quinta-feira, 1 de junho de 2017

ONUVinci/2017 — Israel e a questão palestina


Na ONUVinci deste ano, a Alessandra tornou-se a delegada da Eritreia, país do nordeste da África, nas proximidades do mar Vermelho. Limites de Israel e a questão palestinafoi o tema atribuído ao comitê correlato, no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. O desafio foi enorme porque  a maioria dos países africanos e asiáticos se posicionaram contra Israel. Por outro lado, o fato de Israel ser aliado dos Estados Unidos favoreceu os resultados alcançados. O trabalho preparatório que ela elaborou é apresentado a seguir.
____________
############

Limites de Israel e a questão palestina
Alessandra Rocha Ribeiro Souto

O Estado da Eritreia é um país situado no nordeste da África, contíguo ao Mar Vermelho e confrontante ao sudoeste da Arábia Saudita. Possui 4,79 milhões de habitantes com uma área de 117.600 quilômetros quadrados e conquistou sua independência, com apoio militar de Israel, em abril de 1993.
O tema em questão a ser tratado no Conselho de Segurança das Nações Unidas se refere aos limites de Israel e à questão da Palestina, visando solucionar o conflito existente entre essas duas nações, que tem raízes milenares, mas que institucionalmente perdura desde o final da década de 1940, quando ocorreu a criação do Estado de Israel.  A disputa compreende os territórios da Cisjordânia, incluindo a cidade de Jerusalém, e da Faixa de Gaza, regiões onde vivem os palestinos. 
Em 1974, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Organização de Liberação da Palestina (OLP) como representante do povo palestino, atribuindo-lhe o status de “entidade observadora”. Em 1988, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Declaração de Independência da Palestina. Em 2012, a Assembleia Geral da ONU atribuiu ao Estado da Palestina o status de “observador não membro”. No período de 1988 a 2012, 136 países reconheceram formalmente a independência da Palestina.
Em 2010, o presidente da Eritreia, Isaias Afewerki, declarou que a solução de dois estados (um israelense e outro palestino) não funcionaria. Ele acrescentou que o governo de Israel precisava ser respeitado e que os palestinos também mereciam uma vida digna, mas não poderia ser na Faixa de Gaza. Assim, ele propôs que palestinos e jordanianos constituíssem sua própria nação — a Transjordânia. Em 2011, o presidente eritreu reafirmou o duradouro apoio ao direito de autodeterminação e à formação do estado soberano da Palestina. Como consequência, em 2012, a Eritreia votou a favor de uma resolução que tornava a Palestina um “Estado observador não membro” da ONU.
Em consequência, em face de coerência histórica, política, diplomática e lógica, a Eritreia mantém a proposição do inalienável direito dos povos israelenses e palestinos à autodeterminação e soberania. Nesse sentido, a Eritreia propõe que a Palestina mantenha o status de “Estado observador não membro”.
A Eritreia, juntamente com os demais países da ONU, busca a resolução desse contencioso por meio da argumentação lógica e diplomática, visando ao reinado da paz mundial. 

____________
############

Nenhum comentário:

Postar um comentário