tinha autorização de um gentleman, mas ele atribuindo-se responsabilidade pelo acesso àquele ambiente, afirmou que tínhamos que sair imediatamente. Saímos, com a satisfação de quem tinha sido penetras eficazes, já que cumprimos a meta essencial: ver, observar e admirar o que nem mesmo planejáramos. Caminhamos por uma via diferente daquela pela qual chegáramos. Passamos por vários jovens, possivelmente acadêmicos, consumindo maconha e outras drogas. Apressamos o passo, pois esse tipo de  cena surpreende, choca e amedronta. Chegamos à Place de l'Odeon, onde fica o Theatre Odeon de l'Europe, uma edificação suntuosa, e que quebra não apenas a sisudez arquitetônica mas sobretudo, o que imagino seja, a sisudez do ambiente de estudos de qualquer escola de alto nível. Chegou a hora de retornar para o hotel.
Isabel sugeriu que saíssemos para lanchar. Optamos por comprar sanduíches em um café que já estava fechando e voltamos para o hotel.

Curiosidades sobre Sorbonne.
A Universidade Sorbonne da Cidade de Paris (L’Université Sorbonne-Paris-Cité) é uma comunidade de universidades e centros tecnológicos, criada em 2010, resultante do reagrupamento de estabelecimentos de ensino superior e institutos de pesquisa da cidade de Paris e da região de Seine-Saint-Denis. Essa comunidade compreende treze membros: oito estabelecimentos de ensino superior e cinco institutos de pesquisa. Conquanto reagrupadas em torno da citada comunidade, cada organização manteve a sua individualidade. Elas são:
Estabelecimentos de ensino superior e de pesquisa
·    Escola de Altos Estudos em Saúde Pública (EHESP)
·    Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais (INALCO, Langues O)
·    Instituto de Estudos Políticos de Paris(Sciences Po)
·    Instituto de Física do Globo de Paris
·    Fundação Casa de Ciências do Homem(FMSH)
Organismos de pesquisa
·     Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS)

Entre 2010 e 2017 existiu a Sorbonne Universidades (Sorbonne Universités) que era o resultado do reagrupamento da Universidade Paris-Sorbonne (Université Paris-Sorbonne) e a Universidade Pierre-et-Marie-Curie — tendo similarmente, as duas organizações, mantido a sua individualidade. Em 1º de janeiro de 2018, houve a fusão da Paris-Sorbonne com a Pierre-et-Marie-Curie e surgiu a nova Universidade Sorbonne Université.

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SUMÁRIO

Apresentação
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Torre Eiffel



Vista Nordeste da Torre Eiffel

Igreja Saint German de Près [1]

Igreja Saint German de Près [2]

Igreja Saint German de Près [3]

Igreja Saint German de Près [4]

Boulevard de Montparnasse e o Restaurante La Coupole [1]

Boulevard de Montparnasse e o Restaurante La Coupole [2]

Restaurante La Coupole [1]

Restaurante La Coupole [2]

 
Restaurante La Coupole [3]

Restaurante La Coupole [4]

Escultura La Terre, de Louis Derbré; e, no teto, as pinturas La Femme, La Fête e La Nature, de Carole Benzaken (francesa), Fouad Bellamine (marroquino), Xiao Fan (chinês) e Ricardo Mosner (argentino).

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