"O lavrador diligente conhece
o caminho do arado."
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As conquistas
prosseguiram, lentas e impactantes, ampliando-se cada vez mais e agregando
capacidade de transformação. Outro marco fundamental nessa sucessão inexorável
de eventos essenciais foi a descoberta do arco e flecha. Enfim, não seria
difícil alinhavar os 100 marcos fundamentais da evolução humana — um modismo
que atinge as áreas da literatura, da pintura, do cinema e de várias outras
atividades do animal pensador. Afora entediante, essa tarefa não agregaria
valor a estas notas. Basta dar um enorme salto e mencionar mais dois entre
tantos outros marcos —
a invenção
da pólvora, pelos chineses, provavelmente,
antes do século VI d. C. (sendo seu uso militar, iniciado no século X, pelos
chineses e posteriormente, espalhado para o Japão e para a Europa); e a invenção
do transistor (transfer resistor), em 1947, pelos
americanos Shockley, Bardeen e Brattain.
Com a disponibilidade
desse minúsculo hardware, ora condutor ora inibidor de energia, a eletrônica
possibilitou então uma completa revolução das práticas humanas, com relevo
surpreendente e essencial das comunicações. O Facebook é um resultado
emblemático dessa extraordinária evolução. A força da plataforma Facebook na
possibilidade de caracterização e exposição de vontades, decisões e ações
humanas é grandiosa, notadamente porque, na atualidade, atinge algo próximo de
dois bilhões de indivíduos. O empoderamento do veículo e das pessoas que o
operam chegou a um patamar que passou a exigir mecanismos de controle antes
impensáveis.
Por pressão da mídia,
dos políticos e dos cidadãos, Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, se viu
pressionado a tal ponto que não conseguiu impedir a proposição de mecanismos, que além de funcionarem como controlador da transmissão de dados, operem como
inibidores daquilo que contribui para gestar a desarmonia pessoal ou
institucional. Nesse sentido, centenas de propostas, reunidas em
uma única regulamentação, buscam livrar o ser humano dos aspectos negativos, com
potencial para prejudicar em lugar de beneficiá-lo.
Uma das medidas ora
propostas é bizarra e risível. A partir de agora, não é mais possível expor
através do Facebook a região glútea, inserida na imagem humana da forma como a
natureza a concebeu e produziu, isto é, completamente desnuda. Se a imagem
dessa região for desconectada de seu posicionamento natural e for agregada a
outra parte do corpo humano ou a outro ambiente que não seja a localização
natural, aí ela pode ser apresentada no Facebook.
Não raro, há usuários
que desconhecem o significado de região glútea. Então, é forçoso explicar com
clareza o que a expressão significa. Região glútea é a porção dupla do corpo humano,
situada na região média de seu perfil vertical e que pode ter a forma
aproximadamente esférica, elíptica ou até mesmo meio parabólica; podendo ter ou
não simetria em relação ao eixo central do corpo. A forma popular ou vulgar é evitada
nos textos elaborados em linguagem oficial. Uma indagação curiosa é como os
estrangeiros — desobrigados da correção vernacular e de preocupações com a norma
culta ao se comunicarem em português — expressá-la-iam. O alemão diria bünden; o
americano, boondah; o francês, bindá; o polonês, bundovitch; o russo,
bundovsky; e assim por diante.
Escrevendo-se o que foi
escrito, requer-se que o texto seja encerrado. E que o seja! O genial Zuckerberg
tem andado em apuros para enfrentar as pressões, sobretudo políticas, sobre o
Facebook; especialmente, as oriundas dos poderes de repúblicas a quem a
liberdade conferida pelas redes de interações incomoda, desafia e intimida.
Independentemente das mazelas do criador do Facebook, a educação e a ciência
& tecnologia, cuja gênese remonta ao início da utilização do porrete,
precisam ser elevadas à prioridade estratégica fundamental do povo brasileiro.
Com
a palavra os candidatos à presidência da República em outubro de 2018 — que eles
expressem visão e compromisso com essa ideia transformadora. Depois, é imprescindível
que o eleito aja como estadista, tenha a percepção requerida e a transforme em
decisão, concepção e ação.
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