Na excelente coluna Conexão
Diplomática (CB de hoje, 21 de abril), o senhor Sílvio Queiroz afirma
que “... Em princípio, as relações [entre Brasil e Cuba] só retornarão ao
patamar normal quando o Brasil tiver um novo governo saído das urnas”.
Há que questionar as
dimensões da ilha caribenha, considerados população, PIB, área e outros
indicadores. Equivale a Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe? Ou apenas a um
Paraná? [*] Será que os formadores de opinião e de concepção diplomática
brasileiros estão enxergando a realidade sem deformação? Diria o Zé da Esquina:
“Larga essa ilha pra lá; e cuida dos irmãozinhos em penúria, próximos de nós!”
Recentemente, vimos esse
filme duas vezes. O Sr. Barack priorizou Cuba em lugar da Síria e da Crimeia.
Aí, o Sr. PUTIN amPUTOU os interesses dos defensores da harmonia e da paz entre
os homens. Em nosso maltratado Brasil, o Foro de São Paulo foi concebido
segundo os ditames de Cuba. Todos sabemos no que deu — operadores da Justiça visionários
acordaram e os seguidores da orientação cubana estão sendo sucessivamente
encarcerados.
Sendo as interações
diplomáticas dependentes de reciprocidade, parece razoável acrescentar que
essas relações só deveriam retornar ao patamar normal quando a eleição pelo
voto livre, direto e secreto for adotada naquele país em substituição à
declaração de cordeiros escravizados pela tolerância com a inverdade, com a
miopia ética e com a covardia ideológica. Enfatize-se, nesta asserção, não há
lado ou direção; vale para os extremos que se tangem nas “pontas” do círculo, à
fronteira, a partir de onde prevalece o que o ser humano aspira por justiça, decência
e boa fé.
Vale dizer, em relações
internacionais e nas demais atividades que requerem a faculdade de pensar, é
imperioso agir privilegiando o que é essencial em detrimento do que é
acessório.
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