segunda-feira, 2 de julho de 2018

Viagem a Paris - Deslocamento Brasília-São Paulo e embarque para Paris



17 de junho (domingo) – Deslocamento aéreo Brasília-São Paulo e embarque para Paris
Acordei cedo e antes do café matinal, contatei o José, que há mais de seis anos faz a manutenção de nossa piscina. É um profissional exemplar. Foi objeto de uma ação insana: estava voltando para casa de moto, foi atropelado, não foi socorrido pelo motorista, que fugiu. Ele fraturou duas costelas, machucou o joelho com alguma severidade e teve o baço atingido severamente (teve que extraí-lo, o que ocorreu com atraso, por falha inicial de diagnóstico). Enfim, vai permanecer no hospital pelo menos dois meses. Afora a notícia do pagamento mensal, minha mensagem essencial foi a ênfase que atribui ao fato de ele estar fora de perigo e, portanto com a vida assegurada. 
Em seguida, resolvi as demais questões pendentes e depois fui ao comércio comprar uma mala de mão e uma camiseta da seleção brasileira para a Laura. Voltei pra casa, conclui a arrumação da mala, etiquetei todas as demais malas da viagem e parei para o almoço. 
Isabel adquiriu o  galeto que tanto gostamos — feito à moda gaúcha na galeteria homônima. Após a refeição, retirei da churrasqueira alguns objetos que poderiam ser mais facilmente roubados se lá permanecessem; e ajustei o acendimento automático das luzes para melhorar a segurança da Casa em Cima do Mundo. 
Finalmente, chegou a hora da estreia do Brasil na Copa do Mundo da Rússia. O Brasil jogou contra a Suíça. No intervalo do jogo, tomei banho, com atraso de pelo menos meia hora. A Paula, motorista de táxi educada e pontual chegou às 16:30 h, conforme combinado. Fomos para o aeroporto, assistindo a partida na pequena TV do carro. O Brasil não jogou bem e com a ajuda do juiz — que deixou de dar falta de um atacante no zagueiro Miranda — a Suíça empatou e o jogo terminou 1 a 1. 
Chegamos ao aeroporto com duas horas de antecedência. Com o checkin já realizado, a entrega das malas foi rápida. Aproveitei o tempo disponível para enviar uma mensagem para os Generais de Exército da reserva Ferreira e Heleno, companheiros da equipe de conselheiros do candidato à Presidência Jair Bolsonaro. Pela relevância, relato de forma resumida o que transmiti para ambos.
"Em face da evolução do Bolsonaro para a primeira colocação nas pesquisas de opinião, os ataques dos adversários se intensificaram. Doravante, deverão aumentar exponencialmente, podendo chegar a níveis inimagináveis. Dentre os últimos ataques destaquei:
1) a acusação de que ele não tem ideias nem propostas de governo na área de segurança e insiste em afirmar que a solução é armar a população e causar mortes; 
2) em relação à área de educação, afirmam que como ele é autoritário, a única solução que ele preconiza é a militarização das escolas. 
Então, asseverei que o Bolsonaro deveria utilizar todas as oportunidades (discurso, entrevista e debate) para apresentar: três ideias-força em segurança e somente a quarta ideia-força seria a questão do armamento em contraposição ao desarmamento; três ideias-força em educação e somente a quarta ele mencionaria a militarização das escolas; e similarmente nos demais campos da gestão pública, ele deveria ter posicionamento semelhante. 
Em síntese, ele deveria ter no mínimo umas quinze ideias-força de seu governo; e para cada uma destas, haveria a quebra em três ou mais ideias básicas. Mencionei para os companheiros de aconselhamento que, agindo dessa forma, ele teria possibilidade de conquistar um bom percentual de eleitores indecisos e desencantados com a política." 
Faço o registro dessa mensagem para que no futuro haja a lembrança consentânea com um dos dois cenários possíveis. O primeiro deles, resultante da derrota do candidato Bolsonaro — aí haverá algum lamento nostálgico, dado que terei trabalhado por um objetivo frustrado; nesse caso, vale uma de minhas frases favoritas: “Gostaria de não arrepender-me do que fiz errado. Gostaria de arrepender-me apenas de não tentar fazer o que poderia.” O segundo cenário, resultante da vitória do candidato Bolsonaro — aí recordarei com satisfação que tive a oportunidade de trabalhar na equipe que assessorou o candidato que se propunha a realizar a mudança de rumos do Brasil; de retirar o País de uma das maiores crises da história; crise moral, ética, política, econômica e, desafortunadamente, educacional.
Concluída e enviada a mensagem, fomos chamados para o embarque. Decolamos e chegamos em São Paulo na hora planejada. No aeroporto de Guarulhos, confirmar o checkin e passar pela alfândega foi fácil, tranquilo. Agora chegar ao Terminal 3 foi cansativo e até mesmo desagradável. Recebemos informação errada e tivemos que andar quase 20 minutos para chegar ao portão de embarque. Alguma dificuldade cria uma certa sensação de aventura e dá à viagem um certo sentido de quebra de expectativa. No horário planejado, embarcamos e em seguida decolamos. Meia noite coincidiu com os primeiros mil quilômetros no ar em direção à Cidade Luz.
A refeição na hora avançada não chegou a incomodar. Devo registrar que o jantar foi ótimo e o vinho mereceu reprise. Tudo indica que já estamos imersos na cultura culinária francesa. Reflito e não  tenho pejo (essa palavra existe? Se existe o que significa?) de lembrar que se ganhasse um grande prêmio da loteria, não alteraria de forma expressiva meu padrão de vida, mas seguramente faria um esforço enorme para que todo prato fosse um prato especial. A roça me deixou marcas e uma delas foi aprender o gosto da comida bem feita. Simples, modesta, mas irrepreensivelmente bem feita, bem condimentada, bem cozida e com o sabor inequivocamente agradável. A de hoje agradou à percepção, ao coração e à mente.

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